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24 de abril de 2008

*Ecologia* Projeto ambiental da PB ajuda pacientes de hospital em São Paulo


LIXO VIRA PROTEÇÃO PARA DOENTES - Projeto ambiental paraibano em destaque na Saúde

O Projeto Saco de Leite Vazio Não é Lixo, do ambientalista Aramy (Everaldo Fablicio), de Fagundes, Agreste praibano, começou a ajudar pacientes do Hospital Santa Marcelina em São Paulo este mês. São pessoas que possuem uma doença chamada popularmente de "Fogo Selvagem", na qual a pele do corpo inteiro cai por completo. Elas utilizam saquinhos de leite vazio e de iogurte como colchão, travesseiro e lençol porque não grudam nas feridas da pele.

A descoberta aconteceu através de uma campanha que o hospital Santa Marcelina fez para arrecadar os saquinhos. A demanda era insuficiente para o hospital e, após pesquisa pela internet, uma das organizadoras da campanha, Gislene Andrade, descobriu uma matéria sobre o projeto e entrou em contato com Aramy solicitando os saquinhos. Foram enviados mais de 30 mil sacos para ajudar na recuperação dos pacientes. A iniciativa do embientalista trouxe esperanças para todos.

Plantando na Escola
Depois de mais de um ano arrecadando os sacos, conscientizando a população do inteiror, o projeto foi parar também nas escolas. "Ele se desdobrou no Plantando na Escola. Precisávamos dar destino aos sacos de leite arrecadados pelo projeto Saco de Leite Vazio não é Lixo. Começamos em Fagundes na Escola Estadual Frei Alberto, depois levei o projeto a Secretária de Educação, que vai implantar o projeto em todas as escolas da rede municipal na zona urbana e rural", explicou Aramy.

As escolas Motiva, Damas e Lourdinas de Campina Grande já adotaram o Projeto Plantando na Escola e estão plantando árvores utilizando os saquinhos. "A idéia é implantar este ano o projeto em todas as escolas onde tem distribuição de leite do Programa Leite para Todos dos governos federal e estadual", completou o ambientalista.

A idéia pretende formar cidadãos conscientes que respeitem o meio ambiente e a escola, segundo Aramy, é o melhor lugar para começar a difundir o novo hábito.
Devido a simplicidade e a grande utilidade do Projeto, a UNICEF se mostrou interessada em implantá-lo nos mais de mil município que recebem leite gratuito.

"Cada escola que adotar o projeto Plantando na Escola estará contribuindo para eliminar do meio ambiente cerca de 23 milhões de saquinhos de leite vazio que iriam parar no lixo", conclui Aramy. Atualmente o Projeto Saco de Leite Vazio conta o apoio do biólogo Veneziano Guedes, do advogado Eduardo Figueiredo e da imprensa paraibana.

Projeto
Todo dia 750 mil famílias brasileiras são beneficiadas com saquinhos de leite do Programa Leite para Todos, do Governo Federal em parceria com os governos estaduais. Todo mês são jogados no lixo 23 milhões de saquinhos de leite. Com a idéia do ambientalista, parte desses sacos começa a ter um novo destino, o plantio de mudas de árvores nativas, frutíferas, não-frutíferas e ornamentais.

Inicialmente, o projeto foi implantado no posto de distribuição do leite e na EMATER de Fagundes. O projeto arrecada os saquinhos vazios de leite do programa Federal nos pontos de distribuição e depois são doados ao Horto Florestal de Campina Grande para o plantio de árvores nativas e frutíferas da região.

Em Fagundes, o projeto arrecada mensalmente 11 mil sacos. Devido a grande utilidade do projeto, as cidades de Ingá, Itatuba, Galante, Aroiras, Queimadas e outras adotaram o projeto e hoje arrecadam juntas mais de 120 mil sacos de leite por mês. As escolas agrícolas, públicas e particulares também recebem os sacos para o plantio de árvores.

Envolvendo a população
Para incentivar a população a devolver os saquinhos, primeiro foi feito um trabalho de conscientização, segundo Aramy. No final de cada mês eram distribuídos pequenos brindes entre as pessoas que devolvem as embalagens aos postos de arrecadação. "Hoje não precisamos nem mais gratificar, as pessoas já se educaram e sabem da importância do projeto, devolvendo as embalagens sem pensar no brinde", comentou.

Parceiros
JORNAL DE FAGUNDES
HOSPITAL SANTA MARCELINA (SP)

Informações
83.9955.5534
aramy.fablicio@gmail.com
jornaldefagundes@gmail.com

*Opinião* UBIRATAN OLIVEIRA "Para lá, o lago Paranoá; para cá, o rio Paraíba: Concorde!"


"CÁSSIO CASSADO" E "TIMOTHY SAI DA ESCOLA" - comparativo entre os dois descaramentos

Nos últimos dias o Brasil têm acompanhado com expectativa o desenrolar dos fatos que motivaram os estudantes universitários a ocuparem a reitoria da Universidade de Brasília (UNB). Os noticiários estamparam as supostas irregularidades que teriam sido cometidas pelo magnífico reitor da instituição, Timothy Mullholand.

O olhar mais vigilante da sociedade, o acompanhamento mais rigoroso da imprensa e a crescente atuação dos órgãos de controle externo na fiscalização da aplicação dos recursos públicos, têm sido um elemento importante para que os gestores públicos, nas mais diversas esferas, comecem a apontar para uma outra perspectiva. É bem verdade que a lógica da impunidade ainda perdura, mas é também perceptível, mesmo que minimamente, avanços no combate à improbidade administrativa e à corrupção na administração pública.

Mas, voltemos ao caso em tela: a UNB! As denúncias são extarrecedoras. Os cartões coorporativos parecem ter servido de má referência para a gloriosa instituição, ou pelo menos para aqueles que a administram. Decorar e mobiliar apartamento fuincional (?quanta funcionabilidade!), comprar automóvel de luxo para uso exclusivo do reitor, bancar viagens com finalidades questionáveis e, até mesmo, comprar produtos em um free shop holandês, estão entre as inúmeras irregularidades investigadas pelo Ministério Público do Distrito Federal.

Toda essa suposta farra com o dinheiro público teria sido facilitada pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), instituição de apoio ligada à Fundação Universidade de Brasília (FUB), com a intenção explícita de utilizar recursos supostamente direcionados ao desenvolvimento institucional da UNB. Impressiona ainda os argumentos intelectuais do decano que faz apenas o que o Conselho Diretor da UNB define. O “magnífico reitor” ainda se apropria do princípio da democracia e de alto e bom som afirmava que permanecia no cargo, porque teve uma votação jamais vista na instituição!

Mas, esqueceram de perguntar aos universitários da UNB! Para lá do Paranoá, e de forma muito aguerrida, os estudantes se mobilizaram e ocuparam a Reitoria para exigir medidas moralizantes para a instituição. A mobilização ganhou repercussão nacional e forçou uma tomada de posição do reitor. Na última quinta-feira, o magnífico caiu em si e anunciou um afastamento temporário de 60 dias da direção da instituição.

Mas, deixando para lá o Paranoá e remando nas correntezas e águas bravias do rio Paraíba, temos semelhanças em métodos e princípios. A Paraíba vive um momento de profunda instabilidade político-administrativa e falta legitimidade ao Governo do Estado para enfrentar os reais e urgentes problemas que atinge a população.

O atual governador teve seu mandato cassado por duas ocasiões pelo Tribunal Regional Eleitoral. Versam diversas acusações contra o gestor estadual e candidato Cássio Cunha Lima, entre elas a utilização da máquina pública para fins eleitoreiros, distribuição de cheques da Fundação de Ação Comunitária (FAC), abuso de poder econômico, autopromoção através de veículo de comunicação oficial, entre outros.

O fato mais grave e pitoresco da campanha do governador e candidato a reeleição foi, sem dúvida, o caso do dinheiro jogado pela janela do Edifício Concorde. Todo Brasil assistiu a narração da grotesca cena da apreensão de quase meio milhão de reais. Mas, quando todos achavam que já tinham visto o ‘suficiente’ em relação ao abuso do poder econômico e a nítida influência deste do processo eleitoral, eis que surge um novo elemento, trazido a tona na última semana.

Em investigação sobre o caso do Edifício Concorde, a Polícia Federal identificou relações entre a venda de créditos imobiliários da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap) e Instituto de Previdência do Estado da Paraíba (IPEP) e o caso do dinheiro voador. As sincronicidades e coincidências são evidentes, a repetição de nomes que receberam depósitos das empresas que teriam sido beneficiadas com a operação, as datas dos acontecimentos e o DNA político da operação exigem uma apuração rigorosa e transparente.

Como o lá do Paranoá, o de cá, insiste em manter a aparência e afirma que o episódio não tem relação com o seu governo. Já os envolvidos, se apegam no pomposo segredo de justiça para atacar e inibir as informações repassadas por alguns veículos de comunicação.

Enquanto isso, nas margens do rio Paraíba e outros afluentes e reservatórios, a população sofre com a abundância do que antes era a razão do seu sofrimento. Concorde ou não com isso!


Ubiratan Pereira de Oliveira ou Bira como é mais conhecido é natural de João Pessoa. Militou no Movimento Estudantil Secundarista e no Movimento Universitário. Foi assessor para Movimentos Sociais no mandato do Dep. Estadual Ricardo Coutinho. Exerceu a função de Chefe de Gabinete do Prefeito Ricardo Coutinho, Secretário da Transparência Pública e Secretário Adjunto de Comunicação atuando como Porta-Voz do Governo. É formado em psicologia pela UFPB e servidor público federal da UFCG.

23 de abril de 2008

*música* CINQUENTENÁRIO DA BOSSA


PÁGINA DE ANIVERSÁRIO - Está no ar, o jornal do cinquentenário da Bossa Nova em 2008

Nós éramos um grupo de jovens que procurava uma identidade musical, pois o que se tocava no Brasil no final dos anos 60, apesar de ser uma música bonita, bem feita, não era em absoluto uma realidade de uma geração mais solta, mais alegre, mais ligada à natureza do que a geração anterior que curtia a noite, as boates, os amores sofridos e cuja música refletia essas situações de seu dia-a-dia.

Ouvíamos e tocávamos sambas-canções que diziam: "Sei que falam de mim, sei que zombam de mim, ó Deus, como sou infeliz", ou "Se eu morresse amanhã de manhã, não faria falta a ninguém", ou "Garçom apague essa luz que eu quero ficar sozinho, garçom me deixe comigo que a mágoa que eu tenho é só minha".

Imaginem nós, com 20 anos de idade, cantando todo esse sofrimento! Passamos então a criar um outro universo mais leve e mais otimista na maioria das vezes, como: "Era uma vez um lobo mau que resolveu jantar alguém", ou "Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver", ou "Dia de luz, festa de sol, e um barquinho a deslizar no macio azul do mar".

Todas essas mensagens vinham acompanhadas de uma música que era uma fusão de tudo que ouvíamos, como samba-canção, samba, bolero, jazz e muito musical norte-americano que passava sempre nos cinemas Metro. Essa fusão de melodias e harmonias veio embalada por uma batida que ficou famosa como "a batida da Bossa Nova" que todo mundo queria aprender, aliás, todo "O Mundo".

Roberto Menescal

50 ANOS DA BOSSA NOVA

20 de abril de 2008

*música* TOTONHO EM JAMPA, PRÓXIMO SÁBADO


DOBRADINHA - Totonho se apresenta com Alex Madureira

Totonho, o músico de Monteiro, Cariri paraibano, se presenta no próximo sábado na INTOCA, centro histórico de João Pessoa. O lugar está começando a mostrar o cenário paraibano da música.
Neste show, Totonho toca com Alex Madureira, que também fará apresentação solo. Os participantes Crendenciados do FENART terão entrada livre. Para o resto do público,
a entrada custa R$ 7,00 e os ingressos estão sendo vendidos antecipados nas lojas FURTACOR e Alternativo's, no Espaço Cultural
Informações: (83) 8870.1060 / 8859.8267

Totonho
O paraibano Totonho deixou a Paraíba e seguiu para o Rio de Janeiro onde parou para integrar uma cooperativa de compositores. O trabalho de Totonho foi parar nos ouvidos do produtor Carlos Eduardo Miranda e posteriormente atingiu a dupla Kassin e Berna Ceppas e não saiu mais. A parceria com Miranda em 1999 resultou no álbum “Totonho e os Cabra”, lançado em 2001, no qual o músico testou e experimentou caminhos, mostrando do que é capaz.

Foi então que surgiu o inquieto Totonho, andando de um lado para o outro, transitando pelas cenas, estilos e tendências como se não houvesse fronteiras. Para ele, realmente não há. Por isso vai à música folclórica e pega emprestado um pouquinho para usar num batidão digital. O artista paraibano destrói, distorce, reconstrói e cria algo completamente novo, sem estúdios sofisticados, é só manifestação artística, só diversão.

Seu disco “Sabotador de Satélite” é a versão sonora de um livro de Douglas Adams. É um álbum temático sobre o sistema solar. Totonho vai emulando os repentistas que lembram da infância da Paraíba, imaginando como eles andariam pela cidade cheia de tecnologia. Ele quer salvar o mundo, ele mesmo se chama para essa responsabilidade quando diz “que mundo é esse, meu Deus? É o espaço sideral, é muita doideira”.

Totonho vai rimando, seja por pancadões ou barulhinhos de celulares, canta baladas que seriam hits de Nando Reis se não fossem tão esquisitas. Para Guilherme Barrella, dono dos selos Peligro/Open Field, “tudo que era antigo agora parece novo. Estranho, mas novo. Essa música não é nossa, é de todos. É a nova música de raiz brasileira. É a nova música do Brasil para o mundo, e no caso do Totonho, para outras galáxias. Se ele parasse quieto, o mundo olharia para ele. Mas ele não quer, prefere colocar o mundo nos eixos dele. Ah, ele chega lá”.

*movimentos* 2008 - OPOSIÇÃO NO SINDICATO DOS JORNALISTAS DA PB


"Jornalistas em Movimento" - Este ano tem Chapa 2 nas eleições do sindicato paraibano
Pela primeira vez em mais de 10 anos, a oposição do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba conseguiu inscrever uma chapa para concorrer às aleições de 2008.
Há muito tempo a classe quer, mas não faz absolutamente nada para mudar o quadro do sindicato paraibano.
Como em algumas partes do país, o movimento sindical do Estado passa pela mesma descrença e falta de ações politizantes, culturais e capacitatórias, e permanece com uma única representação, desgastada e ultrapassada, há quase 20 anos ocupando praticamente os mesmo cargos.

NOVOS RUMOS - JORNALISTAS EM MOVIMENTO
A comissão eleitoral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba confirmou, nesta segunda-feira, 14, por volta das 16h20, a elegibilidade da chapa NOVOS RUMOS. O presidente da comissão, jornalista Gilson Souto Maior, entregou em envelope lacrado com o termo de deferimento da candidatura oposicionista, na sede da entidade. Ele encaminhou sua decisão para a publicação nos jornais de maior circulação do Estado nesta terça-feira, dia 15.

"As chapas agora terão 72 horas para apresentar recursos de impugnação de candidatos. Vamos verificar se não há outras irregularidades na composição da chapa liderada pelo ex-presidente", diz o jornalista Dalmo Oliveira, que lidera o grupo da chapa 2. Mesmo com o deferimento da chapa NOVOS RUMOS, a Junta Governativa do sindicato ainda não entregou aos representantes da oposição a lista de sócios em condições de participar das eleições, convocadas para o dia 9 de junho próximo.

Pendências jurídicas
Esta semana, houve mais uma audiência para julgamento de liminares concedidas a NOVOS RUMOS, que reivindica a prestação de contas detalhadas do sindicato entre outras demandas negadas pela antiga diretoria e pela atual Junta Governativa.
A reunião foi na 5ª Vara da Justiça do Trabalho, no Shopping Tambiá. O processo, presidido pelo juiz Paulo Roberto Vieira Rocha, deverá definir questões relacionadas às inúmeras irregularidades apontadas pelo grupo oposicionista, notadamente a falta de acesso a documentos públicos como atas, fichas de filiação, lista de adimplentes e inadimplentes etc.

"Defendemos a tese de que a grave situação da maioria dos associados, colocados em situação de débito junto à tesouraria, é de responsabilidade exclusiva da antiga diretoria, que descumpriu sistematicamente o que reza o artigo 12º do Estatuto do sindicato", diz o candidato Dalmo Oliveira. NOVOS RUMOS vai pedir à Justiça do Trabalho que autorize a participação de todos os cerca de mil filiados nas eleições de junho.

NOVOS RUMOS
SINDICATO DOS JORNALISTAS DA PB

8 de abril de 2008

*Galeria Cilindro exibe* Videoarte de PAULO BRUSCK


BRUSCK - Vídeos da década de 70 e 80

Na ânsia de espaços interessantes que exponham o que há de moderno nas artes plásticas surgiu a “Galeria Cilindro”, um caixa eletrônico da Praça Clementino Procópio, no Centro de Campina Grande (PB). Desde 2004, exposições de artistas plásticos com conceitos sofisticados já foram vistas no local. Amanhã, este inusitado espaço de interação artística vai expor o primeiro vídeoarte do pernambucano Paulo Brusck. A exibição de vídeos das décadas de 70 e 80 começa às 19h30.

Esta é a sétima exposição do local, a primeira neste formato de videoarte. Pela “Galeria Cilindro” já passaram Gil Vicente, Regina Silveira, Guto Lacaz, os grupos Coringa e Piratininga (São Paulo), José Roberto Aguilar, Regina Carmona e agora o multimídia Paulo Bruscky.

O autor desta peripécia cultural pouco convencional é o artista plástico Júlio Leite, que está saturado de não ver exposições de peso na cidade. Incomodado com esta "lacuna" na cidade – de exposições da arte moderna principalmente -, Júlio teve a idéia de fazer essa intervenção urbana. As exposições da Galeria Cilindro vem atraindo a atenção das pessoas que trafegam pela praça diariamente.

Vanguarda e experimentalismo de Paulo Brusck
O artista pernambucano vem realizando projetos de performance, instalação, intervenção, vídeo e linguagens multimídia. Suas experiências com arte-correio, áudio-arte, vídeoarte, artdoor e xerografia/faxarte, são pioneiras dentro das discussões acerca da utilização de novos meios na arte brasileira desde 1981.

Sobre o artista
Possui importante acervo documental das vanguardas artísticas do pós-guerra, incluindo trabalhos originais do Grupo Fluxus e Gutai (Japão);

É reconhecido como um dos mais importantes renovadores da cena artística contemporânea do Recife (PE). Em 1980, inventou os "xerofilmes", que são filmes feitos a partir de imagens xerográficas, abrindo um novo campo para o desenho animado e o cinema experimental;

A partir de 1983 iniciou suas vídeoinstalações e já participou de mais de 60 mostras realizadas no Brasil, Itália, Canadá, USA, Venezuela, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Portugal e Espanha;

No Brasil, toda a primeira geração de criadores de vídeo era constituída de nomes em geral já consagrados no universo das artes plásticas ou em processo de consagração. Os artistas já citados anteriormente, que expuseram na “Galeria Cilindro”, incluindo Paulo Bruscky, fazem parte deste contexto e assim constroem suas artes.

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Colaboração: Arlindo Machado

*Opinião* MANU ALVES - Santa Hipocrisia!


PAPA DISFARÇADO DE SANTA - foto-montagem de Manu Alves

Santa Hipocrisia!
Pelo último anúncio que li do Papa Bento XIV - o qual falava sobre a atualização da lista de pecados capitais para adaptá-la à "realidade da globalização” - confirmei as minhas suspeitas e cheguei a uma importantíssima conclusão: este Papa não é pop! Se nesta atualização da lista tivesse entrado a hipocrisia, todo o clero e o Vaticano correriam grandes riscos de uma sofreguidão eterna na sua outra invenção chamada inferno. Oras, os sete pecados já existentes são difíceis de evitar e ainda inventam mais quatro?! Um viva para a Santa paciência!

Manipulação genética, o uso de drogas, a desigualdade social e a poluição ambiental agora são pecados capitais pelos quais os cristãos devem pedir perdão. Viva a Santa Sé! Eu me pergunto, não seria a manipulação de massas um pecado maior do que a manipulação genética??? Pois já se a tem certeza de que em pessoas criadas (e mal criadas) existe uma alma. Sem falar que este argumento para defesa de suas manipulações já vem de outros tempos. A falta de uma alma foi desculpa para a escravidão do negro e do índio. E isso não foi uma “manipulação” dessas populações antes massivas?

Quanto ao uso de drogas, o Papa só esqueceu de completar a frase. Ele deveria citar a “droga da violência”, a “droga da pedofilia”... entre outras drogas, não é mesmo senhor Papa? Porque droga é ver criança fora da escola e presenciar o roubo de sua infância. Pior ainda, o roubo de sua pureza. E nem vou entrar em detalhes do passado da Igreja Católica, com a “droga de sua omissão” e a falta de ações diante de guerras, do holocausto, das perseguições à pensadores, curandeiras, mulheres etc. etc... Santa Inquisição!

Sobre o pecado da desigualdade social (ansiosa para comentar sobre este), o Vaticano já deve ir se preparando para os leilões de artes - com as balanças para pesar o ouro que vale o acervo da Igreja -, e as excursões à África para, ao invés disso, distribuir suas riquezas oriundas dos donativos que recebe do mundo inteiro. Tá certo que eles fazem uma caridade aqui, outra ali, mas com os recursos que recebe, pode e deve fazer muito mais. Além da receita captada através do turismo no complexo dos "Museus Vaticanos".

Não há outro lugar no mundo com tanto valor artístico e intelectual (e um imenso valor material, é claro) como o do Arquivo Secreto do Vaticano, na Biblioteca Apostólica Vaticana, e dos acervos de arte (pintura, escultura e arte sacra) das igrejas romanas. Sem falar nos tesouros e fortunas que não sabemos. Os Templários que o digam!

E se o Papa gostaria mesmo de se atualizar à realidade da globalização poderia começar liberando o uso de contraceptivos e da camisinha e não se voltar a sua Santa Omissão. Todos os anos milhares de mulheres engravidam, sem ser este seu desejo, sem ter condições finaceiras ou psicológicas de dar educação aos filhos não planejados e a atenção, o amor e os cuidades que precisam. E então, com isso, a Igreja provoca o que mesmo? Desigualdade social.

Mas para não dizer que o Papa está de todo errado, sobre o pecado da poluíção ambiental, esse sim eu concordo. E explico com o seguinte pensamento indígena. "Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, o Homem verá que dinheiro não se come”. Nem obras de arte!

Se eu (e mais uns tantos) já não dava conta dos sete pecados capitais (gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça), imaginem agora! Só para constar, essa coisa de pecado é invenção pura, nem existe na Bíblia. Quem inventou isso foi um tal de Evágrio do Ponto, um monge grego (345 – 399). Santa invenção! Os tais pecados não estão lá na Bíblia e antes de inventá-los deveriam ter lido esse trechinho, que está lá em um dos seus llivros: “não julgueis para não ser julgado”.
Que me venha a Santa Apostasia, Amém!

Manu Alves
27/03/2008
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Do Mundinho da Lua de Manu

*Opinião* Julinho da Adelaida Sobrinho - O Estado contra a Lei Rouanet


BIGU - Aproveitando o excelente artigo do amigo de codinome "Julinho", saudemos esta campanha para que iniciativas como a deste blog possam se sustentar, se aprimorar, gerar emprego e renda e fazer a felicidade dos amantes das artes e da Cultura. Que venham iniciativas públicas para os blgs! De preferência, da Lei Rouanet

O Estado contra a Lei Rouanet
Semana passada vimos publicar o mesmo artigo com duas versões, dois títulos e um só conteúdo. O primeiro, no Jornal do Brasil, retumbava: “O teatro não é inviável economicamente”. Seu autor, Celso Frateschi, presidente da Funarte. O outro traz a assinatura conjunta deste com o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, e é publicado na Folha de S.Paulo sob o título “Incentivo ao Teatro?”. O motivo é a comemoração do dia do teatro.

Com as mãos abanando diante do caos vivido pela produção teatral, vieram a público colocar a culpa pelos desmandos à Lei Rouanet, da falta de público à diminuição das temporadas. Só faltaram pedir o pescoço dos governantes, diante do descaso do mecanismo governamental em relação às necessidades das artes cênicas brasileiras.
Quase nos fizeram acreditar que o problema da lei é a própria lei, como se tivesse pernas próprias e não dependesse de governo para seguir o caminho correto, ou desejável. Cinco anos de poder foram necessários para descobrir verdadeiros exus: empresas e produtores culturais que lucram com a lei. A pena para a doença, matar o doente. Em português claro: acabar com a lei.

Mas como pode a Lei Rouanet ter esse poder todo se ela é tão-somente um mecanismo de estímulo ao investimento privado? Convenhamos que qualquer julgo além do seu campo de atuação constitui mera (ir)responsabilidade interpretativa de quem escreve, ou simplesmente assina, o petardo. O que espanta é o próprio poder público incitar uma visão equivocada da lei. Com que objetivo?

Vale lembrar que o teatro, assim como todas as outras artes, está órfão de políticas públicas. O MinC optou, já em 2003, por extinguir as secretarias chamadas finalísticas (música/artes cênicas, patrimônio/museus, livro e leitura), dando prioridade apenas para o audiovisual. No lugar, ampliou o escopo do Ministério e passou a dar prioridade para questões como Tv pública, propriedade intelectual, cultura digital, diversidade cultural. Apostou na transversalidade em detrimento da política setorial.

Amplamente aplaudida e reconhecida no Brasil e no mundo, as políticas propostas por Gilberto Gil carecem ainda de ações programáticas que as sustentem. Sem uma política transversal consistente (e que vá além do discurso) corremos o risco de perder o velho e não ganhar o novo.

Como pode o artigo do MinC vociferar: “não devemos propor o novo sem entender o velho”, se ele próprio não consegue dar conta do maior e mais eficaz sistema de financiamento à cultura que o Brasil já teve? A Lei Rouanet tem problemas, todos sabemos. Já eram sérios e graves em 2002. Com a inabilidade deste ministério em resolvê-los, a Lei transformou-se numa bomba-relógio, pronta para estourar nas mãos do ministro Gilberto Gil. Como não está disposto a aceitar o fardo, o MinC quer colocar o problema da lei no colo do “mercado”, das empresas que se promovem e lucram com a lei. Como se o MinC não fosse o único órgão responsável por seu destino e gestão.

A Lei Rouanet é acusada de causar distorções no mercado cultural desde aquela campanha presidencial. Artistas carentes foram ao Canecão pedir socorro a Lula, pois a cultura estava sendo privatizada. Desde então o MinC realizou uma série de viagens com todo o seu gabinete para os quatro cantos, prometendo mudanças e ouvindo o que já sabíamos. Três anos depois, decretou mudanças cosméticas, sem efeitos práticos.
O que os fogos de artifício escondem é que a causa de tais distorções não está na lei, mas sim na falta de políticas mais amplas, tanto para as artes quanto para o mercado, que quer e precisa crescer e exige um conjunto de ações mais adequadas ao empreendedorismo e ao lucro (sim, avisa lá que somos capitalistas).

Mas estamos longe de alcançar uma realidade em que o Ministério da Cultura comemore o crescimento e o sucesso econômico de empresas culturais, dando-lhes o suporte necessário para empregar gente, recolher impostos e ajudar a financiar a rica diversidade cultural do Brasil.

Um mecanismo de financiamento privado não pode ter a responsabilidade de compensar a falta do Estado, mais ausente do que nunca. Em termos de financiamento público, a própria Lei já abarca mecanismos de compensação, como o Fundo Nacional de Cultura, que sempre foi acusado de ser uma caixa-preta. Hoje continua na mesma situação, com um volume insuficiente de editais, que continuam sem transparência, geridos e definidos por grupos que sustentam o poder e a ideologia do MinC.

Parece haver um entrave ideológico a ser superado pelo MinC. A Lei foi criada com base num princípio liberal, de que a sociedade (incluindo o mercado) teria condições, por si, de regular a lei. Mas como pode a sociedade saber o que é bom para a sociedade, se existe um grupo de pessoas privilegiadas com esse dom supremo?
Então o Governo faz de tudo para exercer comando sobre os projetos, interferindo diretamente na comissão que os aprova, gerando burocracias para segurar o que não lhe convém e facilitar o que considera alinhado com a “atual política”. E faz de maneira inábil, truculenta. Mostra-se cada vez mais perdido com a situação, chegando a implementar e mudar diretrizes e procedimentos como quem troca de roupa.

