O bom profissional tem o poder de desatar nós, apagar incêndios e desfazer o que o colega fez incompleto ou mal feito. Imagem: Não gosto de plágio |
Por Valdívia Costa
# Ao praticar uma “bondade”, doando um serviço gratuito, estamos sendo antigos. O que é bom para nós, como uma “experiência não remunerada”, de forma individual, elegante até, é um antiprofissionalismo fino. E poderá ser um grande mal para o coletivo.
# Ao praticar uma “bondade”, doando um serviço gratuito, estamos sendo antigos. O que é bom para nós, como uma “experiência não remunerada”, de forma individual, elegante até, é um antiprofissionalismo fino. E poderá ser um grande mal para o coletivo.
Doar produtos ou serviços quando eles têm preço (parte fundamental de
um mercado de trabalho) devia ser crime. Porque a remuneração faz parte do
experimento. Sem ela, provamos o pão que o diabo amassou achando que é isso o
que os profissionais comem.
Nossas posturas displicentes, arranjadas uns com os outros, e nossa
labrogeirice profissional, só nos confere um caráter amador. Não compactuam com
trabalho de qualidade as relações desmembradas, proveitosas para poucos ou
perigosas para a maioria.
As práticas profissionais mais construtivas deveriam ser as melhores
para um conjunto de pessoas. Tipo cooperativismo e busca de evolução em eventos
de conhecimento...
O individualismo nos leva a pensar, egoisticamente, que sabemos cobrar
por um serviço de uma área mercadológica. Que a cada dia ganha novas tarefas
com seus desmembramentos.
Pedimos “qualquer coisa” como se fosse regra de um mercado ilusório,
com práticas amigáveis. Só nos afundamos mais ao invés de nos evidenciarmos na
sociedade. O que poderíamos valorizar enquanto trabalho,
muitos amassam e jogam fora como “experimento”.
Sabe por que profissionais como médicos ou advogados conseguem status e
boas remunerações? Entre outras verdades, pela união das classes.
Você já os viu pleiteando serviços em público, como se fossem comadres
pedindo batatinha por cima do muro? Já viu? Foi uma mínima ocorrência. O comum
é justamente o contrário.
Aos recém-formados pelas academias brasileiras, bem vindos aos seus mercados!
Se deleitem na forma proletariada mais primária “constituída pelos
trabalhadores que fabricam mercadorias (e serviços) a partir da venda da sua força de
trabalho”, como disse o atual Karl Marx.
Mas, antes, saibam que o mercado dividiu as duas classes sociais autônomas
no modo de produção capitalista também pelas posturas individuais. Resta-nos a
burguesia? Vamos todos ser donos dos meios de produção? Talvez, para os mais
empreendedores.
E o proletariado atual? A estes, um mar de regras e tabelas
que compõem a queridinha da Ética. Agarrem com as duas mãos na ética! Em
qualquer área, ela é a tábua de salvação.
Mas o conceito de classe trabalhadora sofre interferências das atuais mudanças
nas relações de trabalho. O setor de serviços cresceu. Atividades como as
consultorias não utilizam meios de produção físicos. Se utilizassem máquinas,
os donos seriam os próprios trabalhadores.
Por isso, em diversos mercados, vender bem faz parte do DNA das classes trabalhadoras. E isso inclui saber que o seu trabalho tem um valor material. Seja ele iniciante ou não. Cobre pela consultoria. Cobre pelo conserto... Estabeleça o seu preço. Pela duração das
espécies.
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