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30 de outubro de 2009

*letra - Livros, de Caetano Veloso


SOFISTICADO - Caetano Veloso esbanja sabedoria e domínio da língua portuquesa e de seus usos nessa letra | vídeo: Youtube

Composição: Caetano Veloso

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.

Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.

Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um.

Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.

28 de outubro de 2009

*mercado - Queda na Cultura


CAETANO VELOSO - um dos grandes nomes da música brasileira também sentiu a minguada que o mercado cultural sofreu, principalmente com o acesso mais fácil e gratuito à música pela internet | imagem: Roberson Alexandre da ABCDesign

Muitos comentam sobre a atual desordem que o mercado cultural vem sofrendo na última década. Dos produtores de grandes artistas aos agentes de bandas independentes, só ouvimos reclamações e dados declinantes. Para esclarecer mais um pouco sobre esse assunto, de maneira generalizada em todas as artes, deixo uma opinião bem interessante dos colega sjornalistas Marta Barcellos e Tom Cardoso. O texto foi feito para o Valor Econômico, do RJ e de SP.

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Por detrás das estrelas

A cantora Ivete Sangalo pretende parar de trabalhar por alguns meses depois do nascimento de seu bebê, previsto para outubro. A legião de fãs acostumados com a sua onipresença no cenário musical, no entanto, não ficará órfã. Entrará em cena, em seu lugar, a Ivete Stellar, personagem de um longa-metragem animado, previsto para estrear justamente durante a “licença-maternidade” da cantora. “Também vamos produzir alguns clipes nessa fase. Só precisamos da voz dela, que já está gravada”, explica Jesus Sangalo, irmão e empresário de Ivete.

Jesus administra um império de entretenimento que tem como carro-chefe a imagem da cantora. Ele abrange desde a empresa de animação gráfica que produz o longa “Ivete Stellar e a Pedra da Luz” até braços dedicados a eventos corporativos e marketing promocional. Se em outros tempos um artista do porte de Ivete podia se dar ao luxo de ficar meses apenas planejando e gravando o próximo disco anual, hoje a rotina da maioria é bem diferente - inclui uma maratona de shows e participações em projetos multimídia variados, sempre com forte divulgação na internet.

Diante das transformações da indústria cultural, o empresário ou agente também precisou mudar de papel: em vez da figura de um todo-poderoso investidor que apostava em projetos de marketing que dependiam das gravadoras, ele agora tem que estar sintonizado com as novas tendências. E quais são elas? Ninguém sabe ao certo, nem Jesus Sangalo, que faz questão de ressaltar que a sua ingerência na carreira da irmã se dá apenas na parte comercial - ele não dá palpite em suas escolhas artísticas. “Mas estou atento às oportunidades que elas podem gerar”, afirma. Jesus orgulha-se de ter feito parcerias em todo o país que o permitem saber o que toca nas rádios do Oiapoque ao Chui. “Ao contrário do que todos pensam, a música está cada vez mais regionalizada. Mas não sei se isso é tendência. Fico antenado para saber o que está funcionando e o que não está.”

A arte de dançar conforme a música, sem preconceitos, vale também para outras áreas da cultura. Os agentes que faziam a intermediação entre os artistas e a indústria cultural, fortalecida pela concentração de capital nos anos 70, já não conseguem trilhar os caminhos do passado. “A produção cultural está se tornando difusa e descentralizada, e os modelos de divulgação e distribuição não são mais tão claros”, diz Silvia Borelli, professora da pós-graduação em ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

A insegurança em relação ao futuro e a incerteza em relação aos novos caminhos, diz a antropóloga, fazem parte do momento que vivemos, resumido no conceito de “modernidade líquida” criado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. “O modelo mais difuso vai na contramão da especialização, por isso a versatilidade passou a ser a grande demanda profissional nesses mediadores.”

O enfraquecimento da indústria fonográfica tornou-se o aspecto mais visível dessas transformações, com implicação direta nos rendimentos dos artistas, especialmente dos compositores. “Deixamos de ter uma receita importante de direito autoral”, afirma Paula Lavigne, empresária de Caetano Veloso, com quem foi casada.

