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24 de novembro de 2007

*cinema* Rede de cineclubes da UNE chega ao Cuca de Campina



De 5 de novembro a 15 de dezembro o “Cine CUCA” percorrerá 27 estados brasileiros com sessões gratuitas. A oportunidade reativa as produções do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) de Campina Grande no próximo sábado. Esta é a primeira ação cultural dos cuqueiros este ano.

Cerca de 700 exibições gratuitas de oito filmes nacionais estão em exibição pelo Brasil através do projeto Cine CUCA até o dia 15 de dezembro. Na Paraíba serão 28 exibições. O circuito cineclubista chega com o lançamento hoje (25), a maioria em universidades, como forma de criar novos espaços para a exibição das recentes produções do circuito brasileiro e universitário de cinema. A formação de platéia para essas produções também é foco do projeto.

O alvo principal do Cine CUCA é a exibição dos longas. Baseado no livro de Frei Beto, “Batismo de Sangue”, o filme homônimo, premiado como melhor fotografia e melhor diretor (Helvécio Ratton) no Festival de Brasília 2006 e pela ANCINE, é um dos longas-metragens de destaque do evento. Outro filme recomendável é o “Conceição - Autor Bom é Autor Morto”, dirigido por seis alunos da Universidade Federal Fluminense, Daniel Caetano, Guilherme Sarmiento, André Sampaio, Cynthia Sims e Samantha Ribeiro.

Além dessas obras, os médias-metragens são outras produções que mostram peculiaridades brasileiras, como o Movimento Estudantil da década de 1960. “Ou Ficar a Pátria Livre ou Morrer Pelo Brasil”, é um que cumpre esse papel, com diversos fatos marcantes da história brasileira. Depoimentos de militantes e dirigentes de entidades representativas da classe, como Vladimir Palmeira e Rui César, preenchem o filme. Já os curtas vão explorar desde a Ditadura Militar, passando pelo Projeto Rodon na Amazônia atual e explorando atualidades da comunicação, como a Rádio Livre.

As apresentações estarão pela UFPB, UFCG e UEPB, de João Pessoa, Campina e parte do Sertão. A idéia é difundir a sétima arte, conforme o produtor cultural do Cuca de Campina, Ítalo Jones. O projeto viria só para Campina, mas ele e os outros cuqueiros puxaram o Cine CUCA para todo o Estado. “Ampliamos a difusão para outras micro-regiões da Paraíba no intuito de facilitar o acesso ao maior número possível de pessoas”, ressaltou.

Ele defende o aceso à arte. “Notamos que é muito limitado o acesso a essa atividade cultural em Campina e pensamos que outras cidades também possuíam a mesma dificuldade. Por isso a necessidade de estender o debate para o Sertão e a Capital”, concluiu.

O momento de crise vivido pelo cinema, principalmente em Campina Grande, com o fechamento do Capitólio e do Babilônia, foi propício para acolher um projeto de democratização ao aceso da artevisual, segundo ele. “Queremos espalhar a arte pelo fato da instituição física do cinema passar por dificuldades pela falta de incentivo e ausência de políticas que democratize o acesso a esse bem cultural. O fato de só ter cinema no shopping, já exclui uma boa parcela do público às produções”, enfatizou.

Cinema no Cuca CG
Não é a primeira vez que o espaço Cuca produz exibições cinematográficas. Em 2005, o projeto Cine BR foi lançado na cidade, também para mostrar produções independentes brasileiras. Na oportunidade, que pode ser conferida no arquivo do blog do Cuca, foi distribuído um questionário padrão para os presentes. Eles podiam optar sobre o projeto, os filmes e documentários e dar idéias, sugestões críticas etc.

No Cine CUCA é parecido. Só que o público vai preencher rapidamente um questionário para que os promotores do projeto conheçam melhor as pessoas que assistiram aos filmes. “Depois de preenchido, o formulário será recolhido e enviado ao banco de dados Nacional do projeto coordenado pelo Instituto Cuca”, acrescentou Jones.

Programação
Dia 24 – Pré - Lançamento do CINE CUCA (PB), no Centro Universitário de Cultura e Arte, às Margens do Açude Velho. Às 17h00, pré-lançamento com exibição do longa: “Batismo de Sangue”. A programação cultural segue com a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, promovido pelo grupo de estudos de Gênero, Flor e Flor. Cátia de França comandará a Festa Lilás.

Dia 25 – Lançamento do CINE CUCA (PB) em parceria com o Circuito Cultural da Universidade Estadual da Paraíba, no Centro Universitário de Cultura e Arte. Apartir 15 horas, com as atrações: Fredi e Felipe fazendo dueto de viola, Rangel Júnior, Grupo Acauãn da Serra, Grupo de Teatro da UEPB fazendo exibições da peça Medéia, exibição do Longa “Conceição: Autor bom é Autor morto!”

Dia 26 - Início da etapa intinerante nas universidades- Faculdade de Direito UEPB – Exibição de curtas e do Longa “Batismo de Sangue”

Dia 27 – Por volta das 9h30, no CEDUC I da UEPB (próximo ao viaduto), os curtas “Canil, ocupação a marretadas”, “Não é só uma passagem”, e o longa “Ou ficar a Pátria Livre ou Morrer pelo Brasil”. Às 11h00 começa um debate livre com tema a definir. Já no anfiteatro do DCE (UFCG), no bairro do Bodocongó, as atividades começam a partir das 14h00, com o longa “Cão sem dono” e um curta a escolher. À noite, voltando ao CEDUC I, a partir 19h00, outro curta e o longa “Batismo de Sangue”. Ao final, novamente um debate livre.

Dia 28 – No DCE da UFCG, a programação começa a partir das 14h00. O longa “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil” será exibido. Ás 15h30, outro debate. No mesmo campus universitário, na Pracinha do Centro de Humanidades, “Batismo de Sangue”.

Dia 29 – Haverá exibição na faculdade de Comunicação Social (UEPB), no bairro do São José, uma boa fábrica de produções documentaristas estudantis. A partir das 9h30, o curta “Manual Rádio Livre” e o longa “Conceição”. À tarde, os filmes vão rolar no Anfiteatro do DCE, a partir das 14h00, com o curta “Projeto Rondon e longa “Batismo de Sangue”. Retornando à faculdade de Comunicação, haverá a exibição, às 19h00, do curta “Rádio Livre, isso não é só uma...” e o longa “Cão sem Dono”. Debate às 20h30.

Dia 30 – O Departamento de Artes (Dart) também entrou no Cine CUCA e vai apresentar uma exibição, às 10h00, do curta “Rádio Livre e do longa “Conceição”. Em seguida, debate.

Dia 03 de dezembro – A partir desta data, o evento estende-se ao redor de Campina.
Em João Pessoa, na UFPB, vão rolar oito exibições e a programação será inserida no RacioCINE.

Dia 10 – É a vez do campus da UEPB de Guarabira, no Sertão paraibano, receber o Cine CUCA. O Centro de Humanidades fará a exibição a partir das 9h30, com o curta: “Canil, ocupação a marretadas” e o longa “Cão sem Dono”. Às 19h00, o curta: “Não é só uma passagem” e o longa “Batismo de Sangue”.

Dia 11 – Ainda no Sertão, em Patos, a UFCG vai sediar o evento. A partir das 14h00, os curtas “Canil” e “Passe Livre” e o longa “Conceição”. Á noite, no mesmo local, a partir das 19h00, os curtas da tarde e o longa “Batismo de Sangue”.

Dia 12 – No Alto Sertão, em Sousa, à tarde, “Projeto Rodon” e “Batismo de Sangue”. Á noite, exibição de “Canil”, “Passe Livre” e “Cão sem Dono”

Dia 13 – Continuando no alto Sertão, em Cajazeiras, a partir das 9h30, “Passe Livre” e “Ou ficar a Pátria Livre”.

No dia 14, o som do artista e produtor cultural do Cuca, Toninho Borbo, precederá os média e curta-metragens, respectivamente, “O afeto que encerra nosso peito juvenil” e “Canil” e “Passe Livre”. Toninho lança o seu projeto apoiado pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fumuc), o primeiro CD profissional chamado Para Fins de Mercado.

Dia 15 – O encerramento será no Cuca de Campina com várias atrações artísticas locais.

