seguidores

5 de setembro de 2006

Cuca-CG no dia 16.09: Cabruêra e exposição multimidiática


Hijack, núcleo de DJs Element Trance e exposição de artes plásticas serão as outras atratividades artísticas, além do lançamento do regulamento da 5ª Bienal da Une.


Com o repertório contagiante da Cabruêra e uma exposição multimidiática das telas do holandês Maurits Cornelis Escher em animes, o Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) da União Nacional dos Estudantes (Une), de Campina Grande, dá o ponta-pé inicial nas atividades culturais deste ano, no dia 16 (sábado), marcado para as 22 horas. O evento é um resultado de mais uma novidade que o Ponto de Cultura trouxe: uma parceria com a Eco Produções, formada por produtores independentes que pretendem trazer, quinzenalmente, muita reverência à arte no local.

O lançamento do regulamento da 5ª Bienal de Ciência, Arte e Cultura da Une, a se realizar em janeiro/fevereiro de 2007, no Rio de Janeiro, será apresentado. Este ano, a Bienal traz o tema Brasil-África: um Rio chamado Atlântico, polêmica discussão acerca da cultura afrobrasileira. E, para completar a cena musical, a banda de pop rock Hijack e os DJs do núcleo Element Trance (Madjey, Eco e Pitsy), formarão seus sets com sons variados e também dançantes.

O prédio onde funciona o Cuca-CG pertence à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e foi esta instituição quem realizou uma reforma na estrutura, desde o início de agosto. Dois balcões para bares foram instalados, um ao lado da nova sala de aula (antiga administração) e outro próximo aos banheiros. O espaço agora poderá abrigar cerca de duas mil pessoas com a construção de uma saída de emergência que foi criada para uma maior segurança do público. E uma nova pintura (externa e interna) foi feita no local, além de grades de proteção, portas e instalações elétricas renovadas.

Sobre este primeiro evento, o diretor administrativo do espaço, Edson de Aguiar, informou que a parceria entre o Cuca e a produtora Eco cria uma nova possibilidade de atuação, “descentralizada e bem menos presencial da nossa equipe”. Na divisão, a Eco fica com algumas datas para eventos, mas Edson enfatizou que os cuqueiros e novos voluntários estarão juntos nas atividades. “Realizaremos eventos também, mas ficaremos mais integrados aos projetos de gestão cultural de fomento à elaboração de oficinas artístico/culturais, fóruns e palestras”, explanou o diretor.

Voluntariado sempre existiu e continuará a ser a mola propulsora para o melhor funcionamento do Cuca-CG. No ano passado, alguns representantes de classes artísticas e produtores culturais se agregaram ao espaço para fortalecer a atuação. Fredi Guimarães (músico), Flávio Metralha (movimento hip hop) e Safira (pedagogia) foram alguns dos que marcaram presença e contribuíram com as atividades. Este ano, cerca de 20 pessoas (estudantes, profissionais da área de exatas, desportistas e artistas), estão se reunindo intensamente com o intuito de reorganizar o quadro de pessoal e injetar novas idéias e articulações para movimentar a cena local.

Outro tipo de produção de eventos poderá ser feito com os produtores independentes. “Quem tiver algum projeto cultural, deve procurar a coordenação de Cultura para mostrar o projeto e marcar uma possível data para a realização”, disse Edson. Na atuação do ano passado, foram mais de dez eventos realizados por segmentos culturais da cidade, entre eles, o 30º Festival de Inverno (mostra musical noturna). O Encontro para a Nova Consciência deste ano realizou o Rock na Consciência no espaço. Algumas calouradas, eventos dos cursos de Arte e Mídia e Desenho Industrial (UFCG) também foram vistas no Cuca-CG.

Europa / Brasil: Cabruêra faz show no Cuca-CG
Entre as idas e vindas à Europa, de junho a setembro deste ano, a Cabruêra fará um show “na veia” com os Sons da Paraíba nesta noite, no Cuca-CG. Na turnê de 18 shows agendada em nove países europeus, a banda ainda se prepara para seguir viagem para o POPKOMM (maior feira de música da Alemanha). Em seguida, a Cabruêra toca no Quasímodo (mais antigo e importante clube de jazz de Berlin) e segue viagem para o leste europeu, onde se apresentará na cidade de Praga, no Palac Akropolis (famoso templo da música), na República Tcheca.

Cinco representações nordestinas brasileiras estarão no Popkomm. Da Paraíba, somente a Cabruêra levará a mistura de ritmos da nossa localidade, que é de interesse global, característica da world music. “Podem esperar energia, pois vamos mostrar os sambas, cocos e cirandas do novo CD e mais outros sons que a gente toca e inventa”, comentou Arthur Pessoa, vocalista e violonista da Cabruêra. Satisfeitos por terem feito tantos shows lá fora e contentes por “estarem em casa”, como Arthur costuma saudar o público da Borborema.