Ela questiona a máxima conformista, que passou a ser repetida no mundo musical, de que nos novos tempos os cantores têm que aprender a viver apenas de suas apresentações. “E quem é só compositor? O Caetano está bem e adora fazer shows, mas já tem 67 anos. Se ele quiser ficar um tempo em casa, apenas compondo, como já fez antes, não vai conseguir manter o padrão de vida.” Segundo ela, 90% da receita do cantor vem hoje de shows.

(...) CONTINUANDO...
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Gostei demais e me identifiquei de verdade com um texto sobre empreendedorismo que essa autora escreveu no seu blog. "... Acredito que, se houvesse mais jornalistas produzindo conteúdo fora das redações, esse mercado se consolidaria, se tornaria mais profissional. Claramente existe uma demanda crescente, tanto dos veículos como das empresas". Com essa fala, bati o martelo: penso a mesma coisa. LEIAM MAIS SOBRE COMUNICAÇÃO E EMPREENDEDORISMO.

20 de outubro de 2009

*lançamento - poeta sergipano e o 4º livro



Por Valdívia Costa

Dentro da complexa arte contemporânea surgem os novos poetas, os novos poemas. Das regras poéticas a simplicidade bucólica de um sentimento restrito, o poeta sergipano Assuero Cardoso busca os motes na sua própria experiência de vida. Amores, ilusões, sentidos despertos... tudo se mistura na literatura cardosiana, como uma ciranda que vem rondando minha vida desde 1992. Com o lançamento do quarto livro, A cerca de vidro, na sexta-feira passada, abro um parêntese para falar como essa poesia me despertou os sentidos para outras artes.

Quando conheci Assuero, ele lutava para ver sua obra publicada, como todo artista independente faz ainda hoje. Captando recursos dos amigos de Lagarto (SE), onde nos conhecemos, das instituições que apoiam a cultura. E com todo esse esforço desempenhado por ele mesmo surgiu o primeiro livro de poesias só do autor, o Nu e Noturno (1992). Esse livro significou muito para mim, literária e esteticamente.


PRESERVADO - Primeiro livro do autor fez mini-tour nordestina viajando nas minhas coisas, saindo de Sergipe para a Paraíba, passando um ano no Rio Grande do Norte... as imagens que acompanham as poesias desse livro são belas pinturas do artista plástico sergipano Adigenal Bezerra

Era uma época de aprendizados. Eu tinha acabado de chegar para morar com meu irmão mais velho em Lagarto e Assuero era o amigo mais artístico dele. Fiquei a observar seus modos diferentes, seus trejeitos teatrais, sua escrita e caligrafia tão perfeitas... Ele sempre foi professor (acho que já nasceu dando aulas) e eu nunca tive o privilégio de ser aluna dele. Mas na noite... Assuero me deu lições sobre poetas que bebemos na pizzaria Flor de Cactos (cercados dos gatos siameses de Ângela), me ensinou da métrica poética explicando seus versos apaixonados.

Eu tive mais um desabrochar cultural em Lagarto do que qualquer outro tipo de vivência. Tantos estilos musicais que ouvi pela primeira vez. Sempre se sobressaía Caetano Veloso nas trilhas das conversas, mas havia mais música popular brasileira tocando em mais ambientes. E em qualquer um que estivéssemos, a áurea poética era completa com Assuero. E tudo o que eu queria era ser pássaro... E Assuero me alertava:

"Eu deixei de ser pássaro após a última repressão / hoje o passado é uma prisão de traumas / cantos e assobios pausados em dor maior / em si, no lar, sob o sol antes de dormir / não vou mais que além dos limites mortais / como o cio dos animais, faro e instinto humanos" (BRADO - 1988)



SEGUNDO - "Eu me minto muito / muitas vezes me sinto muito / quando discurso verdade. / Quantas vezes escrevo em verso e prosa / aquilo que poderia gritar na rua"


Já o segundo livro do autor, Lua Lírica (2000), trouxe uma bela poesia-homenagem ao pai do poeta, mestre Gino, que criou Assuero e o irmão com a força e a verdade de um homem simples. "Quero-te velho e sábio, assobiando no tempo / descansando a alma numa cadeira de balanço", homenageia na poesia "Meu pai", de 1990. As ilustrações, sempre caminhantes amigas das poesias cardosianas, são do artista Márliton Nascimento.