O que é o Cine CUCA? - O Cine CUCA é promovido pelo instituto Circuito Universitário de Cultura e Arte (que também é CUCA e é da UNE), uma rede formada por dez núcleos de Pontos de Cultura espalhados pelo país. O projeto vai ser recebido por mais de 60 universidades brasileiras. A série de sessões é seguida de debates e palestras que discutem a recente produção cinematográfica nacional. Em cada Estado, duas instituições, federal e particular, serão selecionadas para participar. O projeto é itinerante e quer fomentar a formação de cineclubes estudantis.

FILMES - Os longas-metragens selecionados propõem a reflexão de temas ligados à juventude e à produção universitária. São eles, "Batismo de Sangue", de Helvécio Ratton; "Cão Sem Dono", de Beto Brant; "Conceição, autor bom é autor morto".

Os médias-metragens "Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil" e "O afeto que se encerra em nosso peito juvenil", do diretor Sílvio Tendler, documentam a história política e cultural da UNE.

O projeto dará espaço também aos curtas-metragens universitários vencedores do Prêmio Curta CUCA, promovido de março a agosto deste ano. "Reforma Universitária", de Felipe Peres Calheiros (PE); "Manual Rádio Livre", de Tiago Machado Carneiro (DF); "Canil – Ocupação a Marretadas", de Paulo Gomes e Silva (SP); "Não é só uma Passagem", de Igor Pontini Mesquita (ES) e "Projeto Rondon", de Madson Darkis da Silva Oliveira (PR), foram os escolhidos.

CINECLUBES - É um ousado iniciativo de resgatar a cultura dos cineclubes, “projetos que deram muito certo nas décadas de 60 e 70 e que mantém até hoje uma estrutura bacana formada em torno de entidades e associações", como definiu o coordenador geral do CUCA, Tiago Alves. "Cinema, debate e universidade são três eixos importantes para pensarmos, juntos com a juventude, os principais problemas da nossa sociedade, como a violência e as drogas", define.

As cerca de 700 sessões gratuitas serão realizadas por uma rede de 27 “agentes cineclubistas”, um de cada Estado, identificados nas universidades e capacitados pelo projeto. Eles se encontraram no início deste mês, num seminário no Rio de Janeiro, para afinar as idéias, tirar dúvidas e participar de um treinamento que abordou todas as etapas de uma exibição.

Em Campina, o articulador foi Ítalo Jones. Ele foi quem mobilizou a equipe do Cuca de Campina com agenda e divulgação do Cine CUCA. “O objetivo é manter essa rede de agentes interligada, mesmo após o projeto, para dar corpo ao circuito cineclubista universitário, que poderá ser organizado e atuante”, enfatizou Jones.

Audiovisual do CUCA - O Cine CUCA faz parte do programa do Audiovisual do CUCA, que tem iniciativas voltadas para o cinema nas universidades, como a criação de cineclubes, produção em cinema e a aparelhagem de espaços ociosos. Teatros e auditórios mal utilizados podem ser tornar espaços dedicados à sétima arte.

A produção dos Cine-jornais também será incentivada durante o evento. Discutir a imagem da juventude brasileira e a realidade na qual está inserida, alimentando o público de novos questionamentos, novas lutas e novas revoluções, faz parte dessa nova linha de atuação.

CONTATOS:
CAMPINA: Ìtalo Jones (8830-8458)
NACIONAL: Tiago Alves, cordenador-geral CUCA (21-8735-7143)
Alessandra Stroop, audiovisual do CUCA (21-9878-1984)
Rafael Minoro, assessor da Une, (11-8580-9179)
www.une.org.br / www.cucacg.blogspot.com
redação@une.org.br / imprensacuca@yahoo.com.br

*livro* A síndrome Ocidental, de Fred Feitoza - suspense tipo Jack Bauer com Truffaut



O livro “A Síndrome Ocidental”, do jornalista e escritor Fred Feitoza, com financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura – Lei Augusto dos Anjos, será lançado no dia 30 de novembro, às 20h00, no Sesc Centro. O evento contará com a participação da psicanalista Glacy Gorsky, que vai falar sobre o tema do livro e da DJ Hunter, em versão lounge. A colunista social Mônica Donato ficará responsável pelo cerimonial.