A Cabruêra nasceu em Campina Grande na Paraíba em 1998. Depois de tocar na edição 2000 do Abril Pro Rock, o grupo fez uma turnê pela Europa tocando em festivais na Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal. Ainda no mesmo ano lançaram o seu primeiro álbum independente que, posteriormente, saiu nacionalmente pela Nikita Music e também nos EUA e Canadá pela Alula Records.

HIJACK: O som que veio das Lourdinas
Formada por quatro rapazes que se reuniram pela primeira vez nos corredores do colégio das Lourdinas, em Campina Grande, a banda Hijack promete trazer um som alegre, que mostrará várias performances para músicas dos Beatles, Pink Floyd, Led Zepellin, Pearl Jam, entre outros. Sua quarta formação se reuniu há um ano e conta com os músicos André Guedes (vocalista e baixista), Giordano Frag (guitarrista solo) e os irmãos Daniel “Spiker” (baterista) e Rafael “Doug” (guitarra base).

E eles prometem um som envolvente que costuma atrair “um bom público”, como ressaltou André Guedes. “Nós lapidamos um estilo próprio de conquistar um público cada vez maior”, disse o vocalista que considera o cover da banda um dos mais bem feitos na cidade. Executando um repertório com sucessos que vão do rock pop atual ao rock dos anos 70, 80 e 90, Hijack – que quer dizer “seqüestro” em inglês – tem apresentado um show extrovertido lotando casas de shows com as apresentações.

André Guedes, líder do grupo e único integrante que está desde a primeira formação, conta que apesar de todas as dificuldades que uma banda de garagem passa para chegar aos palcos, a banda Hijack atingiu um nível acima das expectativas de aceitação. A banda possui material gravado em shows, inclusive em diversas apresentações em rádio FM de Campina Grande.

Hijack gravou um clipe para a divulgação de composições próprias também, em parceria com o Departamento de Artes (Dart) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Festivais de rock, festas promovidas por colégios e universidades, boates, bares e calouradas, congressos, shoppings e clubes daqui e de outras cidades da Paraíba formam a trajetória da banda.
Thiago Guedes: (83) 8867 - 1112

Escher
A arte visual do panfleto deste evento foi pensada de acordo com as novidades que o Cuca-CG está trazendo. As escadas de Escher, uma impressão de evolução. Este é o sentimento que Maurits Cornelis Escher passa aos cuqueiros. O artista é holandês, nasceu em junho de 1898 na cidade de Leeuwarden. Seu aprendizado em desenho começou numa escola secundária em Arnhem. Posteriormente, de 1919 a 1922, estudou na Escola Superior de Arquitetura em Haarlem, onde aprendeu técnicas gráficas com Jessurun de Mesquita, que o influenciou profundamente.

O homem que deveria ter sido um arquiteto impressionou a todos quando afirmou: “com freqüência, me sinto mais próximo dos matemáticos do que dos meus colegas, os artistas.” Viveu na Itália, residindo em Roma (1922), migrou para a Suíça (1934), Bruxelas e Baam (1941), onde morreu em março de 1972, na Holanda. Seu trabalho foi grandemente apreciado por matemáticos e cientistas. Embora não tivesse formação nessas áreas, produziu intrincados padrões repetitivos, estruturas matematicamente complexas e perspectivas espaciais desconcertantes.

Escher, na Espanha, encontrou uma de suas maiores fontes de inspiração: a Alhambra (antigo palácio e complexo de fortificações dos monarcas islâmicos de Granada, no sul da Espanha). Os precisos e intrincados detalhes ornamentais formam a viva imagem dos esquemas geométricos que tanto lhe entusiasmavam. Pode-se dizer que a raiz de sua visita à Alhambra e à mesquita de Córdoba, a obra de Escher, que havia se baseado na representação de paisagens, até então, variou seu rumo para os estudos matemáticos que tão famoso os deixaram.

Traz uma larga convivência na Suíça, Bruxelas (1937-1941) e, mais tarde, em Baarn, no seu país de origem, onde residiria até sua morte, em 27 de Março de 1972.
Sua prodigiosa visão abstrata nos deixou uma interessante e extensa obra na qual se conjugam a arte a matemáticas de uma maneira interessante. Precisamente foi isso o que abriu as portas dos círculos artísticos da época, já que, por outra parte, despertara grande devoção entre matemáticos e físicos.

Seu trabalho foi ganhando reconhecimento, sobre tudo, durante os últimos anos de sua vida e atualmente tem adquirido tal fama que, inclusive se vendem posters, camisetas e outros acessórios com seus trabalhos como tema.
Fonte: Escher Gallery

Nenhum comentário: