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31 de março de 2009

*literatura - paraibanos em livro infantil capixaba


ILUSTRADO - capa do livro Galinha de Capoeira, história inspirada em prato típico nordestino e em dois jornalistas campinenses


por Valdívia Costa

Uma história galinácea foi feita em cima da passagem de uma capixaba pela Paraíba no ano de 2006. Os personagens, a galinha Manu e o galo Flaubert, também são paraibanos, inspirados nos jornalistas Flaubert Paiva e Emanoela Alves. O enredo ainda tem algo de ecológico, como uma mensagem sutil e obviamente infantil, "salvem as galinhas".


Essa é a composição entrelaçada por amizades e observações da escritora Fabíola Colares, que lançou a história "Galinha de Capoeira" há dois anos em Vitória (ES) pela Lei Rubem Braga da prefeitura municipal. De tão engraçado, bem escrito e ilustrado, o livro ganhará outros rumos, para o Ceará, onde será contado e representado em diversos momentos, de 18 a 29 de abril em Fortaleza.

O projeto é coordenado e dirigido por Josy Correia, que trabalhará na obra mais recente de Fabíola. Com o apoio da CST Arcelor Brasil e do Colégio Salesianos, a autora lançou este livro na 3ª Bienal Capixaba do Livro, dia 26 de junho de 2007.

Galinha de Capoeira - O livro foi inspirando numa brincadeira com os amigos de Campina Grande. A história é da galinha Manu, que aprende a lutar capoeira para se livrar da panela e se vingar da cozinheira. Impressionada com o nome dado ao prato, visto que na região Sudeste a mesma comida e conhecida como galinha caipira com aipim, Fabíola pegou a inspiração na hora.

A escritora descobriu a termologia diferenciada num almoço em Campina. Ao perguntar o cardápio, Emanoella respondeu que era galinha de capoeira com macaxeira. Brincalhona, a escritora perguntou se galinha de capoeira era "uma galinha vestida de abadá e dando pernada para todos os lados". A historinha engraçada e irreverente foi ilustrada por Milson Henriques, conhecido cartunista capixaba, com produção gráfica de Raphael Coutinho e colaboração de Kathleen Peixoto.

A escritora - Além de escrever este livro infantil, Fabíola Colares tem os títulos lançado desde 2004. Acompanhem:

1º trabalho: "Linha Tênue - Amores Diversos" - poemas intimistas; prefaciado por Sandra Cezilda Nunes Milano, com arte da capa de Estevão Ribeiro;

2º livro: “Suas histórias pelos meus contos - Diário erótico" - contos eróticos; ilustrado pelo renomado artista plástico Attílio Colnago, com arte gráfica de Jamille Tedesco e prefaciado por Ernane Batista; lançado em 25 de junho de 2006.

Agenda em Fortaleza:
Centro Cultural Dragão do Mar
Projeto “Mar de palavras, jangada de histórias”, coordenação: Josy Correia.
Narração do livro “A Galinha de Capoeira” seguida de conversa da autora com as crianças.
Data: 18 de abril de 2009 (sábado)
Horário: 18h00

Centro Cultural Banco do Nordeste
Troca de idéias com o autor – “A Galinha de Capoeira”
Contação de Histórias –“A Galinha de Capoeira”
Projeto Lagarta Pintada – narração do livro “A Galinha de Capoeira”
Data: 19 e 26 (domingos)
Horário: 14h30, 16h00, 17h30 (respectivamente)

Centro Cultural Bom Jardim
Aula Espetáculo: performance da obra por Josy Correia, seguida de conversa com a escritora.
Data: 22 e 29 (quartas-feiras)
Horário: 19h00
OBS.: Apenas este evento é voltado para o público adulto

Contatos em Fortaleza:
ciacatirina@hotmail.com – (85) 8705.6523 / 3223.1847
Pperíodo da autora na cidade: 15 de abril a 08 de maio.
Data de pós-produção do projeto: Maio, 2009
Divulgação em mídia local: a partir do dia 28 de maio

livros de Fabíola via internet. Clicar em e-livros. Os 3 títulos estão disponíveis.

outro link

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colaboração: assessoria Fabíola Colares

*opinião - A IMPOTÊNCIA DA FALA - Bráulio Tavares


paraibano Augusto dos Anjos - Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu na Paraíba em 1884 e faleceu em 1914 aos 29 anos

Reza a lenda que Olavo Bilac, então nos píncaros da glória, esnobou Augusto dos Anjos, a quem sequer conhecia, quando circulou a notícia da morte do poeta paraibano. Ouvindo alguém lamentar o falecimento do autor do Eu, Bilac perguntou quem era ele. O interlocutor recitou-lhe um soneto de Augusto, e Bilac, dando de ombros, jogou sua pá-de-cal: “Se o que escrevia era isso, não se perdeu grande coisa”.

Parece difícil conceber dois poetas mais diferentes, mas ninguém é tão diferente que não-pegue-nem-uma-letra. Augusto era da geração pós-Bilac, e ávido leitor de poesia. Pelo menos um tema (e um tema íntimo, delicado) era comum aos dois: o tema da impotência da fala, da incapacidade de exprimir os pensamentos e sentimentos mais intensos. Um dos poemas mais famosos do Rei dos Parnasianos é o soneto “Inania Verba”: “Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava / o que a boca não diz, o que a mão não escreve? (...) O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava; / a Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...” O jogo de polaridades e antíteses, um dos fortes de Bilac, poucas vezes foi tão belo quanto aqui. E ele próprio talvez lesse com perplexidade mas com respeito versos como os de Augusto em “A Idéia”, a qual vem, “tísica, tênue, mínima, raquítica; / quebra a força centrípeta que a amarra / mas de repente, e quase morta, esbarra / no mulambo da língua paralítica!”


carioca Olavo Bilac - nasceu em 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro, e faleceu no dia 28 de dezembro de 1918 no mesmo Estado

(...)

LEIA O RESTO EM BRÁULIO TAVARES

29 de março de 2009

*greve - Jornal O Povo impede acesso de jornalistas


O Povo - Momento em que Déborah Lima é barrada | imagem: Sindicato dos Jornalistas do CE

27/03/2009

O desrespeito do jornal O Povo aos representantes dos jornalistas tem ultrapassado o limite do bom senso. Depois de sucessivos impedimentos de acesso de dirigentes sindicais ao jornal, embora a Convenção Coletiva de Trabalho assegure o livre ingresso aos locais de trabalho, O Povo barrou, na última segunda-feira, dia 23, uma comissão que desejava fazer uma visita à ombudsman Rita Célia Faheina.

O diretor administrativo-financeiro do jornal, Edson Barbosa, não permitiu a entrada das jornalistas Déborah Lima e Ângela Marinho e sugeriu que elas mantivessem contato com a ombudsman por telefone, mesmo esta tendo autorizado o ingresso. Para ser ouvida pela comissão, Rita Célia teve de se deslocar de sua sala até a área externa da empresa.

“Todo leitor tem acesso livre à ombudsman. Por que nós, que fomos saber dela qual o retorno para um direito de resposta reivindicado, não podemos ter o mesmo acesso?”, questiona a coordenadora do Departamento de Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Jornalistas, Ângela Marinho. “Essa é uma questão muito grave porque o diretor administrativo-financeiro chegou a desautorizar a própria ombudsman”, acrescenta a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Déborah Lima.

CONFIRA O RESTO DA MATÉRIA NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DO CE

*opinião - O povo não decide nada - Val da Costa


Teatro do Oprimido (TO), uma semana depois do protesto, encenando o momento em que uma das estudantes foi agredida pelos policiais | imagem: Leidiane Alves

Por Val da Costa*

Um adendo ao caso do descaso aos usuários de transportes coletivos em Campina Grande-PB. Para quem não ouviu falar, no início desse mês uma liminar baixou do céu nas cabeças preocupadas dos usuários de ônibus na cidade. Isto causou revolta, protestos e muita confusão. De um lado, os empresários justificando que usaram do recurso da Justiça porque há muito tempo não se aumentava a passagem. Do outro, os estudantes, que apanharam da Polícia por defender seus direitos de protestar contra um abuso autoritário.

O protesto do aumento da passagem foi teatralizado em pleno centro de Campina na semana passada. Nas ruas, os estudantes somaram mais de mil, de várias escolas e universidades. Mesmo assim, o poder do dinheiro, da "cega" Justiça e da violência foram, unidos, mais fortes. De bandeiras e faixas em punho, com palavras perigosíssimas exigindo direitos, que representavam uma “ameaça a paz e a ordem da sociedade”, os estudantes foram agredidos pela Tropa de Choque da Policia Militar. As agressões foram registradas pelos estudantes, que não cochilam depois dos celulares com câmeras.

A Polícia Militar, em seu constante e repetitivo corporativismo, não é a única instância que desconsidera o direito ao protesto, neste caso de Campina Grande. A Justiça, em suas vestes de carrasco “igualitário”, não quis nem saber de consultar algum representante ou instituição representativa do povo. Pra quê? O povo não decide nada, a Justiça sim, decide tudo. Decide até nas surdinas, se assim ela achar relevante.

Vejam vocês como não vivemos em democracia nenhuma e como o povo não decide nada. O episódio ocorrido com esses estudantes deixou, passado uma semana do fato e nenhuma alteração no preço (que subiu mesmo de R$ 1,55 para R$ 1,70), uma sensação de negligência ao direito de opinar. Uma coisa simples, parte de qualquer democracia, afinal tudo começa por este gesto primeiro da comunicação, a fala.

Mas é difícil aceitar os contrapontos da vida. Principalmente se a pessoa é policial ou juiz. Só que o povo não pode desistir de gritar quando pisam em seus calos. Embora muitos sejam secos, todos doem, quando remoídos nos conceitos de “ordem e progresso” às avessas que a Polícia impõe. Outros direitos já foram abandonados e passam despercebidos, como este, que os estudantes tentaram recuperar.

Democracia? - No Orkut da estudante Leidiane Alves, a gente pode perceber o despreparo da Polícia ao abordar um cidadão comum. Apesar de indignado por ter sido excluído da democracia, onde se decidem as ações que recaem sobre a sociedade em coletivo, os protestantes eram apenas civis, desarmados e sem fichas criminais.

Respeito? - Os policiais estavam com armas carregadas e engatilhadas, como se estivessem a desfilar com brinquedos, com aquele ar de criança “pequeno burguesa” que morre de feliz ao ganhar um revólver de plástico pra oprimir os outros. “Um deles chegou a deixar a arma cair no chão, os protestantes pisaram em cima do revólver e muitos com medo da arma disparar”, disse o representante do Centro Universitário de Cultura e Arte – Cuca de Campina, Ítalo Jones.

Depois dessa poeira levantada, que impressão tiramos da segurança pública do Estado? Ao partir pra cima de protestantes que não estavam quebrando nada, nem a tradicional fogueira de pneus foi feita no meio das ruas, eles foram truculentos. O protesto, ao meu ver, estava pacífico e até brincalhão, somente pra reivindicar o direito de opinar sobre a decisão da Justiça. Em nenhum momento a violência era necessária. Mas o que esperar de quem bomba demais os músculos e menospreza a força do cérebro?

*Val da Costa é jornalista, defensora do direito à fala, mesmo num mundo sem boca.

27 de março de 2009

*ambiente - apague a luz e resfrie a Terra




DIVULGAÇÃO - o site da campanha
tem banners, assinaturas de e-mail
e contadores pra se colocar nos sites e blogs



Pela primeira vez um movimento mundial de alerta contra o aquecimento global está conseguindo mobilização acelerada. A WWF Brasil, com mais de 10 anos atuando na conservação da natureza, criou a campanha que está fazendo a cabeça de todos, a Hora do Planeta 2009. Conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa pra entender e conter as mudanças climáticas. Amanhã, dia 28, às 20h30, você é convidado a apagar as luzes de sua sala pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.

Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, a Hora do Planeta pretende atingir 1 bilhão de pessoas em mil cidades ao redor do mundo neste ato simbólico histórico pelo futuro da Terra.

Criada como um gesto de engajamento, no qual cada um deve fazer a sua parte para um futuro melhor, a campanha expressa nossa paixão pelas pessoas, pela solução, pela conservação do planeta, e principalmente, pelo futuro e pela vida.

Não se esqueça que 2009 vai ser um ano crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para que se mantenha o aquecimento global abaixo dos 2º C. Será um ano de mobilização para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.

WWF Brasil - Desde 1996, a organização não-governamental de Brasília (DF) se dedica à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

Participe!
Apague as luzes por 60 minutos!

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Fonte: MaraCatu Weblog

*comunicação - Campanha contrária a Conferência de Comunicação


Selo da campanha promovida pela Fenaj

Por Laurindo Lalo Leal Filho*

Bastou o governo confirmar a Conferência Nacional de Comunicação e a campanha contra começou. E a ordem veio de cima, bem de cima: da associação internacional dos donos da mídia no continente, conhecida pela sigla SIP (Sociedade Interamericana de Prensa).

No Brasil, comunicação sempre foi um não-assunto. Contam-se nos dedos os jornais que, em algum momento, abriram espaço para uma reflexão crítica a respeito do próprio trabalho. Para o rádio e a televisão dispensam-se os dedos, não há autocrítica. Se do conteúdo informativo pouco ou nada se fala, sobre as lutas de seus trabalhadores o silêncio é total. Lembro uma campanha salarial liderada pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná que espalhou outdoors por Curitiba com a frase "a nossa dor não sai nos jornais". Naquela época, anos 1980, as dores de outras categorias até apareciam em algumas páginas, menos a dos jornalistas.

E os jornalistas, além das suas dores e angústias profissionais, têm muito a falar sobre a sociedade e os meios de comunicação. Muito mais do que seus patrões permitem. Claro que há jornalistas e jornalistas, como lembrou em artigo exemplar nesta página Marcelo Salles. São, de um lado, os que estão comprometidos com as imprescindíveis e necessárias transformações sociais e, de outro, os ventríloquos dos que lhes pagam altos salários no fim do mês. A maioria ganha pouco, trabalha muito e tem que ficar quietinha cumprindo as pautas determinadas pelos interesses empresariais.

Essa divisão se já era bem nítida, agora escancarou-se diante da anunciada realização da Conferência Nacional de Comunicação, reivindicação histórica de vários setores da sociedade. Bastou o governo confirmar o evento, a campanha contra começou. E a ordem veio de cima, bem de cima: da associação internacional dos donos da mídia no continente, conhecida pela sigla SIP (Sociedade Interamericana de Prensa).

A entidade se diz preocupada "porque os debates (na Conferência) serão conduzidos por ONGs e movimentos sociais que pretendem interferir no funcionamento da imprensa". Expressão que pode ser traduzida pelo temor diante da possibilidade de um debate mais sério e aprofundado sobre o pensamento único imposto pelos grandes meios de comunicação aos nossos países. Afinal, debates como o proposto podem conduzir a ações práticas, capazes de impor limites a esse poder incontrolado.

Do lado patronal dificilmente sairia posição diferente, afinal estão defendendo interesses de classe seculares. O triste é constatar que enquanto centenas de trabalhadores da mídia mobilizam-se em todo o Brasil a favor da realização da Conferência, uns poucos jornalistas e radialistas, agem em sentido contrário. Caso emblemático é o de um âncora e de uma repórter da rádio CBN que usaram longos minutos da programação para ecoar pelo país as posições dos seus patrões.

Usavam o velho procedimento dos comunicadores populares, decodificando para grandes audiências as concepções ideológicas de quem lhes paga os salários. Esbanjando informalidade, usando a ridicularização como arma, eles levam ao ouvinte as mesmas idéias que os jornais apresentam de forma mais elaborada, nos editoriais ou nas colunas dos seus articulistas. Colaboram, dessa forma, para popularizar as idéias da classe dominante tornando-as dominantes em toda a sociedade, como já notava aquele pensador do século 19, cada vez mais atual.

Mas há resistência. Rapidamente os sindicatos dos jornalistas do Distrito Federal e do Estado do Rio de Janeiro foram a público repudiar a posição da SIP e dos seus porta vozes nacionais. Os jornalistas do DF através de sua entidade perguntam "O que pretendem os grandes empresários da comunicação? Pressionar o governo para retirar o apoio à Conferência, facilitando assim a manutenção intacta dos oligopólios que dominam, e que manipulam a informação, em detrimento do interesse público".

E os fluminenses afirmam: "A nossa entidade não pode silenciar diante do posicionamento pouco democrático manifestado pela SIP. É preciso deixar bem claro que o patronato mente quando diz que defende a liberdade de imprensa, pois está, isto sim, defendendo de fato a liberdade de empresa, que não aceita a ampliação dos espaços midiáticos a serem ocupados pelos mais amplos setores representativos do povo brasileiro, como são os movimentos sociais".

Apesar das pressões, não há dúvida que a Conferência vai sair. Pelos estados já se realizam conferências regionais preparatórias para o encontro nacional marcado para o começo de dezembro, em Brasília. Diante do fato irreversível, as entidades patronais tentam impor suas pautas ao debate. Segundo a Folha de S.Paulo, para Paulo Tonet, da Associação Nacional de Jornais, discutir monopólio e propriedade cruzada é um retrocesso. Para ele o tema tem que ser "conteúdo nacional e igualdade de tratamento regulatório".

Mais uma frase que precisa tradução: ele quer dizer que a Conferência só deve tratar dos interesses das empresas de rádio e televisão, preocupadíssimas com a entrada no mercado de radiodifusão das operadoras de telecomunicações.

E parte para o sofisma ao chamar de retrocesso a discussão em torno do monopólio e da propriedade cruzada dos meios de comunicação, sem dúvida a maior chaga existente na comunicação social brasileira. Não há como democratizá-la sem que se enfrente com determinação esse obstáculo.

O tema geral da Conferência será "Comunicação: Direito e Cidadania na Era Digital". Amplo o suficiente para caber tudo. Daí a importância da mobilização nacional, necessária para impedir que os interesses empresarias da mídia se sobreponham aos da sociedade. Conferências de outros setores, como saúde, educação e direitos humanos, por exemplo, tem sido decisivas para o encaminhamento das respectivas políticas públicas. A da comunicação não pode fugir à regra.

* Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP e da Faculdade Cásper Líbero. É autor, entre outros, de A TV sob controle A resposta da sociedade ao poder da televisão (Summus Editorial).
(Envolverde/ Agência Carta Maior)

25 de março de 2009

*opinião - Democracia radical - Rodrigo Manoel


ILUMINISNO | imagem: Google

Rodrigo Manoel Dias da Silva*

Apresentaremos uma breve discussão sobre a condição da democracia na atualidade, sobretudo desde dois conceitos elaborados por Laclau e Mouffe (LACLAU, MOUFFE, 1987; LACLAU, 2006; PINTO, 2004a e 2006): o de “significante vazio” e o de “paradoxos da democracia” pretensiosamente articulados com uma radicalização da democracia, os quais sob nossa leitura apontam elementos significativos para refletirmos sobre a atualidade da questão política no Brasil.

O declínio das metanarrativas narrados por Lyotard (2002) significou, guardadas as devidas proporções, o declínio daquelas perspectivas antagônicas do social, vigorando uma situação nova de instabilidade que sugere novos e instáveis espaços da política, submetidos a constantes deslocamentos e requer um incessante processo de redefinição.