O Estado foi incapaz de incorporar a Lei Rouanet como política pública, deixando-o ao prazer do mercado. A primeira reunião que o MinC fez com as empresas patrocinadoras foi em 2007. Ainda assim para cobrar, não para orientar, dar diretrizes, ou declarar uma política clara para o investimento privado. Isso é um contra-senso, já que a aplicabilidade da lei está intimamente ligada à ação das empresas.

Este governo trata a lei como um filho bastardo, fruto das andanças do Estado com o mercado. Não o reconhece como um potente instrumento de financiamento à cultura. E por não o acolher, age contra ele. E por ele é consumido, pois não consegue formular alternativas para o aniquilar, substituir ou complementar.

Por outro lado, a lei foi apropriada pelo mercado. Empresas a utilizam como estratégia de comunicação. Isso não é uma distorção em si, e não é um mal em si. É apenas conseqüência do abandono do mecanismo como ingrediente de política cultural que dialoga com o capitalismo em que está (indesejavelmente) inserido.

Vendo-se incapaz de atuar na lei pela via do diálogo, o MinC passou a criar um arsenal de regras e burocracias, desenvolvidas com o objetivo único de tornar o instrumento moroso e ineficaz. A estratégia é esvaziar a lei, como fez Celso Frateschi em sua gestão municipal em relação à Lei Mendonça. Repete a dose à frente da Funarte, responsável por conceder parecer técnico à Lei.

Como resultado disso, criou-se um mercado paralelo de aprovação de leis dentro do próprio ministério, que atuava (ou atua?) no sentido de quebrar os bloqueios criados por este governo. A ação resultou no final de 2007 na prisão de uma quadrilha pela Polícia Federal. Um tiro no pé.

O mercado agora prepara ofensiva. Vários movimentos estão se formando pelo Brasil afora em defesa dos direitos culturais e liberdade de expressão, consagrados por nossa Carta Magna e pela própria Lei 8.313/91.

Aplacados pela censura e pela perseguição, os autores deste artigos protegem-se sob o codinome Julinho da Adelaida Sobrinho, um parente fictício de Julinho da Adelaide, heterônimo de Chico Buarque de Holanda, criado para fugir da censura dos tempos difíceis da ditadura, que insiste em nos rodear. 31/03/2008 (Cultura e Mercado)

*CCBNB SOUSA-PB* Croma, do paraibano Júlio Leite, até dia 30


CROMA - exposição de Júlio Leite que usa a metaliguagem

O Centro Cultural BNB de Sousa, no Alto Sertão paraibano, está “bombando”, apesar de tanta chuva na região. Desde o início deste mês, várias atividades artísticas foram programadas para o público. A exposição Croma, do artista plástico de Campina Grande Júlio Leite, foi aberta ontem e ficará no Centro até o dia 30 deste mês.
Croma é o resultado de um estudo do signo, das relações entre significado/significante, do ruído ocasionado na metalingüística em latente estado de transformação na obra, conforme o artista.

Com as frases “Homenagem ao Azul”, “Homenagem ao Vermelho”, “Homenagem ao Verde” etc, Júlio subverte os valores da mensagem. Um fundo amarelo com letras em tom lilás, por exemplo, reverencia outra cor. Essa descompostura é o que norteia a trama inteligente da obra do artista, explorando vídeo, fotografia, instalação e até um requintado livro-objeto. A curadoria é de Leonor Amarante.

No quadro Especiais, do CCBNB de Sousa, haverá uma transmissão radiofônica pela 104 FM chamado Cultura de Todo Mundo. O início desta atividade foi ontem (07 de abril), mas no próximo 14 haverá novamente o programa na mesma rádio. Daí por diante, todos os sábados, a partir das 11h00, você pode conferir os debates nesta frequência.
Outras atratividades do CCBNB de Sousa serão postadas aqui em breve.

Colaboração: Jofran (BNB Sousa)