CONTÍCULOS - Assuero faz seu primeiro ensaio de contículos poéticos. Dessa vez, uma artista mulher é contemplada para desenhar a capa e compor as demais ilustrações do livro, Angélica Amorim

Vagando pelas tantas sensibilidades poéticas, Assuero encontrou seu lado contador de histórias no seu terceiro livro, O Espectro no Espelho (2005). Mas sem deixar de lado a metáfora, as nuances já tão conhecidas em sua literatura. E que venham mais contos como o ansioso "O amante das segundas-feiras", no qual quem ama sofre a espectativa de ter a pessoa amada do jeito que imaginamos, mas sem o comando devido.

"... Ele voltava com o açúcar e mais quatro cigarros. Eu já sabia o destino do troco. O beijo agora teria o gosto de nós dois. Eu tratava o peixe sempre mais rápido naquele dia, porque naquele dia eu tinha mais carinho por ele"


Tomara que todas as obras independentes tenham essa progressão que notamos ao caminhar pelas autorias publicadas de Assuero Cardoso. O poeta sergipano tem encontrado sua maneira de propagar sua arte pelo mundo, principalmente por este blog. Esperemos o mais novo exemplar de sua obra para que possamos comentar aqui.


ASSUERO CARDOSO - poeta faz pose ao lado de peça artesanal representando o animal que deu origem ao nome da Cidade Réptil, na qual morei apenas um ano e três meses e pela qual guiei minha vida cultural: Lagarto-SE

18 de outubro de 2009

*oficina - Inventores ecológicos do Sertão


INTERATIVO - Marley deu a oficina interagindo e brincando com as crianças | imagem: Val da Costa

Por Valdívia Costa

A oficina de brinquedos reciclados, realizada por Marley Lucena no Sertão paraibano na semana passada, foi um sucesso de público e de novos inventores ecológicos. O CCBNB de Sousa aproveitou o gancho do Dia da Criança e ofereceu uma larga programação artíscas para a criançada sertaneja, incluindo essa e outras oficinas, como a de pernas de pau.

Como resultado é melhor ver do que descrever, aí vão algumas fotos dos dias de criação de um boneco de saco plástico, um disco voador de pratos descartáveis e monstrinhos de papelão.


1º DIA - crianças sertanejas criaram, cada um a seu modo, um boneco feito de saco plástico de supermercado, ornamentado com tecido ou papel velho. Até as sementes das cabeças de bucha de mato dos brinquedos viraram olhos e bocas dos brinquedos reciclados | imagem: Val da Costa


2º DIA - participantes se envolveram na construção sentados no chão, como toda boa brincadeira. Muitos modelos de naves espaciais, inclusive frotas de discos voadores saíram da oficina. Alguns mandaram para o espaço as cores do Brasil | imagem: Val da Costa


3º DIA - oficineiro ficou bastante ocupado durante dois dias de ensinamentos ecológicos. Os participantes mostraram afinidade com o tema. Os monstrinhos foram feitos com papelões reutilizados | imagem: Val da Costa

QUER VER MAIS DA OFICINA?
VISTE O ZANGARELHAS,
FOTOBLOG QUE MOSTRA ENSAIOS FOTOGRÁFICOS SOBRE DIVERSAS TEMÁTICAS.

15 de outubro de 2009

*campanha - Blog Action Day na Paraíba



Por Valdívia Costa

Não sei se vale participar de um dia de conscientização blogueira sobre o aquicimento global com outros assuntos, mas, relacionados a isso, acredito que vale a pena citar dois exemplos reais do que o Blog Action Day quer criar hoje, dia 15. São iniciativas que partem de uma consciência ecológica e que vêm ganhando terreno, pelo menos, na Paraíba. Somente no início deste mês tivemos duas ações que foram primordiais para o despertar da agroecologia e da defesa dos animais, a palestra do ator Marcos Palmeira na Feira do Empreendedor de João Pessoa e um evento crítico conscientizador criado em defesa dos bois, em Campina Grande.