Desde tal constatação, os autores defendem dois pontos base: a negação de um espaço político unificado e a pluralidade e a indeterminação do social - tais pontos convergem para uma leitura pós-estruturalista da política desde Laclau e Mouffe (1987). Assim a política não está localizada em apenas um âmbito (esfera pública, arena política ou outra condição coletiva universal), mas definida e articulada a um campo de antagonismos, isso fica visível quando os autores mencionam Foucault, em sua clássica expressão, “en todo lugar donde hay poder hay resistencia” (LACLAU, MOUFFE, 1987: 171).

Portanto, se a democracia radicaliza-se e desloca-se para as esferas culturais, faz-se possível verificar uma lógica de equivalência entre os distintos discursos que a constituem, porque, por exemplo, com o advento do feminismo há um deslocamento no interior do discurso democrático do campo da igualdade política entre os cidadãos para o terreno da igualdade sexual. E é precisamente neste deslocamento para as matizes culturais que a democracia radicaliza-se, dissemina-se e pulveriza-se em novas relações sociais.

Ao radicalizar-se um outro conjunto de formas de subordinação assumem relevo, devido a novos antagonismos oriundos desta democracia (LACLAU, MOUFFE, 1987:181):

De ahí la multiplicidad de relaciones sociales que pueden estar en el origen de antagonismos y de luchas: el habitat, el consumo, los diferentes servicios, pueden todos ellos constituir terrenos para la lucha contra las desigualdades y para la reivindicación de nuevos derechos.


Este deslocamento altera as delimitações entre o público e o privado, mesmo sabendo que analisam desde um Estado de Bem Estar Social, o que geram novas formas de intervenção estatal, promovendo novos antagonismos. Neste sentido, tal deslocamento promove um efeito ambíguo: por um lado, amplia o caráter do espaço político ao radicalizar a democracia, por outro, cria novas formas de subordinação, o que, por si, evocaria para a emergência de novos sujeitos políticos.

De fato, os antagonismos novos são a expressão de resistências, dentre outros fatores, à homogeneização crescente da vida social estimulando uma certa proliferação de particularismos e redefinem a busca por autonomia destes próprios sujeitos, porque, se por uma perspectiva moderna a democracia assentou-se no princípio da igualdade, ora a liberdade adquire estatuto diferenciado na democracia.

Porém, este sujeito político que radicaliza o discurso democrático parte, conceitualmente, e aqui talvez uma similitude a Hall (2006), de uma renúncia da categoria sujeito como uma entidade unitária e, no mesmo movimento, abre caminho para o reconhecimento da especificidade dos antagonismos constituídos desde diferentes posições de sujeito e, de tal sorte, a um possível aprofundamento de certa concepção pluralista e democrática (Laclau, Mouffe, 1987). Assim, (LACLAU, MOUFFE, 1987:215):

El discurso de la democracia radicalizada ya no es más el discurso de lo universal; se há borrado el lugar epistemológico desde el cual hablaban las clases y su sujetos universales, y ha sido sustituido por una polifonía de voces cada una de las cuales construye su propia e irredductible identidad discursiva.


Nesta relação radicalizada de democracia enquanto polifonia de vozes, talvez identificada com a noção de dissenso de Lyotard, remete ao conceito de “significante vazio”, ou seja, “quando um significante perde sua referência direta a um determinado significado” (LACLAU, 2006:25).

Mais especificamente, refere-se à democracia, a qual, pelo menos pela leitura que prioriza o consenso, que possui internamente inúmeros elementos heterogêneos entre si, porém não tem um significado preciso, tende a unificar uma multiplicidade de processos sociais sobre o mesmo nome – o que lhe esvazia a significação.

Desde um outro registro, poderíamos acrescentar que este esvaziamento dos significantes da democracia, decorrente por certo de sua impossibilidade de generalização, provavelmente remete a conceitos paradoxais de democracia, uma vez que a mesma desloca-se para locais de enunciação distintos (PINTO, 2006). Nesta direção, a autora (PINTO, 2004a) revela-nos os três paradoxos da democracia, pautados em precisa leitura de Chantal Mouffe, a saber: a incompatibilidade na relação entre igualdade e liberdade, a atual condição da democracia na ausência de “inimigos” legítimos e a (provável?) crise da representatividade na democracia.

