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28 de fevereiro de 2009

*teatro - Monteiro apresenta Vau da Sarapalha


Cena de Vau da Sarapalha | imagem: Google

por Valdívia Costa*

Recebo boas notícias de Monteiro, Cariri paraibano, terra de poetas e músicos de primeira estirpe, como Pinto de Monteiro e Zabé da Loca. Meus amigos produtores Rivelino Neves e Raniel Quitans estão levando o espetáculo teatral Vau da Sarapalha, do grupo paraibano Piollin, para uma única e inesquecível apresentação no teatro Jansen Filho, no dia 21 de março, às 21h00. O preço da entrada é camarada, R$ 6,oo inteira e R$ 3,00 estudande.

O drama Vau da Sarapalha é uma das montagens mais importantes da década, segundo a crítica especializada. O contato pra produção se realizar aconteceu através de uma parceria entre a Piollin e a Fábrica de Artes dos Cariris (FAAC), além dos produtores locais Rivelino e Raniel.

Trata-se de uma adaptação do grupo paraibano Piollin para o conto “Sarapalha”, de João Guimarães Rosa. Desde 1992, os cinco atores do Piollin rodam o Brasil e o exterior acumulando participações em festivais internacionais. A encenação é assinada por Luiz Carlos Vasconcelos (o marido mais novo de Regina Casé em "Eu Tu Eles").

A peça remete o público ao universo simbólico do escritor (sempre o Sertão e seus personagens) por meio de uma representação que reúne tanto elementos do teatro físico quanto do narrativo. A combinação é alinhavada por uma bela sonoplastia, que é dividida entre os cinco atores em cena. Em Vau da Sarapalha revela-se um Brasil tosco e rural, personagens que vivem quase na miséria, como bichos.

A gaivota - Mas o grupo Piollin não vai a Monteiro só pra apresentar uma única peça. Ao completar 30 anos de estrada, o grupo de teatro também se apresentará no Clube Municipal no dia anterior ao Vau da Sarapalha, na sexta-feria, dia 20, às 20h30. O espetáculo "A Gaivota (alguns rascunhos)", de Haroldo Rego, chega aos monteirenses e mostra a história baseada no texto do aclamado escritor russo Anton Tchécov.

O espetáculo, que estreou em João Pessoa em setembro de 2006, passou pelo Riocenacontemporânea, em outubro de 2006 e participou também da 2ª Mostra Latino-Americana de Teatro em maio deste ano. O Piollin Grupo de Teatro comemora o "trintenário" junto ao seu Centro Cultural Piollin, ex-Escola Piollin, que abriga as atividades do grupo e ações no campo da arte e da educação. Crianças, adolescentes e jovens de baixa renda da cidade agradecem.

SERVIÇO:
Lugares: 150
Recomendação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Realização: FAAC - Fábrica de Artes dos Cariris
Patrocínio: PETROBRAS, SEBRAE, UEPB
Informações: (83) 9921-8427 (Rivelino)

*ativista cultural...
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colaboração: Rivelino

*insentivo - O FIC fica - Além do Lead


Fic Augusto dos Anjos já apoiou projetos como o festival Som na Serra (2004)

Andei pelos blogs vizinhos e soube desta ótima notícia. Quem conhece a história dos políticos paraibanos sabe que eles são finos pra destruir o que os gestores anteriores constróem. Mas o Fundo de Incentivo a Cultura (Fic) Augusto dos Anjos vai permanecer. Trabalhos como o festival Som na Serra (2004), o CD da Cabruêra Sons da Paraíba (2005), o CD do Aerotrio (2006), o livro A Síndrome Ocidental, de Fred (2007) e uma coletânea musical só com sons do Estado, organizada por Arthur Pessoa (2008) são alguns dos projetos aprovados pelo Fic que já fizeram história.

Esbarrar com essa notícia foi legal, valeu Fernanda!
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O novo subsecretário estadual de Cultura, o artista plástico Flávio Tavares garantiu a permanência do FIC Augusto dos Anjos. Não se poderia esperar outra atitude de um artista comprometido com a cultura e com a sua história. Acima de questões político-partidárias, Flávio sabe que estão as demandas dos artistas paraibanos, homens e mulheres que inscrevem a história cultural da Paraíba.

Vejam o comentário completo no blog Além do Lead

*opinião - Disputa política ou religiosa? - Leidiane Alves


charge: Angeli

por Leidiane Alves*

Desde a cassação do tucano Cássio Cunha Lima e da posse de José Maranhão (PMDB), as disputas políticas no Estado não cessaram. Agora a “oposição”, ao invés de se unificar e passar as atenções aos problemas da Paraíba, que diga-se de passagem, não são poucos, está numa disputa antecipada pras eleições estaduais, que só acontecerão no segundo semestre de 2010. Alguns já se manifestaram a favor de um lado ou de outro. Uns objetivando cargos, outros preocupados com as eleições e coligações. Cada um com seu interesse, maquiado nos “interesses do povo”.

Achando poucas as questões “unicamente políticas”, o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, resolveu entrar na disputa, aparentemente religiosa. Na tarde desta quinta-feira, 26, em nota oficial, puni o Deputado e, até então, padre, Luiz Couto de celebrar missas na arquidiocese, por “confrontar as normas da CNBB”. Logo a CNBB, que esta semana lançou a campanha da fraternidade cujo tema gira em torno da Segurança Pública e com o lema: “A paz é fruto da justiça”!

Segurança pública e justiça estas que são alvos da luta de Luiz Couto há 16 anos como deputado e há 30 como sindicalista e cidadão, preocupado com o bem-estar da sociedade em que vive e ainda por cima sofrendo ameaças. O estranho é que, noutro momento, Dom Aldo classificou as denúncias de Couto de “existência de grupos de extermínio na Paraíba”, por serem “graves e comprometedoras”. E ainda chegou a desafiar o parlamentar a apresentar provas sobre o que ele “costumeiramente” denunciava.

Diante dessa situação surge uma interrogação. Serão políticos ou religiosos os rumos que vem tomando as disputas na Paraíba? O que se sabe é que agora a disputa chegou ao clero. Quem sabe assim a sociedade paraibana (nem que sejam os católicos) passe a se posicionar cobrando aos que continuam inertes e levantando a bandeira dos que lutam e servem ao povo paraibano, sem discriminação social, racial e sexual.

*Estudante de Comunicação Social
leid.alves@hotmail.com

27 de fevereiro de 2009

*publicidade - DVD de Marxuvipano custa quinze contos


Banda Marxuvipano - imagem: divulgação

O QUÊ

O Marxuvipano lançou seu primeiro trabalho audiovisual intitulado Mudo em dezembro de 2008. Produzido e editado de forma independente, o DVD possui músicas e poesias interpretadas no show gravado no SESC de Campina Grande, além de quatro clipes e material extra como fotos e making off. O material está sendo vendido por R$ 15,00 e pode ser adquirido pelos contatos aqui embaixo.

QUEM

Alexandre Lima – Baixo e violão
Danylo Almeida – Percussão e voz
David Sobel – Violão, cavaquinho, percussão e voz
Giancarlo Galdino – Violão, teclado, glisson, baixo e voz
Katiúscia Formiga – Voz e percussão
Tone Ely – Voz

QUEM MAIS

Katarina Nepomuceno – Back vocal em "Que Dengo" e "Culpa"
Pauleska Nóbrega – Coro em "Anti-você", "Descarte", "Culpa" e "Mudo"
Sheysa Freitas – Coro em "Anti-você", "Descarte", "Culpa" e "Mudo"
Joãozinho da Tuba – Tuba em "Dia dos Pais"
Direção de produção – Katiane Formiga

Contato: marxuvipano@googlegroups.com e katiusciaformiga@gmail.com.
Katiúscia Formiga - (83) 9309-3436 / (83) 3322-5808 / (83) 3310-5600

AGORA ESCUTE O SOM!!!