Coincidentemente, essas duas ações que trouxeram temáticas ecológicas ocorreram no início do mês. A campanha contra a vaquejada foi feita no dia 4 como uma iniciativa pública, de internautas, especificamente. Houve shows de bandas punks, como a já conhecida Cuspe, do professor Rogério (UFCG), no Bronx Bar. E os organizadores do evento estenderam as atividades para fora, chegando à Praça da Bandeira com faixas e cartazes.


GIG SELVAGEM CONTRA A VAQUEJADA - Além de panfleto, participantes abordaram pessoas na praça para informar sobre os maus tratos aos animais e ainda criaram o slogan "VAQUEJADA NÃO É CULTURA, É TORTURA" | imagem: campanha contra a vaquejada

Já o Marcos Palmeira me surpreendeu. Apesar de fazer papel de galã nas novelas globais, o ator foi o primeiro no Brasil a apoiar a Produção Agroecológica Integrada Sustentável (Pais). A tecnologia é social e fácil de implantar em qualquer sítio ou quintal de casa, dependendo do tamanho. O engenheiro agrônomo moçambicano Aly Ndyae foi quem desenvolveu a técnica no país, com a ajuda do Sebrae, e o Marcos vem apoiando e difundindo a agroecologia praticada em sua fazenda em Teresópolis (RJ), chamada Vale das Palmeiras.


MARCOS PALMEIRA - "a agroecologia transforma a vida das pessoas para melhor. Até a atriz FERNANDA MONTENEGRO já aderiu a um Pais no sítio dela. Todos comem verduras, legumes e frutas orgânicas e ainda ganha um dinheirinho com a venda do produto", disse o ator, incentivando a prática da tecnologia social | imagem: Val da Costa

Para quem não sabe, o Pais é a lavoura mais bonita que já pude ver. As plantações são dispostas em círculos e crescem sem agrotóxico. Tudo começa no centro dos arcos, com um galinheiro. As aves produzem esterco para as plantas, além de carne e ovos para o produtor. Já os círculos começam com as verduras, depois legumes e por último, se tiver espaço, as frutíferas. Todas as plantas são regadas no sistema de gotejamento, no qual a planta não se queima pelo sol e ainda há um racionamento grande de água.


PAIS - Sistema agroecológico já sustenta a vida de muitos agricultores do Cariri paraibano, como esse da cidade de Monteiro | imagem: Val da Costa

A tecnologia do Pais é social porque transforma a realidade de fome e miséria que qualquer morador do campo enfrenta. Ou seja, além de inovadora para o conusmo e para a venda, é um sistema que evita o êxodo rural, problema social que cria as favelas dos grandes centros urbanos. Os produtores de orgânicos de Monteiro conseguem faturar 30% a mais na venda das horatliças e leguminosas.

7 de outubro de 2009

*ecológico - Marley e a brincadeira reciclada



DISCO VOADOR - feito com pires de plástico que ia para o lixo, o disco voador do adolescente vai aterrizar no Sertão paraibano | imagem: Val da Costa

por Valdívia Costa

É comum ver crianças e adolescentes se reunindo em lan houses para jogar na Web por horas. Mas ver uma criança construindo seus brinquedos com caixas de fósforo vazias, por exemplo, está fora do padrão atual de brincadeiras. Foi pensando em criar um mundo com brinquedos diferenciados, ecologicamente corretos, que Marley Lucena entrou na contra-mão do ciberespaço. Com apenas 13 anos de idade, ele vai fazer sua primeira oficina de brinquedos reciclados no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) de Sousa, no Sertão paraibano.

