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Assim vive a sociedade atual, em rede, conectados por interesses. Imagem: Computer World |
Por Valdívia Costa
Conversa sobre redes sociais com empreendedores no cenário paraibano.
- Seu negócio já está na internet? – pergunto.
- Eu tenho um feicibuque onde minha mulher posta as fotos – responde,
meio inseguro.
Alguns empresários têm vaga noção da importância de se manter ao menos
uma página na internet com a marca do negócio, seja pequeno ou grande. É fácil
esse empreendedor (iniciante) virtual criar e manter apenas uma rede social. Ou
seja, enquanto muitos surgem, a presença virtual de um negócio na Web fica por
conta do perfil doméstico e da plataforma menos complicada no uso diário. Mas
tem muito mais para quem procura e-business nas redes.
Essa pressão para se conquistar um lugar ao sol de bytes não quer dizer
que o empreendedor tenha que se especializar em cibercultura ou estudar formas
de alcance na internet. Como também não quer dizer que a pessoa ideal para
fazer esse trabalho para sua empresa seja aquele sobrinho que vive o dia todo
jogando no computador. Ou a mulher, ou um funcionário já tão sobrecarregado com
seus próprios afazeres.
Utilizar tais ferramentas com o propósito de difundir uma marca
empresarial, com conteúdo variado e tantos outros atrativos, que são a bola da
vez para consumidores, requer uma parceria com um social media. Eles já existem
no Estado todo, do Sertão ao Litoral. São aqueles “meninos e meninas” que vivem
com seus celulares, tablets e outros dispositivos móveis em todo lugar.
Basicamente, em eventos, eles fotografam e escrevem algumas frases nas
postagens. Mas existem outros trabalhos que são deles e que requerem
conhecimentos específicos. Qualquer empreendedor individual ou microempresário
pode ter um. Se não puder pagar pelas horas diárias de trabalho, a parceria
pode ser através de serviços. Ao menos um panfleto virtual decente, atual,
eficiente visualmente, ele fará de maneira profissional. Mesmo assim, há quem insiste:
para que fazer marketing virtual se eu vendo bem ou sou bastante procurado no
mercado?
Simplesmente porque as marcas mais valiosas do mundo estão
experimentando uma correlação direta entre desempenho financeiro de ponta e
profundo engajamento nas mídias sociais. É regra de convívio social: essa é
nossa nova empreitada na cibercultura, segundo Jim Sterne, no livro “Métricas
em mídias sociais – como medir e otimizar seus investimentos em marketing”
(2011). Os empreendedores que estão nas redes sociais ganham clientes e
dinheiro na internet. É mais uma banca para se armar a atrair freguesia.
Profissional - De acordo com
Milena Parente, no artigo “Redes sociais - Um universo repleto de oportunidades de
negócios e relacionamento com os clientes”, é preciso correr para alcançar o
consumidor, não só nas lojas físicas, mas também no mundo online. Ninguém que
está começando um negócio teria tanto fôlego. Mas um social media que saiba de
tráfego e de conteúdo já consegue vencer a concorrência nessa corrida.
“A relação é aparente e significativa: empresas socialmente engajadas
são, de fato, mas bem-sucedidas financeiramente”, disse o escritor Jim Sterne. As
pessoas se acostumaram com o território da opinião pública e dos diálogos
expostos com os consumidores. Por isso, os empresários que não atendem às
necessidades de sua atualidade, infelizmente, regridem, perdem de lucrar e até
fecham as portas.
Como falamos em diversos nomes para as coisas da internet, vamos
especificar. O social media, gerenciador do seu perfil e de tantos outros, vai
atuar em qualquer mídia social. E para que a mídia social serve? São as
chamadas “ferramentas virtuais”, que permitem, a qualquer pessoa, comunicar-se
com o mundo todo. Neste universo, os importantes difusores são também consumidores.
E quem os une nos seus perfis do empreendimento? O social media.
Business – Conforme Sterne, são
seis as categorias de mídias sociais. Os fóruns ou quadros de mensagens, os
sites de crítica e de opinião, as redes sociais, os blogues, os microblogues e
os marcadores sociais. Quer ter uma empresa que utiliza todas as redes para
alavancar seus negócios? Respire fundo e leia tudo.
O mundo dos negócios é regido pelo maior número de vendas que um ser
humano possa promover. “Quer esteja vendendo online, por meio de uma força de
vendas diretas, quer pelos canais de distribuição, o que as pessoas estão
dizendo sobre a sua empresa é, hoje em dia, mais importante do que a sua
propaganda”, lembra Sterne.
Por que investir em rede social? - Porque, atualmente, é onde as pessoas passam a maior parte do tempo. Pesquisa
realizada em 2012 aponta 96% da população brasileira vivendo no universo online
e navegando em redes sociais, segundo a comScore. Outra pesquisa da
Nielsen diz que a busca por meio de mídias sociais já representa mais de 18%.
Por isso: é importante realizar ações para ser encontrado por meio
desses canais sociais.
Segundo a diretora executiva da agência especializada em mídias sociais,
Big Bang Comunicação, Bibiana Riedhorst, o Brasil possui mais de 80 milhões de
internautas, 67% deles utilizam as redes sociais. Nelas, 89% pesquisam produtos
e serviços e 48% consideram a opinião de outros consumidores publicadas na
internet antes de comprar.
Tops - As redes sociais mais acessadas no mundo e no Brasil, com base nas
estatísticas do Alexa, foram pesquisadas em dezembro de 2011. No mundo todo, as pessoas
escolheram, do quinto ao primeiro lugar, MySpace, LiveJournal, Twitter,
Youtube e Facebook como suas redes mais acessadas. Já no Brasil, o
ranking do primeiro ao quinto lugar é LinkedIn, Twitter, Orkut, Youtube e Facebook. Estão certos os que criam de cara ou somente o Facebook, pois
ele é o canal dos canais no mundo e no Brasil. Mas tem que manter o conteúdo
profissionalmente.
Na Pré-História - Não é de hoje que os seres humanos - ou até mesmo o homem da
pré-história - interagem através de mensagens. Pode ser que os seres da
época tenham criado um sistema de comunicação nas rochas parecido com o de uma
rede social. Segundo o pesquisador de Cambridge, Mark Sapwell, no site Brasil
Escola, paredes rochosas localizadas no nordeste da Rússia e no norte da
Suécia contavam com imagens semelhantes que eram produzidas em diferentes
épocas. Seria um tipo de apreciação positiva do desenho original, uma forma
rústica da ferramenta “curtir” do Facebook, por exemplo. Além disso, havia
desenhos acrescentados ou complementares, como “comentários” que garantem a
transmissão de ideias dos usuários da mesma rede rochosa. Para
o cientista, as pinturas não eram mero registro. Também funcionavam como uma
rede de diálogos e manifestações daquilo que outros autores “postavam” nas
paredes.
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Para se aprofundar mais no assunto, o livro Redes Sociais Corporativas, do Instituto Desenvolve TI, apresenta a história das redes sociais no contexto do marketing digital, comportamento do consumidor e comunicação entre empresa e cliente no ambiente online. A obra aborda principalmente o cenário empresarial e o relacionamento com clientes que se sociabilizam.
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