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23 de outubro de 2007

*coluna* Val da Costa: "Rap e Repente escorrega e cai no pop romântico!"


GRITO DE LOS EXCLUIDOS - painel do equatoriano Pavel Eqüez, com colaboração do ceramista Guido Garbarino.


Na próxima sexta-feira (26) começa o primeiro Encontro Nacional de Rappers e Repentistas do Brasil. Apesar de segmentado, o evento vai ter como atração musical principal o grupo de pop romântico Cidade Negra. Estaria certo, se o intuito fosse atrair mais gente. Mas os rappers e repentistas eram o alvo do encontro realizado pela sub-secretaria de Cultura do Estado. O espaço aos artistas paraibanos deveria ser garantido.

Numa escorregada, a produção atingiu os integrantes de um dos grupos de rap mais antigos do Estado, o Reação da Periferia, colocado e retirado na programação do evento sem a devida consulta. “É delicado falar da importância desse evento. Primeiro porque é uma iniciativa pioneira no Nordeste. Mas já começou de maneira errada. A própria organização se mostrou incompetente”, reclamou o MC Metralha.

Pelo pomposo destaque no cenário nacional da arte, o evento deveria ter sido melhor elaborado. O respeito aos artistas locais teria sido dado. Conseqüência: escorregadas raras. Não quero nem citar a mancada de colocar o artista francês Mano Chao e retirá-lo, também sem justifica alguma. “Todo es mentira ¿Por qué será?” Gafe.

Deve ter vindo do marqueteiro Dércio Alcântara, da divulgação nacional, a idéia de colocar a primeira grade da programação do Rap & Rep na internet, que escorregou e logo caiu. MV Bill, Racionais MC, Cordel do Fogo Encantado, Marcelo Yuca e Marcelo D2 estavam lá. Mas não estarão aqui, ironicamente.

O último escorrego da organização do evento foi inventar de cobrar um quilo de alimento não-perecível pela entrada nas três noites de shows. Evento beneficente é gancho para qualquer matéria, todos sabem, mas esse não foi assim. Foi uma estratégia escorregadia de implantar a contrapartida social tanto recomendada pelo movimento hip hop. Mas faltou assessoria de imprensa abastecendo os jornais.

Se alguém não pegar as senhas antes de entrar no Spazzio, lugar esquisitíssimo à noite, vai recorrer aos vendedores ambulantes para comprar comida. O quilo de arroz deverá custar o triplo do preço normal na frente da casa de shows. Por falar em grana, o Rap & Rap custou cerca de R$ 1 mi, rateados entre MinC e Sub-secretaria de Cultura. Será que não deu para profissionalizar e promover uma difusão maior das culturas hip hop e popular?

“Sabotagem” ao Reação da Periferia
“Nos colocaram lá sim, mas como um consolo. Ninguém gostou”. O desabafo é do MC Metralha. Em mais outra escorregada (ai!), a equipe do Rap & Rep colocou, de última hora, o Reação da Periferia na grade da programação num espaço chamado Sabotage. Escondidinho, no Sítio São João. Acredite quem quiser! O nome do espaço não soa sarcástico? Foi assim que os integrantes do grupo se sentiram: sabotados. Colocaram a gente na programação para nos dar um cala a boca. Talvez para não ofuscar o evento”, finalizou Metralha.

Hip hop
Campina só possui 72 membros do movimento hip hop, segundo representantes campinenses. E vale lembrar que nem todo mundo que mora na cidade sabe o que é nada disso. O hip hop é uma cultura que agrega quatro elementos, o break (dança), o MC (o compositor das rimas), o DJ (som eletrônico) e o graffiti (pinturas em spray). No Brasil, desde que foi trazido (1970) dos EUA, o hip hop agregou o quinto e último elemento, a ação social.