A princípio, o livro pode ser enquadrado como um suspense subjetivo, uma mistura de Jack Bauer com Truffaut. – É na tensão de que há algumas coisas que nunca se resolvem, onde se ampara o seu enredo. Palavras de ordem e guerra reivindicam seus antigos domínios, quando um Boeing da American Airlines explode no Charles de Gaulle em Paris, matando 158 americanos.

Um assombro tribal passa a manipular os habitantes e imigrantes da cidade luz. Entre eles, um negociador da Inteligência Francesa e um grupo de amigos de diversas partes do mundo, estudantes de psicanálise, que se vêem envolvidos, sem se dar conta, com os atentados.

As personagens mantêm uma comunicação enigmática através de um saber maior que os perpassa, uma afinidade que os une através de uma cidade explosiva. É o que acontece com Luan Revel Callado, um jovem estudante, e seu enigmático arsenal de desejos de morte, que segue implacável de um a outro como um vírus.

Raymond Premier é o diretor da Inteligência Francesa que parte em busca das células terroristas em Paris. Afetado pela morte dos 158 americanos no Charles de Gaulle, sob a sua responsabilidade, mantém uma postura ora obcecada, ora enlouquecida em relação aos papéis que deve assumir para a sociedade e para si.

Os afetos e o tempo são os elementos que elevam a trama ao suspense. Nada restrito a um jogo de gato e rato, ou a descobrir quem é o culpado, mas que se estabelece na tensão de como cada personagem vai reagir à Síndrome.
Uma história de afetos explosivos.


Ilustrações: Guilherme Patriota
Revisão de Texto: Katiúscia Formiga
Diagramação: Vinícius Nunes e Adeildo Leite
Finalização: Adeildo Leite


Contatos:
Fred – 8844-0675
Katiúscia Formiga – 9309-3436

*teatro* Medéia, no Teatro Severino Cabral, dia 27

*blog* NeGrito - zine eletrônico de Campina é "do contra"!


Foto: Nison Meira - quilombinhos de Jardim do Seridó-RN NeGrito: É... "negrinho" "... tipos de traços acentuadamente mais fortes" "Né grito!?".

Está no ar o blog do diálogo de Campina Grande. Quem gosta de escrever sobre um assunto que incomoda, mas que a grande imprensa não veicula, e precisa urgentemente desabafar, visite o NeGrito.

“Partindo da palavra negrito, podemos retirar do dicionário Aurélio: Diz-se de, ou tipo de traços acentuadamente mais fortes que o normal. Por etimologia, um sinônimo da palavra negrinho”, descreve a abertura da página.

O espaço funciona como uma revista virtual ou um fanzine eletrônico, que coloca em negrito expressões particulares importantes ou pertinentes para apreciação e reflexão da sociedade campinense, segundo os estudantes, intelectuais, professores, jornalistas e demais blogueiros que postam no NeGrito.

“Qualquer pessoa pode publicar algo na revista, a exigência é pela riqueza da abordagem e pelo contraste em relação aos conceitos da moral (preconceitos) e do sistema de mercado. Um ambiente de expressão livre com o objetivo de ser um elo de ligação para artistas da comunidade retratarem fatos sem a influência do sistema de mídia padrão. Divulgar tudo isso para todos os interessados que têm acesso à internet. Essa é a função do blog.

Visualmente limpo, o lay out retrata a intenção de destacar apenas o conteúdo publicado e seus produtores. Só há links para as pessoas que publicaram (não é obrigatório se identificar) e para referências das publicações.

Monocromático, o blog deixa claro que o conteúdo exposto é uma reprodução da obra real e não a própria obra. Para ver as obras completas, entre em contato com o autor diretamente ou conosco.

Se não mora em Campina e achou interessante essa mídia, entre em contato por e-mail e faça o NeGrito em sua cidade. Dá pra controlar tudo por e-mail. Recebendo e publicando as artes e fatos de sua cidade e ajudando outros núcleos, em outras cidades ou não, a terem seu próprio NeGrito. A idéia é valorizar as expressões que não entram nas mídias tradicionais e que lamentamos por não serem acessíveis”.

Acesse o NeGrito, que também pode ser visitado pelo link, na pasta Literatura.
Contato: negrito.cg@gmail.com

12 de novembro de 2007

*música* Iracy Golveia fará show dia 14, no Teatro Severino Cabral, às 20h00


No gogó - a cantora interpreta músicas do paraibano Robson Bass

A cantora Iracy Golveia vai mostrar o espetáculo de música e dança "Nada Será como antes", no Teatro Severino Cabral, na próxima quarta-feira (14), a partir das 20h00. No repertório releituras de clássicos da emepebê que fundem ritmos do maracatu à salsa.