Nos dias 11 e 12, próximos domingo e segunda-feira, Marley vai ministrar a Oficina de Arte-Construção de Brinquedos Populares para 30 crianças da cidade. A ideia partiu da direção do Centro, que buscava algo diferenciado para mostrar ao público infanto juvenil. A partir de sacos de plásticos, daqueles de supermercados, Marley constrói bonecos que sevem também para representar em seus teatrinhos de cenários inventados com papelão e garrafas pet.

"Eu via na garrafa pet formas que quem estava jogando-a fora não via. Desde pequeno, eu comecei a pegar esses materiais e a transformá-los em brinquedos. A primeira brincadeira que me deixava horas quieto era com massa de modelar. Achava interessante pegar um pedaço de massinha e transformar em vários brinquedos", contou o arte-educador.

A primeira experiência com arte-educação foi aos 11 anos. Ele estava na 6ª série quando surgiu a oportunidade de fazer uma apresentação sobre a importância da leitura para crianças da 2ª série. "Eu gostava de brincar com as artes em todo trabalho que eu fazia na escola e com esse não seria diferente. Pedi a professora para fazer um teatrinho com material reciclado e ela aprovou a ideia. A reação da molecada foi legal, eles adoraram o cenário de papelão e eu vi que isso era interessante de mostrar", lembrou.

Apesar de estar indo por onde quase ninguém da idade de Marley vai, ele ainda tem a consciência de que, continuando a passar seus conhecimentos de arte e construção de brinquedos, o mundo também pode se livrar de algumas peças que sempre encalham na terra como lixo. "Ajudo ao meio ambiente a respirar e alivio o bolso também, porque não precisa ficar comprando tudo o que eu vejo por aí", concluiu.



VIRTUAL - Apesar de usar a internet às vezes, para olhar o orkut e um único e-mail, Marley não deixa de olhar coisas interessantes na Web. Em breve, o arte-educador vai montar um blog com seus trabalhos e fotos das oficinas e das peças que ele já construiu. "Gosto de ler as coisas da internet. Só não tenho paciência de ficar muitas horas olhando, prefiro andar de bike ou brincar na rua", resumiu sorrindo.

Oficina de Arte-Construção de Brinquedos Populares

domingo, dia 11
14h00 - 1h20min

segunda-feira, dia 12
10h00 – 1h20min
14h00 – 1h20min

4 de outubro de 2009

*variedades - Mel e jazz se unem em encontro


LEGÍTIMO - Dixieland é feito por paraibanos loucos pelo jazz | imagem: Danniel Victor

Por Valdívia Costa

A apicultura paraibana está comemorando o sexto lugar na produção de mel no Nordeste com 500 toneladas por ano. Como forma de festejar esses resultados que surgem do cooperativismo e das iniciativas governamentais, o evento foi aberto ontem, dia 3, no ritmo do jazz do Paraíba Dixieland, durante a Feira do Empreendedor 2009. Cerca de 400 apicultores apreciaram a apresentação artística degustando produtos do mel orgânico.

O evento é uma produção do Fórum Paraibano de Apicultura, que é formado por diversas cooperativas de apicultores do Estado. O presidente da Cooperativa dos Apicultores do Alto Sertão Paraibano (Coapas), Marcos Antônio Martins se surpreendeu com a parte artística do evento e espera encontrar os conhecimentos necessários ao crescimento da cooperativa.

“Esperamos aumentar o número de participantes e de apicultores em todo o Estado com esse Encontro. Com o embargo do governo federal e criação do Projeto de Aquisição Alimentos (PPA), nós estamos recebendo ajuda para produzir, o que nos fortalece como cadeia”, comentou o presidente Coapas. Ele agora pensa em se capacitar em marketing, durante o evento, para divulgar mais o trabalho da cooperativa.

Já o apicultor Francisco de Assis Gomes, que participa do Encontro pela primeira vez, disse que está se capacitando cada vez mais na atividade que ele iniciou a pouco mais de um ano. Gente como José Francisco participa do Encontro de olho nas oportunidades para crescer junto com outros apicultores como ele e até produtores de maiores escalas, conforme explicou o gerente da Unidade do Agronegócios, Edilson Azevedo. O Encontro se encerra hoje, dia 4, à tarde.
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Fonte: Blog da Feira