Rap e Repente
A rima de improviso une o rap e o repente. Retrato das vivências nas periferias e guetos negros, o rap traz a luta pacífica pela sobrevivência sem discriminação. Já o sertanejo almeja acabar com a seca e transforma sofrimento em arte popular. Não é à toa que os repentistas têm aparecido cada vez mais ao lado dos rappers. Faces do Subúrbio (Recife) é um dos grupos que bebe na fonte do repente pernambucano.


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Val da Costa é a blogueira responsável pelo espaço Cuca-CG na net.

18 de outubro de 2007

*pontos de cultura* II TEIA - ENCONTRO DOS PONTOS DE CULTURA DO BRASIL

A edição 2007 da Teia - Encontro de Pontos de Cultura do Brasil vai começar uma verdadeira maratona de quatro dias de diálogos construtivos para os locais de difusão da arte e da cultura em mais de 200 municípios brasileiros. A partir do dia 7 de novembro, Belo Horizonte sediará o evento que mostra a produção cultural de todos os estado e Federação do Brasil.

Além da grande feira que é a Teia, capacitações, avaliações e ingresso de novos pontos de cultural preenchem a grade da programação. Música, artes plásticas, dança, teatro e improvisações são o destaque do encontro. Nesta edição, a Teia amplia a área da Comunicação com uma oficina de Jornalismo Cultural. Veja os detalhes, inscrições e tudo o que vai rolar clicando na imagem abaixo.

15 de outubro de 2007

*música* RAÍZES CABOCLAS, sexta-feira, 9.11, Sesc Centro


O grupo amazonense Raízes Caboclas vem da floresta para Campina mostrar a sua arte.

A sonoridade das águas e das matas da Amazônia será resgatada no repertório do grupo Raízes Caboclas no dia 9 de novembro, no Cine-Teatro do SESC Centro. A partir das 20h00, o concerto Tonos Novos poderá ser apreciado gratuitamente. O evento é uma realização do SESC Paraíba em parceria com o SESC Nacional.

Um dos diferenciais desta apresentação musical é a interação com o público. A platéia poderá participar do concerto tocando alguns dos instrumentos de percussão confeccionados especialmente para a ocasião. Todos os músicos do Raízes Caboclas se apresentam com roupas brancas e com os pés descalços.

Além da Serra da Borborema, o grupo precorrerá 74 cidades brasileiras numa turnê que estará em 20 Estados durante os meses de setembro, outubro e novembro. É o retorno do projeto Sonora Brasil - Tradições Contemporâneas. O Raízes Caboclas também será apresentado em João Pessoa, um dia antes de estar em Campin.

O som do grupo já foi ouvido em países como Estados Unidos, Alemanha, Venezuela, Peru e Colômbia. Com sonoridades livres de conceitos e formas estéticas tradicionais, o grupo elaborou especialmente um repertório para a turnê da terceira etapa do Sonora Brasil.

Formado no início da década de 80, o Raízes Caboclas tem como principal objetivo a abordagem das raízes culturais da Amazônia. São sete músicos que buscam referências nas tendências contemporâneas da região. Os músicos Celdo Braga, Júlio Lira, Osmar Oliveira, Raimundo Angulo, Eliberto Barroncas, Adalberto Holanda e Otávio Di Borba compõem atual formação.

São nove discos ao longo da carreira, o mais recente intitulado “20 Anos”. Entre os sucessos amazoneneses, o público de Campina poderá ouvir músicas como Rimando as Águas, Claves de Luz, o Sonho de Xamã e Caminhos Sonoros.

Sonora
O Projeto Sonora Brasil atua há 10 anos na difusão das raízes musicais da cultura brasileira. Canções da tradição oral e ritmos populares de várias regiões do país são apresentados em concertos temáticos. Com um conteúdo educativo, divulgando as origens e características dos instrumentos e das músicas executadas, o projeto valoriza a música enquanto expressão da identidade cultural brasileira.

Rostand Melo → 9113-1128 / 3341-5800
Setor de Comunicação do SESC Centro -CG