26 de fevereiro de 2009

*cinema - 1º LONGA CAMPINENSE TERÁ PROTAGONISTA LOCAL E ATORES GLOBAIS


O cinema paraibano está em voga e a produção é engendrada a outros serviços da área | imagem: Google

Depois de ter o cineclubismo reativado na cidade, ver a Paraíba estampada nas telonas de um festival de cinema criado na universidade (Comunicurtas) e ser premiado em festivais nacionais e internacionais com ótimas produções locais, Campina Grande vai virar cenário do primeiro longa metragem filmado na cidade. "Tudo que Deus criou...", do diretor André da Costa Pinto, começa a ser gravado este semestre e precisa de um protagonista de 23 e um ator de 6 ou 7 anos de idade.

A produção do filme, baseado em fatos campinenses reais, é de Adriano Lírio. Os testes locais serão feitos no Sesc Centro, dias 6 e 7 de março, das 9h30 às 19h30. No Rio de Janeiro, na Bahia, em São Paulo e na Paraíba, os interessados terão oportunidade de atuação num elenco com seis atores-estrelas-celebridades globais, o que já garante uma espera por um público razoável.

Como ativista cultural antenado com trabalhos nacionais, André não entrou em detalhes, contando apenas uma sinopse generalizada de um rapaz de 23 anos que mora em Campina. "O filme surgiu de um contato feito durante as exibições do curta-metragem Amanda e Monik*. Conheci um senhor que disse ter sido ajudado pelo meu filme. Ele me levou ao filho dele e desse contato surgiu a idéia do longa-metragem, que será totalmente urbano, fugindo do nordestino lugar-comum",

O diretor também não disse como será o papel vivido pelos dois atores que ainda serão selecionados. Apenas comentou que serão personagens complexos, daqueles que exigem do ator uma entrega total e muito estudo.

O filme conta com o apoio da Universidade Estadual da Paraíba e do Departamento de Comunicação Social, além de outros patrocínios de empresas do eixo RJ-SP.

Seleção - André explicou que os candidatos serão avaliados individualmente e por ordem de chegada ao local divulgado. Os textos pra o candidato ensaiar são solicitados pelo e-mail testedeuscriou@gmail.com ou no Sesc Centro.

O protagonista tem que ser do sexo masculino, maior de idade, aparentar 23 anos (na faixa de 18 a 27), possuir estatura mediana, ter cor branca ou parda. Já o personagem da criança, também é do sexo masculino, branco ou pardo, ter 6 ou 7 anos de idade.


André (de jaqueta preta) - DIRETOR E ROTEIRISTA

André da Costa Pinto é jornalista graduado pela UEPB, idealizador, curador e coordenador geral do Comunicurtas (festival de cinema de Campina, que já está em sua 4ª edição).

Foi um dos selecionados do Projeto Revelando os Brasis 2ª edição, no qual roteirizou, dirigiu, produziu e montou o curta "A encomenda do bicho medonho". O filme participou de mais de 14 festivais de cinema por todo país, conquistando os prêmios de melhor roteiro para Documentário e melhor fotografia no 2º Jampa Vídeo (festival do SESC), prêmio especial do Júri pela originalidade do tema durante o V Curta Santos (SP), e prêmio especial do Júri durante o I Vale Curtas - festival de Petrolina e Juazeiro (BA).

André também dirigiu, roteirizou e montou o vídeo institucional da cidade de Areia - PB, "Da rapadura ao berço da cultura", produzido pela UEPB. Seu mais recente trabalho, o curta "Amanda e Monick" já participou de diversos festivais e ainda está em mostras competitivas internacionais.

André ainda participa de vários projetos de inclusão na área do audiovisual, dentre os quais é idealizador, coordenador e ministrante do curso de Extensão de Formação de Atores para Vídeo, oferecido gratuitamente a cerca de 120 alunos pelo Departamento de Comunicação Social da UEPB. Ainda é idealizador e membro fundador da ONG Moinho de Cinema da Paraíba, que forma e fomenta novos realizadores e críticos cinematográficos, além de divulgar trabalhos paraibanos para todo o país.

Ele também é idealizador e produtor do projeto "Deu a louca no cinema brasileiro", de interação entre cineastas brasileiros em torno da realização de alguma obra audiovisual, do qual já surgiram os filmes "Esse filme eu já vi" (André na Produção Executiva, Direção de Produção e de Arte) e "A Raspadinha" (onde fez a Produção Executiva e a Direção de Produção). Foi ele que fez a direção de elenco dos curtas "As bonecas de Davi" (Ronaldo Nerys) e "Terra Erma" (Helton Paulino).

*terceiro filme, que já recebeu mais de dez premiações nacionais e internacionais, premiado como melhor curta digital durante o XII Cine PE (Recife), melhor vídeo nacional e melhor curta metragem do XXXI Cine Guarnicê - Maranhão, melhor curta digital durante o IV Festibal de Atibal Internacional do Audiovisual, melhor documentário e melhor vídeo paraibano do IV Fest Aruanda, prêmio de visibilidade aos Direitos Humanos (Caxiponés) durante o XV Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, melhor Direção pelo curta do II For Rainbown - Festival da Diversidade Sexual de Fortaleza (CE), menção honrosa do júri oficial do XV FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul, melhor fotografia para no VI Curta Santos.
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colaboração: assessoria André da Costa

25 de fevereiro de 2009

*18 ENC - IMAGENS ÚLTIMO DIA, ONTEM, 24


xamanismo - ato xamânico na praça do viaduto

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crença - muitos participantes deixaram energias positivas pra Campina Grande


ritual - indígenas fizeram ritual da paz entre os povos


concentração - ritual feito por representantes indígenas


frustrados - fotógrafos lamentaram não ter havido os shows no bonito viaduto

21 de fevereiro de 2009

*18º ENC - NOVA CONSCIÊNCIA REDUZIDA


ECONOMIA - produtos indianos saem muito, segundo os vendedores da feirinha do ENC

Com uma redução brusca em suas finanças, "da noite pra o dia", o 18º Encontro da Nova Consciência teve que enxugar todas as atrações do evento. Os organizadores estão atualizando diariamente a programção do encontro, que este ano está sendo realizado no Sesc Centro.

A programação musical foi totalmente suspensa, segundo a coordenação do evento. Muitos artistas nordestinos independentes se apresentariam hoje e até a próxima terça-feira na praça do viaduto Elpídio de Almeida, em Campina Grande-PB. Conforme o representante da Ong Nova Consciência, Flaubert Paiva, o repasse de verba da PBTur não foi feito por causa da mudança no governo estadual.

Hoje, dia 21, à tarde, o outro representante da Ong, Vinícius Lima, informou que é possível a verba do encontro ser liberada este ano e que a organização do evento faça uma outra versão, com as atrações que não puderam vir.


palestra do ENC | imagem: Val da Costa

Até a próxima terça-feira, a organização do Encontro colocará a programçao refeita no site da Nova Consciêmcia. Hoje por exemplo vai estar a programção de amanhã e assim sucessivamente. Mesmo que reduzido, o encontro representa um marco na luta pela paz e pelo ecumenismo.

Muitas são as crenças e povos que depositam suas esperanças num diálogo possível com a sociedade. Poder mostrar a sua identidade e seus valores é o que importa pra muitos dos participantes do evento, como essa índia e sua filha.


índia comerciante da Nova Consciência | imagem: Val da Costa

Aproveitem o que ainda pode ser visto. A palestra do repórter fotográfico que anunciei aqui, por exemplo, não vai mais rolar. Porém, debates locais e regionais, como a questão da identidade cultural, são temas ainda debatidos no encontro.


interação - crianças têm contato com outras culturas | imagem: Val da Costa

Veja a programção diária do ENC

20 de fevereiro de 2009

*18º ENC - PROGRAMAÇÃO MUSICAL SUSPENSA


Será que rola? - A Nova Consciência teve contratempos este ano


A 18ª edição da Nova Consciência começou com problemas este ano. Depois da abertura oficial, hoje, dia 20, no início da noite, a parte musical foi suspensa. Não entrei em contato com ninguém da organização do evento oficialmente pra saber os motivos. Mas, um dos colaboradores do evento, Flaubert Paiva, me explicou pelo MSN o que ele sabia.

Flaubert diz:
foi firmada uma parceria com a pbtur
Flaubert diz:
dai, no dia q o dinheiro ia ser repassado, veio a mudancca no governo
Flaubert diz:
isso acarretou no corte da verba, na ordem d R$ 100 mil
Flaubert diz:
a programaccao passou por remanejamentos hje


Pela programação divulgada, hoje subiriam ao palco as bandas Camarones Orquestra Guitarrística (RN) e Monbojó (Recife). Caso ocorra as apresentações musicais de amanhã, dia 21, serão o Projeto Binário (PB) e Bnegão Sound System (RJ). Amanhã teremos mais informações sobre o evento, se ele será tocado mesmo com esse contratempo ou se vão suspendê-lo por completo.

Interajam com o site do ENC
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Valdívia Costa

19 de fevereiro de 2009

*18º ENC - REPÓRTER FOTOGRÁFICO CARIOCA FAZ PALESTRA NO SESC CENTRO


Frederico Mendes em frente ao cartaz de uma das suas exposições no Exterior


Chegou a hora de entender um pouco sobre a luz que tanto Frederico Mendes fala. Ele, que é repórter fotográfico e já fez imagens de Lennon, Bob Dylan, Raul Seixas, Roberto e Erasmo, Caetano e Bob Marley, fará uma palestra no Sesc Centro no próximo domingo, a partir das 21h30 com o tema ESCREVENDO COM LUZ EM TEMPOS DE GUERRA E PAZ. O profissional já rodou o mundo todo e ainda está espalhado nele em exposições na America Central, Angola, Moçambique e por aí vai.

Frederico começou a carreira na Revista Manchete e tornou-se editor de fotografia da mesma publicação. Foi correspondente da revista em Nova York, em Paris e correspondente de guerra na África (Angola e Moçambique), no Oriente Médio (Líbano e Israel) e na América Central (Nicarágua e El Salvador). Realizou editoriais de moda para revistas como Marie Claire, Elle, Vogue, entre outras.

Colaborou para publicações como Time, Stern, Paris-Match e Newsweek. Já fez trabalho e publicidade para várias agências brasileiras e fotografou capas de discos para artistas conceituados como Roberto Carlos, James Taylor, Caetano Veloso, Raul Seixas, Zé Ramalho, Gal Costa, Martinho da Vila e Frank Sinatra. Além de fotógrafo, Fred é designer, ilustrador, pintor e poeta.
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Fonte

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO 18º ENCONTRO DA NOVA CONSCIÊNCIA

18 de fevereiro de 2009

*racismo - Vídeo mostra suposto caso de racismo no Faustão


imagem: Google

Circula na Internet vídeo em que suposto diretor de Faustão ofende um convidado. Está no ar no YouTube um vídeo em que Faustão recebe, em seu "Domingão", o corredor Francisco José Paulino, de 89 anos, que mora em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Durante a conversa com o convidado, aparece uma voz de homem (supostamente vindo do ponto eletrônico), que diz coisas do tipo: "Fala para esse crioulo parar de ficar pulando.O cara não fica parado, filho da p... Segura ele, amarra essa p...". Francisco ficava pulando no palco. A Globo afirma, por meio de sua assessoria: "Trata-se de uma montagem grotesca. Inclusive, o Fausto sequer usa ponto eletrônico. Sobre este ocorrido, tomaremos as medidas cabíveis para retirá-lo do ar".

Leia o resto da coluna Zapping

*opinião - Será que o jornalismo tem futuro? - Folha de SP


imagem: Google

Esta semana vou falar para calouros de jornalismo. Na boa, não sei muito o que dizer.
Já dei várias palestras do tipo e -apesar da diferença de idade e de experiência- sentia que eu e os estudantes vivíamos no mesmo planeta.

Provavelmente eles seguiriam uma trajetória mais ou menos parecida com a minha e com a de tantos da minha geração. Formar-se, começar a trabalhar em algum veículo pequeno, passar para algo maior e, com o tempo, alcançar cargos e salários mais altos. Ou, então, criar seu próprio negócio: editora de revistas, livros, produtora de vídeo etc.
Mas... e agora? O que a garotada pode almejar?

Ainda estou impressionado com a reportagem de capa da revista "Time" de duas semanas atrás. O texto, escrito pro Walter Isaacson, um dos principais executivos da história da revista, trata basicamente do fim dos veículos impressos.
Isaacson assume boa parte da culpa pela situação atual. Afirma que ele -junto com Louis Rossetto, o chefão da revista "Wired"- foi dos primeiros defensores de revistas e jornais migrarem para a internet, liberando todo o conteúdo. A ideia era ganhar dinheiro, nos sites, só com anúncios.

Mas os anúncios não vieram com tanta força. E agora é necessária outra fonte de receita: cobrar pelo conteúdo. Mas quem quer pagar? O próprio Isaacson diz que sua filha adolescente acha que cobrar por qualquer coisa na web é "do mal".
O melhor jornal do mundo, o "The New York Times", vive a seguinte situação. Seu site tem 20 milhões de visitantes únicos por dia. É, no mínimo, seis vezes mais leitores que a edição impressa jamais teve. Como o conteúdo está aberto na web, circulação e faturamento do jornal de papel despencaram. Só que o site não dá dinheiro.
Daqui a quatro anos, a mídia em que esses calouros querem trabalhar pode nem existir mais. Terão de criar seu próprio mundo.
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fonte: Colunistas Folha de São Paulo

17 de fevereiro de 2009

*música - 'O Som do Pasquim' ainda reverbera com força


livro - reedição sai em aniversário de 40 anos da revista, que não existe mais

17/2/2009
Por Mauro Ferreira

Editado originalmente em 1976, o livro O Som do Pasquim ganha reedição para festejar os 40 anos que o semanário - extinto em 1991 - completaria em 2009. Trata-se de compilação de 10 entrevistas concedidas por nomes da música nativa ao lendário jornal. A seleção é bem interessante porque mistura os artistas normalmente escolhidos neste gênero de coletâneas - Caetano Veloso, Chico Buarque e Tom Jobim (1927 - 1994) - com nomes aos quais quase nunca a imprensa, alternativa ou oficial, dá voz. São os casos dos cantores Agnaldo Timóteo e Waldick Soriano (1933 - 2008), identificados com a música dita cafona.

A entrevista de Timóteo é das mais interessantes por ser pontuada pela mágoa exposta pelo cantor por conta da rejeição da crítica e da elite - no caso, representada até pela banca de entrevistadores do jornal (Timóteo chegou ao cúmulo de levar um dicionário para a entrevista para poder compreender o vocabulário usado pelos jornalistas).

Com a língua afiada, disparou ataques às obras de Tom Jobim, Milton Nascimento e Caetano Veloso. Contudo, ao ser consultado para a inclusão de sua entrevista na reedição do livro, fez corajoso mea culpa (publicado ao fim da entrevista) em que afirma que seus atacados colegas estão acima do que hoje Timóteo considera "uma análise ignorante e preconceituosa de décadas atrás".

(...) Leia o resto no Blog Notas Musicais -

16 de fevereiro de 2009

*música - BNEGÃO, MONBOJÓ E DJ DOLORES NO VIADUTO


Novidade - a banda Camarones toca em Campina Grande pela primeira vez

A programação musical da 18ª edição da Nova Consciência saiu e vem pra agradar os antenados com os sons nordestinos contemporâneos. Um naipe de onze atrações, distribuídas em cinco dias de carnaval, mostrará um pouco da cena independente dos estados vizinhos. Se ligue, os shows começam sempre quando acabam as palestras realizadas no auditório do SESC Centro. A DJ Hunter mostrará seu set com convidados todos os dias, após os shows.

\0/ \0/ APROVEITEM! \0/ \0/

dia 20 - sexta-feira
Camarones Orquestra Guitarristica (RN)
Mombojo (PE)

dia 21 - sábado
Projeto Binário (PB)
Bnegão Sound System (RJ)

dia 22 - domingo
DJ Dolores e Banda (PE)

dia 23 - segunda-feira
Cabruêra (PB)
Burro Morto (PB)

dia 24 - terça-feria
Biliu de Campina (PB)
RE:Percussão (PB)
Mostra de Hip Hop (PB)

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colaboração: Arthur Pessoa

13 de fevereiro de 2009

*macroecumênico - FOTOS DE AUGUSTO PESSOA E GLAUCO MACHADO


foto: Augusto Pessoa



Os preparativos para o 18º Encontro da Nova Consciência continuam.
Serão cinco dias de carnaval (20 a 24) com palestras,
cinema, worshops, cursos, vivências, feiras, shows e mostra de
fotografias e artes plásticas no SESC Centro, CEDUC 2
e na Faculdade de Administração da UEPB.


imagem: Google

A Mostra de Fotografia deste ano terá os trabalhos de dois fotógrafos paraibanos premiados nacional e internacionamente, Augusto Pessoa e Glauco Machado, cujos trabalhos estarão no hall do SESC Centro.

O fotógrafo Augusto Pessoa exibirá “Lugares Sagrados” que traz fotografias de lugares místicos, comno o Lajedo Pai Mateus, o Machupicchu, a Serra da Capivara, o Deserto do Atacama, dentre outros.

Já o fotógrafo e antropólogo Glauco Machado montará sua “Representação entre os índios Kapinawá”, que mostra como esses índios pernambucanos se veem enquanto índios.

A Mostra Fotográfica ficará exposta durante todos os dias do evento. A programação oficial e completa da décima oitava edição do Encontro da Nova Consciência será divulgada no próximo domingo (15) no site.


exposição Lugares Sagrados | Augusto Pessoa


















exposição Representação entre os índios Kapinawá | Glauco Machado





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fonte: assessoria do ENC

*música - POMBAL REALIZA FESTIVAL DE MÚSICA POP


imagem: Google

É a vez do Sertão paraibano mostrar seus telentos sonoros. Pombal vai realizar, de 7 a 9 de maio, o 1º Festval de Música Popular, mais um projeto aprovado pelo Fundo de Incentivo a Cultura (Fic) Augusto dos Anjos. O evento vai premiar do primeiro ao terceiro lugares com valores de R$ 800,00 a R$ 200,00. Compositores de todas as regiões do Brasil, independentes de estilo ou gênero, podem participar. As inscrições começaram e vão até o dia 10 de abril.

Conforme o regulamento do evento, as músicas que serão inscritas devem ser exclusivas no idioma português, sendo inéditas e originais, ou seja, a música que não tenha sido editada ou gravada em LP, K7, CD, DVD e VCD para fins de divulgação.

A idéia do festival é fazer os músicos mostrarem seus trabalhos e deixarem os mesmos registrados em CD, contribuindo para o descobrimento de novos talentos da música popular brasileira. O Festival distribuirá 1000 CDs e abrangerá ainda cidades do Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e outros estados.

Objetivos - Além de estimular o talento de artistsas da música regional brasileira, proporcionando o intercâmbio, o crescimento e a descoberta de novos valores, o festival será mais um espaço dos músicos, compositores e interpretes crescerem e promoverem a música regional.

O evento vai divulgar os novos talentos da música paraibana e a contribuição dos festivais para a música popular brasileira. De quebra, o artista que participar terá a música classificada dentre as 12 gravada e duplicada num CD, numa tiragem de mil cópias. O produto será distribuído entre os músicos participantes, com o FIC, emissoras de rádios e entidades afins.


FEMPOP é uma realização
do produtor cultural
Luizinho Barbosa







Premiação (todos ganham troféu)
- R$ 800,00
- R$ 600,00
- R$ 400,00
Melhor Letra - R$ 200,00
Melhor Interprete - R$ 200,00
Melhor Arranjo - R$ 200,00

Distribuição CDs
50 - FIC
100 – 1º colocado
80 – 2º colocado
50 – 3º colocado
90 – Melhor Letra, Melhor Arranjo e Melhor Interprete (30 para cada)
180 – classificados da 4ª a 12ª colocação (20 para cada)
450 – divulgação e comercialização por parte do produtor ao preço de R$ 10,00

TODOS OS DETALHES, REGULAMENTO E CONTATOS, ACESSE O SITE DO FESTIVAL

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fonte: assessoria do evento

*ambiente - QUEM PLANTA... ENTRA NO PRÊMIO ECO-CIDADE


the best - o prêmio reconhecerá os melhores projetos municipais de preservação ao meio-mabiente

Como o tema central das discussões governamentais é a preocupação com o meio ambiente, a Feira Internacional de Resíduos Sólidos e Serviços Públicos (Resilimp) vai lançar o Prêmio Eco-cidade em território nacional. Todas as prefeituras brasileiras podem participar apresentando políticas públicas ambientalistas, desenvolvidas ou a se desenvolver nas cidades, na feira deste ano em São Paulo (SP)de 5 a 7 de maio. As inscrições se encerram em 31 de março.

Com o tema "reciclagem", os projetos devem ser baseados nos princípios de sustentabilidade e excelência na gestão de resíduos sólidos urbanos. Os trabalhos finalistas receberão placa comemorativa e certificado durante a feira.

O Eco-cidade também pretende divulgar as idéias e práticas bem sucedidas e incentivar prefeituras e entidades a adotar e desenvolver ações semelhantes, já que o impacto negativo do lixo continua assolando áreas e prejudicando os recursos naturais. Apesar de já existirem diversos programas de reciclagem eficazes em muitas cidades, o trabalho de conscientização da sociedade ainda pode melhorar muito, principalmente por meio de projetos que já vêm sendo aplicados com sucesso.

Categorias - Para realização do prêmio foram criadas quatro categorias de acordo com o número de habitantes das cidades participantes do concurso. Elas serão divididas em Categoria A (cidades com até 49.999 habitantes); Categoria B (cidades de 50.000 a 99.999 habitantes); Categoria C (cidades de 100.000 a 499.999 habitantes); Categoria D (cidades acima de 500.000 habitantes).

Novidades - A feira também abrigará a Conferência Internacional ISWA Beacon, conceituado evento internacional do setor. Os mais variados modelos sustentáveis já implantados em diversos países são apresentados. A coleta seletiva, a reciclagem, o aproveitamento energético e comercialização de créditos de carbono são algumas das novidades deste ano. A conferência contará com a apresentação de especialistas do Brasil e do exterior para discutir e apresentar soluções ao setor de resíduos sólidos.

Lixão - O Brasil produz diariamente cerca de 170 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo que apenas 140 mil são coletadas. Mais de 60% deste volume coletado não tem destino final adequado. Para surpreender ainda mais, existe a estrondosa marca de 70 mil toneladas coletadas somente com resíduos da Construção Civil, sem falar do que não é possível coletar e contabilizar.

INSCRIÇÕES
a)Encaminhar inscrições até o dia 31 de março para ecocidade@abrelpe.org.br com os nomes completos dos prefeitos e do Responsável Técnico pelo Projeto, dados para contato, título do projeto, período de implementação e categoria;

b)Encaminhar pelos Correios duas vias do descritivo do projeto com no máximo 10 páginas em papel A4, contendo: Introdução, Problemática, Objetivos, Comunidades Beneficiadas, Critérios Técnicos de Implantação do Programa, Estratégias, Investimentos e Resultados comprovados para Avenida Paulista, 807 – 2º andar – conjuntos 207, Cep 01311-941 – São Paulo – SP. Aos cuidados do Comitê Organizador do Prêmio Eco-Cidade.