*evento* PROGRAMAÇÃO do II Balaio Cultural em Boqueirão


De Campina - Gabriel Vennâncio estará presente todos os dias

Dia 14 - abertura oficial às 19h, no CEFAR, com a Filarmônica Nossa Senhora do Desterro, seguida da apresentação do coral do Agente Jovem. Ainda haverá lançamento da Série de Cartões Postais "As Belezas de Boqueirão" do fotografo Francisco Ronaldo e apresentação do grupo de dança Herança Brasileira, de Montenegro (RS) e do Kiriri Jazz Band, de Boqueirão. A partir das 21h, Congresso de Violeiros, com a participação de repentistas da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Dia 15 - oficina de ballet clássico e dança contemporânea, com os professores Duda Braz (SP); André de Sousa e Romero Mota (PB). A exposição fotográfica 'Belezas de Boqueirão' continua. No teatro, a peça 'Olá, professora' (RJ). Haverá feira de artesanato e dança no palco das Artes, no Centro Turístico, com a participação da Escola de Dança do CEFAR - Boqueirão, da Cia. de Dança Meninos de Alcantil, do Balé Popular de Bezerros (PE), Romero Motta Cia. de Dança (CG), Grupo Macambiras do Canaã (Olivedos-PB) e do Grupo Guararás (BH). Às 22h, shows com Gabriel Venâncio e a apresentação do grupo Expressão Popular.

Dia 16 - oficina de dança popular, no CEFAR, com os professores Carlos Henrique (MG), Alexandre Felizardo (PB) e Flávio Fortaleza (SC). E teatro, 'Fogo Fátuo' (PB). A partir das 20h, parede poética, com Samelly Xavier, Astier Basílio e exposição de artes plásticas, além de momento musical com Gabriel Venâncio. No palco das Artes, Centro Turístico, apresentação dos grupos Grupo Duda Braz Studio de Danças (PE), Grupo Herança (RS), Duda Braz (SP), André de Sousa (MS), Grupo Guararás (BH), Cia. de Dança Cultural Caaporã (PB) e Grupo de Dança de Rua Enigma, de Boqueirão. Em seguida, shows com as bandas Delito e Hijack.

Dia 17 - a partir das 8h, arrastão saindo do CEFAR em direção ao Mercado Público. Na feira central, será apresentada, às 9h30, a peça 'O Médico Camponês ou a Princesa Engasgada', do Grupo Teatro Oficina, de Sousa, no Alto Sertão paraibano. Ainda terá oficinas de dança popular, o seminário Patrimônio Histórico e Cultural do Cariri, com Daniel Duarte; Fórum de Cultura do Cariri e show de Gabriel Venâncio, no Colégio Padre Inácio.

A programação vai até dia 18, com teatro, dança e música. O encerramento ficará por conta da banda Boa Pergunta e do Balaio Eletrônico com vários DJs.

10 de novembro de 2007

*artes* II Balaio Cultural - Festival Nacional de Artes em Boqueirão-PB


O evento promoverá apresentações, cursos e oficinas. Oito Estados paraticiparão

O Cariri paraibano se prepara para emergir em um balaio repleto de cultura. A cidade de Boqueirão será palco do maior evento artístico da região, já inserido no calendário cultural do Estado. No período de 14 a 18 de novembro, o município sediará o II Balaio Cultural – Festival Nacional de Artes, que acontece no Centro de Formação Artística e no Centro Turístico de Boqueirão.

Paralelos ao festival também serão realizados a I Parede Poética e o Fórum de Cultura do Cariri. Serão cinco dias de intensa programação cultural, 40 grupos artísticos de oito estados brasileiros (Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul) participarão de apresentações, debates e recitais.

“A segunda edição do Balaio da Cultura está com uma nova roupagem, mais organizado e diversificado, oportunizando espaço para a arte paraibana ser valorizada, além de capacitar os interessados e aspirantes ao mundo das artes”, diz o diretor do festival, Erasmo Rafael.

Dentro da programação do evento serão ministrados cursos, oficinas e palestras. Haverá exposição de uma série de cartões com as belezas da cidade de Boqueirão e textos escritos por poetas locais. A novidade desta edição será a apresentação do Balaio Eletrônico com cinco Dj’s, o lançamento de revistas e o Congresso de Violeiros.

Natália Perazzo
Unidade de Comunicação e Marketing
(83) 3337 1088 / 8808 4440
nataliapperazzo@gmail.com

6 de novembro de 2007

*opinião*Pós Rap & Rep: “já é chegada a hora de termos o nosso lugar ao sol, não é possível gente!!!” Vant Vaz (Tribo Éthnos)



É com imensa tristeza e indignação que justifico nossa ausência do 1º Encontro Nacional de Rappers e Repentistas (Rap & Rep), realizado no último final de semana em Campina Grande. De verdade, digo-lhes, que por nós, do coletivo Tribo Éthnos, estaríamos com certeza representando com firmeza e orgulho o nosso Estado, a Paraíba.

Vínhamos trabalhando duro durante cinco meses, mas por razões que consideramos maiores, agindo com muita ponderação e discussão, sem querer invalidar a importância de tamanho evento, decidimos não participar do mesmo. Levando-se em conta a quantidade de circunstâncias adversas que vêm ocorrendo, que nos impede inclusive de mostrar nosso trabalho como ele é, em sua manifestação plural, há uma disparidade patente entre a abordagem e o tratamento dado aos artistas locais em detrimento dos grandes nomes nacionais. Uma prática que consideramos abominável e equivocada porque estes artistas já têm seus espaços conquistados e garantidos no mercado e mídia nacionais.

Nestes 18 anos da Tribo Éthnos sempre sonhei com o dia em que autoridades, pessoas influentes, meios de comunicação, gestões públicas e a sociedade em geral despertassem para esta grande questão. Que, ao valorizar plenamente os guerreiros e guerreiras da cultura, ganham todos.

Claro, maravilhoso ter grandes nomes da arte e cultura nacionais. Mas nunca, jamais, a custa de nossa imposta condição vergonhosa de pedintes, de eternos perdedores, de reclamões (na maioria das vezes, com toda razão). Afinal, qualquer um tem mais valor, basta que não pertença a esta realidade. E, como haveria nós de competir com eles, que têm uma estrutura de produção extremamente profissional? Entenda-se, uma equipe que trabalha desde agendamento a montagem e passagem de rider técnico destes artistas e têm espaços em todo o território nacional.

E é bom lembrar, a maior parte do investimento é dinheiro nosso, dinheiro público, pagamos todos. Repito, acho salutar um evento desta envergadura, mas com outra lógica, que dê a devida atenção às demandas e necessidades para se implantar uma nova realidade. Acreditem, isso seria possível, e espero que a organização esteja aberta para aprender com os erros e receber críticas construtivas. Que, nos próximos eventos, siga em direção ao que de fato interessa a nós todos, os artistas.

Posso aqui estar correndo o risco de ser cerceado, de perder espaço por externar o que penso. Mas, de verdade? Isso acontece sempre desde o início da Tribo e com a grande maioria dos artistas e grupos do Estado que não são vinculados a nenhuma tendência política ou grupo. Nem por isso deixamos de persistir, de teimar em existir, inclusive de revelar o que sentimos e pensamos. Seria equívoco? Bom, não é o que mostra claramente a realidade. Seria ingenuidade de minha parte?

Lamento decepcionar os que acham isso, mas há muito deixei de ser ingênuo. Também não quero eleger culpados. Nunca seria fácil organizar um evento nestas proporções, mas já é chegada a hora de termos o nosso lugar ao sol, não é possível gente!!!
Por isso aos amigos e amigas, fãs e colaboradores que convidei para nos ver neste evento, nossas desculpas.

Prometo-lhes, não faltará a oportunidade para nos ver no VI Encontro de Dança de Rua em João Pessoa, no dia 25 de novembro, aqui em João Pessoa. O evento é realizado por nós com parceria da FUNJOPE, é parte dos 18 anos da Tribo Éthnos (março 2008) e em mais ações que planejamos para o ano que vem.

Abraço em todos e todas, mesmo naqueles que desacreditam de nós.

Vant Vaz