Comitê Organizador: (011) 3254-3566 | ecocidade@abrelpe.org.br

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Texto Assessoria de Comunicações: (11) 2198-1888
Coordenação: Nádia Andrade (nadia@textoassessoria.com.br), Ana Carolina Faria (anacarolina@textoassessoria.com.br)e Marina Mendonça (marina@textoassessoria.com.br)

11 de fevereiro de 2009

*opinião - ENCONTRO COM GIL - Dalmo Oliveira


Gil - show em Jampa, na última sexta-feira | foto: Dalmo Oliveira

Esse é um relato duma noite meio que mágica, meio que trágica. Mas o que se sobressai mesmo é a magia! Quando encontrei o Gilberto Gil, minutos antes do início do show, ele tabulava uma tranquila conversa/entrevista com o Sílvio Osias, renomado jornalista de cultura da cidade. Fiquei esperando minha vez e prestando atenção no papo dos dois. Aproveitei para fazer umas fotos desse encontro antropocultural proporcionado por aquele flagrante inesperado.

Imaginava, minutos antes, enquanto vínhamos no carro pro local do concerto, o que ele pensaria em se apresentar num canto com emblema tão sui generis: Jacaré Pop. "Porra, botar o Ministro pra tocar no Jacaré é sacanagem! É ou não é Tadeu?". O cara cansado de tocar em estruturas como as do Canecão... Mas o poeta tem razão, e o bom artista deve ir aonde o povo está. E lá estava Gil e seu público sedento e apaixonado.

Quando, enfim, a produção começou a avisar ao Gil que o espetáculo começaria pontualmente às 11h30, e o Sílvio foi embora com sua filha, pude pedir um minuto da atenção de um dos meus maiores ídolos vivos na MPB. Expliquei que também sou jornalista e que trazia algumas "lembranças" para ele. Primeiro dê-lhe um exemplar do último CD do Toninho Borbo, "Para fins de mercado", explicando que se tratava de uma nova (e boa!) geração de músicos de Campina Grande.

Depois ofereci uma camiseta de nossa campanha do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. Com a frase "Jornalismo combina com ética". Expliquei que o produto fora produzido com tecidos do algodão da variedade naturalmente colorido, desenvolvido pela Embrapa, que, por coincidência ou não, também fica na Rainha da Borborema.

E por último, tirei da sacolinha um exemplar duma cartilha sobre anemia falciforme, recém lançada na cidade de Salvador, numa parceria da ABADFAL com as secretarias municipais de Saúde e de Educação de lá, especialmente pensada para o público escolar.

Gil falou que conhece a hemoglobinopatia que possuo. "Atinge mais nós pretos, né!?", disse-me. Daí revelei que queremos desenvolver um projeto para a mídia televisiva e internet com depoimentos de personalidades nacionais afrodescendente e de outras etnias, explicando para a população, em rápidos spots, aspectos da doença falciforme, que hoje é, reconhecidamente, o maior problema de saúde pública brasileiro e, mesmo assim, a população não tem informação.

"Procurem-me quando estiver tudo pronto. Pode me procurar", disse. Dê-lhe boas-vindas à Paraíba, agradeci e sai. Fui curtir o show magnífico que ele e sua mágica banda realizaram naquela noite, para um púbico, digamos, modesto prum cara como o Gil. O que se seguiu foram DUAS horas inteiríssimas de uma apresentação absolutamente inesquecível para mim.

(...) Leiam o resto no blog do jornalista, Direto do Sanhauá

*entrevista - GAYS DEFENDEM RELIGIÃO SEM HOMOFOBIA


contra homofobia: gays propõem diálogo com sociedade na Nova Consciência | imagem: google


Este é o terceiro ano consecutivo que 'gays declarados' chegam a Campina Grande-PB armados de diálogos para destravar a homofobia vigente e instalada nos eventos evangélicos durante o período de carnaval. Este ano, pela segunda vez, o escritor e ativista gay, Fabrício Viana, trouxe o livro "O Armário" e suas palavras para reforçar o Encontro sobre Homoerotismo no domingo de carnaval, no CEDUC 2, a partir das 14h00. Esses e outros bate-papos acontecerão em paralelo ao 18º Encontro da Nova Consciência.

Isso mostra que o homoerotismo entrou na Nova Consciência com força, desde o confronto mais do que militaresco entre eles e os evangélicos (2006). Quem não lembra? Campina se tornou a arena de disputas ideológicas para o Brasil tirar o tema homofobia das cinzas e pra os próprios gays começarem a se unir. Essa 'guerra', que foi mais midiática do que de consequências graves, resultou em bons frutos pra os homossexuais, como a criação da primeira parada gay da cidade e a realização desse encontro carnavalesco pensante.


livro - autor conta experiência pessoal de assumir a homossexualidade | foto: divulgação

Na ocasião, Fabrício vai falar sobre “Intolerância religiosa e exclusão dos homossexuais na sociedade”. Outros debates acontecerão para ajudar a desconstruir o papel excludente da homofobia. O professor da Universidade Estadual da Paraíba, Adriano Barros, apresentará a palestra “Homossexualidade, Escola e Preconceito: a construção social das diferenças”. Já o bacharel em Filosofia (USJT), Alexey Dodsworth, debaterá sobre “Homossexualidade: herança genética ou construção psíquica?”


liberdade - gays são companhias divertidas, mas sensíveis as discriminações | imagem: google

Este último tema é ótimo para quem é muito preconceituoso em relação aos gays. Gente que convive com gays e que os abomina por acreditar que é tudo questão de tara sexual, tratando-os com piadinhas, ou até de um 'desvio mental', que leva as pessoas a terem compaixão do homossexual 'doente'.

Mas vamos deixar a fala para eles próprios. Nós só precisamos atentar um pouco mais os ouvidos, pois a boca já está aberta a muito tempo e não houve condição pra o diálogo entre sociedade e gays, fazendo da homofobia um fenômeno midiático nos últimos tempos.

Na entrevista, o escritor Fabrício Viana fala sobre a mídia, o movimento gay e como o preconceito religioso faz alguém infeliz.

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1.Como lida com a sua homossexualidade no dia-a-dia?
Fabrício - Hoje, tranquilamente. Amigos, vizinhos e colegas de trabalho, todos sabem e isso não muda em nada o meu dia-dia. Quem não gostava de mim, continua não gostando. Quem gostava, continua gostando. Pouquíssimas pessoas se afastaram ou se afastam. E para mim isso é uma grande vantagem, pois a vida é minha e a prioridade é a minha pessoa, meus desejos e minha felicidade plena.

2.Na sua opinião, como a homossexualidade é vista no país?
F - Embora tenhamos paradas gays, visibilidade, muitas pessoas se assumindo com mais facilidade, o preconceito ainda existe, é grande e mata. Homofobia mata. Muitos que não entendem a homossexualidade acabam tentando destruir no outro aquilo que incomoda dentro. Eles fazem palestras contra a homossexualidade, a enxergam como uma doença e um pecado divino. Quando na verdade nunca foi e nunca será. A ciência está aí justamente para provar isso. As pessoas e a sociedade só precisam de mais informações sobre o tema. Isso incluem também jornalistas, a imprensa, principalmente, afinal, eles também são comunicadores e formadores de opiniões. Precisam entender não só a homossexualidade, mas a sexualidade humana.

3.Como o preconceito contra o homossexual se manifesta na sociedade brasileira?
F - Desde um simples olhar discriminativo até a agressão e morte. Muitos se dizem não se importar com a homossexualidade desde que seja longe de sua família. E ai mora o problema, pois muitas famílias têm alguém homossexual ou bissexual internamente (sem saberem). E como lidar com isso? Eles simplesmente não sabem. E quando se dão conta, também discriminam. O maior preconceito vem mesmo de dentro de casa.

5.Como esse preconceito pode interferir na qualidade de vida dessas pessoas?
F - Quando você não respeita a diferença e a individualidade do outro, seja quem ele for, você perde possibilidades de conhecer este “ser diferente”. De aprender coisas novas. Se eu sou heterossexual e só tenho amizades com heterossexuais, eu perco uma gama gigantesca e valiosa de conviver e conhecer homossexuais. Não significa se envolver sexualmente com eles. Mesmo porque homossexualidade não é sinônimo de sexo. Ninguém, nem heterossexuais, fazem sexo 24 horas por dia. Muito menos homossexuais. Todos têm sua vida, seu estilo, seu modo de pensar e que pode, ou não, contribuir para um bem estar social. A base é a troca. Por isso, do outro lado, os homossexuais também perdem com o preconceito dos outros.

6.Você publicou um livro chamado “O armário” que fala sobre como foi o seu processo de “saída do armário” e agora está lançando um segundo livro, que relata, de forma ficcional, algumas experiências sexuais vivenciadas pelos personagens. É possível fazer algum paralelo entre as duas obras?
F - “O Armário” é um livro educacional e quase técnico, mas com linguagem simples para que possa ser entendido por todos. Já o segundo livro é uma obra de ficção, uma história baseada em várias histórias que escuto por ai. O protagonista, que se chama Júnior, é do interior de São Paulo, descobre a homossexualidade com um amigo, é pego por seu pai e expulso de casa. Depois ele é internado em uma clínica de recuperação de homossexuais. Aquelas fazendas religiosas que convertem gays para ex-gays. Em outras palavras uma tremenda furada. O Júnior, quando descobre, foge e vai parar em São Paulo onde acaba morando com um casal chamado Marcos e Michelly. Daí para frente ele faz um resgate com seu passado, com tudo o que aconteceu na clínica e com os outros personagens do presente. Apesar de ser ficção, o “Prometheus” entra em várias questões como o casamento (tanto heterossexual quanto homossexual), relacionamento aberto, dentre outros assuntos. O lançamento está previsto para este ano.

7.Com tantos personagens homossexuais nas telenovelas, a publicação de várias revistas homoeróticas e a luta pela aprovação do projeto PLC 122, que criminaliza a homofobia, você acredita que o momento atual é bom para os homossexuais?
F - Nem um pouco. Está melhor, mas ainda não. Homossexuais nas novelas ainda são caricatos, esquisitos e não podem beijar na boca. E quase ninguém percebe. Você já reparou que personagens homossexuais na Rede Globo tem diminutivo no nome? Sandrinho, Bernardinho, Orlandinho e por aí vai... Dias destes escutei que a novela “Três Irmãs” terá personagens gays apenas porque o ibope estava baixo. É uma tentativa de aumentar a audiência. Ridículo. Eles colocam os homossexuais na mídia justamente para mostrar como “eles são esquisitos”. Só isso. Do outro lado temos a militância homossexual que, segundo uma recente crítica publicada no site da A Capa, esta preocupada apenas em debates, congressos e financiamentos do governo. Claro que não é todo o movimento, mas ainda existe uma desorganização e um mal estar pela luta dos direitos dos homossexuais. Enquanto isso na política, onde se assinam e criam as leis, nota-se um crescente número de políticos-evangélicos-homofóbicos infiltrados que fazem de tudo para derrubar os direitos que nós, homossexuais, não temos. Na prática a situação ainda é bem complicada.

8.É preciso "sair do armário" e dizer ao mundo que se é gay ou é possível se aceitar e ser feliz dentro do armário?
F - Nestes anos todos de estudos posso dizer que foram realmente poucos os que conheci e que vivem felizes dentro do armário. Sair do armário é assumir uma identidade homossexual. É ser você, do seu jeito, doa a quem doer... Engana-se quem pensa que sair do armário é botar uma etiqueta na testa e dizer para qualquer um que é gay. Ninguém sai por ai dizendo que é heterossexual para todos. Uma pessoa segura, que se aceita plenamente, nunca terá qualquer problema quanto a isso. O problema é que a maioria ainda tem. E ai entra o meu trabalho, meu livro e meu interesse – e de muitas outras pessoas – em informar, educar e ajudar a “sair do armário”. Claro que a decisão final é de cada um.

9.O que pensa acerca das diferentes posições religiosas relativamente à homossexualidade?
F - Sou ateu. E como tal não vejo motivos para que um homossexual faça parte de uma religião que condena aquilo que lhe dá prazer, novamente não falo só do sexo, mas sim do companheirismo, do deitar-se com outro homem. De construir um relacionamento estável. Afetivo. Isso é amor. Uma religião que é contra o amor na minha visão não presta. Ainda bem que hoje em dia existem Igrejas inclusivas. Onde as leituras sagradas são re-interpretadas e a homossexualidade é aceita. Ainda não servem para mim e nunca vai existir nenhuma. Mas acho que a base de tudo é o respeito.

10.Como, na prática, o gay pode ajudar a diminuir o preconceito em relação à homossexualidade?
F - Ele precisa primeiro se aceitar e se assumir, depois, precisa eliminar o conteúdo psíquico chamado homofobia internalizada. A homofobia internalizada é um fator importante que faz com que muitos homossexuais, mesmo assumidos, ainda critiquem a homossexualidade. Pode parecer estranho, mas é o que acontece. Só depois que a homofobia internalizada for desfeita é que o homossexual passa a ter auto-estima, a se valorizar e ai sim, lutar por seus direitos. A parte triste desta história é que poucos conseguem. Mas, com informação, tenho notado que cada vez mais um crescente número de homossexuais anônimos passam a lutar por seus direitos. E isso é muito bom.

11.Por fim, quais são as suas expectativas para participar da 18º edição do Encontro da Nova Consciência?
F - Embora ainda esteja no processo de finalização do segundo livro, espero curtir mais o Encontro, passar informações bacanas, trocar experiências e também me inteirar dos eventos. Quanto mais puder passar e explicar sobre a homossexualidade, em todos os seus aspectos, melhor. Afinal, porque a homossexualidade tem a ver com o Encontro da Nova Consciência? Porque antes de tudo, somos seres humanos e como tal precisamos não só sermos respeitados como compreendidos. Essa é a nova consciência, uma consciência inclusiva e que promete ajudar a todos na construção de um mundo melhor.
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Comentário: Valdívia Costa | Entrevista: assessoria ENC

7 de fevereiro de 2009

*audiovisual - Festivais, editais e incentivos


imagem: Google

FESTIVAL DO JURÍ POPULAR
Até a próxima quinta-feira (05) acontece o 1º Festival do Júri Popular de Curta-metragem da Paraíba, realizado no Cineclube Casarão 34, localizado no Centro de João Pessoa. Trata-se de um festival competitivo de cinema de curta-metragem, com entrada franca, que acontecerá de forma simultânea em 19 capitais brasileiras, onde o espectador é o júri, escolhendo assim os premiados. A sede do festival é no Rio de Janeiro e a realização é da Sobretudo Produções. Em João Pessoa o festival é realizado em parceria com a Divisão de Audiovisual da Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa). O evento exibe 7 programas, sendo 6 competitivos e 1 hors-concours. Outras informações: 83-3218-9708.

CINESUL 2009
Já estão abertas as inscrições para o Cinesul 2009 - 16° Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo - que se estendem até 20 de março. O festival acontece no Rio de Janeiro de 16 a 28 de junho. Podem participar filmes realizados em todos os suportes, inclusive em película para curtas e médias, novidade desde a edição passada. Poderão concorrer obras de ficção ou documentais divididas nas categorias: produções de longa-metragem (mais de 61 minutos), realizadas em qualquer suporte, e produções de curta e média-metragem (até 60 minutos), também em qualquer bitola ou suporte. Os trabalhos inscritos deverão ser de 2007 a 2009 e não devem ter sido exibidos em salas comerciais brasileiras ou na televisão aberta.

CAPACITAÇÃO INTERNACIONAL
O Brazilian TV Producers- BTVP lança o Programa Internacional de Capacitação (PIC) para Animação e Documentário. Até do dia 6 de março, as produtoras de todo o Brasil poderão se inscrever para participar da iniciativa que busca aprimorar a produção audiovisual de animação para o mercado nacional e internacional. O Brazilian TV Producers é uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e ABPI-TV (Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão),

FOMENTO
As inscrições para três dos concursos de Fomento à Produção Audiovisual do Ministério da Cultura, abertas em 30 de janeiro, poderão ser realizadas até dia o dia 16 de março. Serão mobilizados recursos de R$ 7,1 milhões para estas iniciativas. Os editais dos concursos contemplam obras cinematográficas inéditas de curta-Metragem, ficção ou documentário; concurso de apoio ao desenvolvimento de roteiros cinematográficos inéditos de longa-metragem do gênero ficção e produção de obras inéditas de longa-metragem, de ficção com baixo orçamento.

EDITAIS E PRÊMIOS
TELEDRAMATURGIA
- Até 15 de março de 2009
O Ministério da Cultura, no âmbito do Programa Mais Cultura, lançou o Edital de Seleção de Projetos de Desenvolvimento e Produção de Teledramaturgia Seriada. O edital de seleção FICTV/Mais Cultura é voltado para a produção de miniséries com 13 episódios de 26 minutos de duração cada, que proponham uma visão original sobre as juventudes brasileiras das classes C, D e E. As minisséries serão exibidas nas emissoras do sistema público de televisão.

APOIO A ESTREANTE - Até 16 de março
A Secretaria do Audiovisual/MinC (SAv/MinC) apoiará financeiramente a realização de 20 obras com duração entre 10 e 15 minutos, com o valor de R$ 80 mil, cada uma, para projetos apresentados por pessoas físicas. Trata-se do Concurso de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas, de Curta-Metragem, de Ficção ou Documentário onde serão selecionados, no mínimo, sete diretores estreantes e, no mínimo, dois projetos de cada região geográfica, se possível. Considera-se diretor estreante aquele que ainda não dirigiu obra realizada ou finalizada em película.

CONCURSO PARA ROTEIRO - Até 16 de março
O Concurso de Apoio ao Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos, Inéditos, de Longa-Metragem, do Gênero Ficção, da Secretaria do Audiovisual/MinC (SAv/MinC), premia com R$ 50 mil, dez propostas apresentadas por pessoas físicas. Pelo menos quatro dos selecionados deverão ser roteiristas estreantes, ou seja, que nunca tiveram um roteiro de longa metragem de ficção produzido e veiculado na televisão e/ou cinema, ou exibido em sessões públicas. Cada região brasileira poderá ter, no máximo, quatro projetos premiados e cada unidade da federação, até dois contemplados.

INÉDITO DE LONGA - Até 16 de março
A Secretaria do Audiovisual/MinC (SAv/MinC) abre as inscrições para o Concurso de Apoio à Produção de Obras Inéditas de Longa-Metragem, de Ficção, de Baixo Orçamento. Serão selecionados cinco projetos de até R$ 1 milhão. Dentre as obras, pelo menos duas deverão ser de diretores estreantes e no máximo duas de cada região do país. Não poderá haver mais de um premiado em cada unidade da federação. Podem participar do concurso empresas brasileiras de produção independente (pessoas jurídicas).

FESTIVAIS
FILME ETNOGRÁFICO - Até 31 de abril
Estão abertas as inscrições de documentários, vídeos experimentais e de animação produzidos a partir de 2006 para o I Festival do Filme Etnográfico do Recife, promovido pelos programas de pós-graduação em Antropologia e em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento será realizado de 1 a 4 de junho de 2009 no espaço do Cinema da Fundação e premiará produções de cinema e vídeo, nacionais e internacionais, que abordem questões de interesse antropológico. A mostra competitiva ocorrerá às 19h durante todos os dias do festival.
Outras informações.

CAMERA MUNDO
- Até 28 de fevereiro
Estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Festival de Filmes Independentes Camera Mundo, que se dedica a exibir produções audiovisuais independentes e de baixo orçamento. As inscrições seguem até 28 de fevereiro de 2009. Aproveitando a comemoração do Verão do Brasil em Roterdã, Holanda, o festival acontece de 26 a 28 de junho de 2009 e terá novamente como foco o Brasil. Regulamento, inscrições e outras informações, acesse o site.

TELA DIGITAL - Até 6 de maio
Abertas as inscrições até o dia (6) de Maio, para O Festival de Vídeo Tela Digital. A iniciativa visa a criação independente de vídeo, organizada pela Associação Cultural Kinoforum. O festival proporciona a produção e exibição de conteúdos audiovisuais inéditos e prevê a exibição das obras na TV Pública. Outras informações no site.

Bibliotecas Públicas
Seu município ainda não possui biblioteca pública? Entre em contato conosco para saber como adquirir esse equipamento cultural.
Santino Cavalcanti: (81) 3224.0561 / santino.cavalcanti@gmail.com.
Conheça e assine o boletim do Programa Nacional do Livro e Leitura: boletim@pnll.gov.br.

Conheça o Programa Mais Cultura (PAC Social
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Assessoria de Comunicação MinC/NE
Tel: (81) 3224.0561 | ascom.minc.ne@gmail.com
Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura
Rua do Bom Jesus, 237, Bairro do Recife
Recife - PE - CEP 50030-170 - Tel-fax: (81) 3424.7611 / nordeste@cultura.gov.br

MinC

*repente - Os Nonatos - O PLANETA MOVIDO A INTERNET


imagem: Google

O visor como tela de TV
o teclado acessível como Book
pra maiúscula ou minúscula é Caps Look
pra mandar imprimir é Control P
com os micros Sansung e LG
e os programas que a Aplle financia
a indústria da datilografia
nunca mais vai fazer máquina Olivetti
e o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

quem se pluga em milésimo de segundo
e se conecta ao portal e seus asseclas
basta apenas tocar numa das teclas
que o visor nos transporta a outros mundos
desde a terra dos solos mais fecundos
ao espaço onde o vácuo se inicia
quem formata depois cola, copia
e prende o mundo da grade de um disquete
o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

A indústria se auto-destruindo
descartou o campacto e o LP
veio o surto da febre do CD
e DVD mal chegou já está saindo
MD (Mini-disk) não há mais ninguém pedindo
numa DAT (fita) gravar ninguém confia
fita BASF tem pouca serventia
e ninguém quer mais nem ver vídeocassete
e o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

Brasilsat é mais uma criação
que nos nossos vizinhos deu insônia
O Sivam espiona a Amazônia
evitando que haja outro espião
é por via satélite a transmissão
que não tem transmissão por outra via
uma atena sequestra a sintonia
pra DirecTV, Sky e Net
o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

transatlânticos no mar fazem cruzeiros
e pelos micros das multinacionais
hoje tem conferências virtuais
com os executivos estrangeiros
o e-mail é correio sem carteiros
tanto guarda mensagem como envia
os robôs usam chip e bateria
e o videogame é brinquedo de pivete
e o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

cibernética na prática e no papel
deixam os seres online e ganham Ibope
com o Word tem Palm e Laptop
e ainda mais Power Point e Excel
é possível quem mora em Israel
pelo Messenger teclar com a Bahia
se os autômatos ganharem rebeldia
tenho medo que a máquina nos delete
o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

pra prever terremotos e tufões
os sismógrafos tem números numa escala
e o trem-bala é veloz como uma bala
numa linha arrastando dez vagões
no Japão e na China as construções
já suportam tremor e ventania
torre, ponte, edifício, rodovia
são perfeitos do jeito da maquete
e o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

nosso pouso na lua foi suave
um robô foi a Marte e se deu bem
estão querendo ir ao Sol, mas o Sol
tem de calor um problema muito grave
mas a Nasa não tem espaçonave
que suporte essa carga de energia
se for feita de fibra se desfia
e de alumínio o monstrengo se derrete
o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

Motorola trocou técnica e conselho
Nokia e Siemens galgaram patamares
já estão fora de moda os celulares
que tem câmera e visor infravermelho
reduzindo o tamanho do aparelho
a Pantech fez mais do que devia
que a memória de um chip não podia
ser mais gorssa que a lâmina de um Gillete
e o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

hoje a Bombardier não fere as leis
e a Embraer, mãe de Sênecas e Tucanos
invisível aos radares há dois anos
já existe avião que a Sukhoi fez
é da Nasa o XA-43
que voando tem mais autonomia
um piloto automático opera e guia
o Airbus e o 747
o planeta movido a internet
é escravo da tecnologia.

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Slide enviado por Janduy Azevedo
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*publicidade - 18º Encontro da Nova Consciência

5 de fevereiro de 2009

*opinião - Ponte pra cultura - Valdívia Costa


imagem: Google

Hoje se fala muito em ponto de cultura. São Locais ou grupos que ajudam a difundir trabalhos artísticos promovendo o intercâmbio cultural entre as regiões. São mais de dois mil pontos no Brasil e alguns até no Exterior. Mas fico imaginando o que leva um sujeito a fazer parte de uma iniciativa cultural. No caso, aí seria outro termo, a ponte pra cultura.

A minha ponte foi meu irmão. Eu morava no sítio Zangarelhas e ele e a minha irmã mais velhos viveram os primeiros dias úteis de suas vidas com minha avó paterna na cidade. Um dia, numa visita de fim de semana, ele montou um circo com várias redes de dormir na sala de casa. Ele fazia o apresentador, o palhaço, o cantor... Vi o universo brilhar com aquela imitação infantil.

Fiquei a imaginar os bichos espertos dando cambalhotas, saltando... E assim, todo fim de semana era uma novidade, uma piada do palhaço. Até eu atuar, um dia. Foi uma sensação incômoda Deu timidez. Sacudi o microfone feito de batatinha inglesa no chão e voltei pra trás da “empanada”, como mãe chamava as redes-lonas do circo.

Na casa do centro da cidade, ele conseguiu reunir cerca de 10 a 20 expectadores com a reprodução caseira e, por isso, divertidíssima, do circo. Sim, ele sempre foi capitalista. Já cobrava notas de carteira de cigarros pela entrada ao mundo da fantasia.

“Metáforas” à parte, fico divagando sobre essa ponte. Temos essa necessidade pra chegarmos até a cultura, de alguém que pega pela mão e leva ou apresenta um cenário pra gente. Geralmente essa ponte está junto à arte, mas comumente é tudo que há de costume humano gerado e se gerando a nossa volta.

É história e, para tanto, precisa de apoio que se faça perpetuar ao longo dos séculos. Quem incentiva, orienta e vive nessa realidade consegue ser genuinamente resistente. Mas é preciso sentir esse pulsar. Como poetizaram Lenine e Lula Queiroga, “a ponte não é de concreto, não é de ferro, não é de cimento. A ponte é até onde vai o meu pensamento”.

*Valdívia é ativista cultural.

2 de fevereiro de 2009

*música - GUITARRISTA CASSIANO EM MÚSICA DOS BEATLES


no oriente - músico conhecido da PB estuda o Islã e prepara CD instrumental

O guitarrista Cassiano de Sá, que tocou com o Das Bandas da Parahyba e Totonho, participou da regravação da música “The day the world gets round", de George Harrison (Beatles). A canção foi recentemente rearranjada pelo cantor Yusuf Islan e o trabalho conjunto ainda tem uma contrapartida social. Os lucros com o novo experimento serão revertidos a organizações que ajudam refugiados palestinos e crianças da Faixa de Gaza, onde a guerra entre muçulmanos e israelenses nunca acaba.

Até 2002, Cassiano morava em João Pessoa. Agora, ele trilha outro caminho, paralelo ao da música, com os estudos sobre o islamismo. Inclusive o artista que regravou a música do álbum “Living in the material world”, Yusuf, adotou esse “nome artístico islâmico”, mas tem outro nome inglês, Cat Stevens. Durante a década de 1970, Stevens vendeu 40 milhões de discos com músicas como "Wild World" e "Father and Son".

Em 1978, Stevens se converteu ao Islã e abandonou a música, passando a se dedicar a atividades beneficentes e educacionais em defesa da religião. Envolvido com causas humanas, ele fundou três escolas muçulmanas em Londres e uma organização sem fins lucrativos, Small Kindness, reconhecida pela ONU e através da qual presta ajuda aos órfãos de conflitos como Bósnia, Kosovo e Iraque.

Mas a música voltou com tudo e Stevens também criou o selo fonográfico Ya Records, que já produziu 10 discos de música religiosa e espiritual. Há três anos, ele lançou o disco pop “An Other Cup” e criou outro selo, o da Jamal Records, onde o guitarrista Cassiano aportou seu trabalho. A gravadora tem distribuição garantida no Oriente Médio, EUA, Europa, África, e, recentemente, na América do Sul.

O guitarrista Cassiano está morando desde 2007 em Dubai, nos Emirados Árabes. Ele também atua como produtor. Ultimamente, o músico está em estúdio gravando um CD instrumental, com inspiração no Islã. Segundo ele, os novos shows serão multimídia, as canções serão apresentadas com clipes, "para dar um efeito de trilha sonora ao vivo”. O guitarrista também converteu-se ao islamismo há um ano.

Pela paz - Na canção “The day the world gets round”, Cassiano disse que Klaus Voormann tocou no baixo. Klaus é o artista plástico que conheceu os Beatles em Hamburgo antes da fama e pintou a capa do álbum "Revolver" (1966). Os dois músicos gravaram duas canções de George Harrison em um estúdio de Londres, que farão parte do próximo álbum de Klaus.

Lembra? - Das Bandas da Paraíba tinha como vocalista o publicitário Lucas Sales (9Idéia) e fez muito sucesso com regravação de músicas como Pescaria em Boqueirão, Cacará, entre outras. Com o fim do grupo, Cassiano dedicou-se a carreira solo, sendo considerado um dos melhores guitarristas do Estado pela crítica de música.

Em 2001, o guitarrista tocou ao lado da cantora Rita Ribeiro e do multiinstrumentista Carlos Malta, no Projeto Pixinguinha. Com Totonho e os Cabras, Cassiano viajou para a Europa, apresentando-se no Música do Mundo em Sines (Portugal) e no Festival Womad, evento realizado por Peter Gabriel desde 1982. O show dos paraibanos foi classificado como “fascinante” e “a maior expressão popular” pelos jornais The Independent e Liberacion, respectivamente.

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colaboração: Fernanda Souza

*opinião - A CRISE DA LEITURA E DA ESCRITA NA ESCOLA - Martha Patrícia


Leitura: quem tem, valoriza; quem não tem, sofre preconceitos

por Martha Patrícia *Uma reflexão para os educadores

A tarefa de educar e aplicar os conhecimentos para nossos alunos de maneira adequada e eficaz é um desafio constante para qualquer professor. Mudar nossas metodologias acerca de um objeto de estudo é uma tarefa não só difícil como também complexa.

Essa tarefa exige dedicação do educador, conhecimento da realidade dos alunos, tanto a nível político- econômico, quanto cultural- social. Hoje é incontestável uma reflexão sobre nossa prática docente, seja de qualquer área do conhecimento, pois cada vez mais, é comum os educadores atribuírem o fracasso do aluno em suas disciplinas ao fato de não saberem ler e, com isso, têm dificuldades de interpretar e escrever.

É angustiante vermos estudantes de todos os níveis do ensino fundamental, médio e até de nível superior com problema para ler e entender um texto. Acredito que a causa desse problema não seja apenas ao professor de língua portuguesa, mas de um conjunto de fatores, como o desinteresse de muitos estudantes pela prática da leitura, falta de acompanhamento escolar, falta de bibliotecas, em especial nas escolas públicas, a era da informática (internet), televisão, jogos.

A escola tem a responsabilidade maior de formar leitores e escritores, precisamos buscar estratégias para despertar o interesse das crianças e jovens pela leitura, eles não vão se estimular sozinhos, pois ao saírem da instituição escolar, outras atividades os esperam.

(...) para ler o artigo na íntegra, peça a Martha Patrícia da S. Bezerra, especialista em Leitura e Literatura (092-3302-8262)/ marthapatricia2@ig.com.br
Centro Educacional Adalberto Vale – Manaus/AM
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colaboração: Centro de Estudos Políticos, Econômicos e Culturais (w.cepec.org@gmail.com)