Mouffe (in PINTO, 2006) estabelece, o que seria o primeiro paradoxo, a impossibilidade de convivência de seus princípios constitutivos, quais sejam: a igualdade e a liberdade e que, ao mesmo tempo, a democracia é uma constante negociação-tensão entre elas. Do contrário, uma larga presença de ambas seria uma idealização, por isso, mesmo frente ao privilégio da igualdade nos discursos modernos, os discursos pós-estruturalistas estão preocupados com a liberdade. A expressão “terceira via” tal como escrita por Giddens, ou sua faceta contemporânea expressa no terceiro setor (ONGs, sobretudo), tende não tensionar estes princípio, o que, em parte, revela a perda da natureza política da democracia (PINTO, 2004a:22).

Um segundo paradoxo, sinteticamente, introduz que: até vinte ou trinta anos atrás, a democracia estava permanentemente sob ameaça, ao passo que, hoje a mesma vive tempos de estabilidade, pois ninguém é capaz de contestar a democracia a favor de regimes autoritários. Mas, cabe mencionarmos que, enquanto valor a ser defendido, na América Latina, a democracia surgiu nos anos de 1960/1970 em oposição às ditaduras militares vigentes. O paradoxo demonstra que, mesmo frente a sua ausência de opositores, a democracia vê diminuída sua capacidade de gerir a crise social em que se encontra (idem, p.27).

O terceiro paradoxo refere-se à dificuldade da democracia em construir interesses gerais (idem, p.29) de modo que a própria representação vê-se sem representatividade. Oportunamente, diria que o paradoxo em tese quer dizer que as diferenças manifestas ou representadas politicamente na esfera pública, acabavam por ter sonegado seu potencial propriamente político, uma vez que diferença assumia condição de coesão (PINTO, 2004b). Com isto, não se pretende igualar as condições de representantes ou representados, apenas ressaltar que seus discursos partem de lugares distintos, pois: “A idéia de separação entre representantes e representados é fundamental para que se possa, inclusive, delimitar o espaço da política; sem ela esse espaço simplesmente não existiria” (PINTO, 2004b:106).

Estes paradoxos são o próprio lugar da democracia na contemporaneidade. Na próxima e última seção textual, exploraremos a condição da política no Brasil em tempos de multiplicação da idéia de crise e apologia à corrupção como metáfora deste tempo.

(...)

*Mestrando em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Bolsista CAPES.

24 de março de 2009

*greve - depois de décadas, jornalistas cruzam os braços no CE


Polícia para quem precisa? - imagem: Google

24/03/2009 | 01:22

Na manhã desta segunda-feira (23), novamente um forte aparato repressivo com contingentes da polícia militar e segurança privada recepcionaram os jornalistas e quem mais passasse em frente ao jornal O Povo, em Fortaleza. É assim que os patrões e agentes de segurança pública se comportam diante do legítimo e legal direito de greve dos trabalhadores no Ceará. A greve só começou às 17h45, porque o patronato manteve a postura mesquinha de negar 1,02% de aumento real nos salários. Nova tentativa de mediação do conflito será realizada na Secretaria Regional do Trabalho às 16h desta terça-feira (24).

Já às 07h15, um caminhão do batalhão da Polícia Militar com capacidade para 70 homens, 4 viaturas com 18 PMs, além de 10 seguranças privados, protegiam o patrimônio do jornal O Povo em suas proximidades. Durante a manhã, dirigentes sindicais, inclusive a presidente do Sindicato dos Jornalistas e diretora da FENAJ, Déborah Lima, que é funcionária do jornal, foram impedidos de entrar na empresa. Quando conseguiram entrar e serem atendidos pela ombudsman Rita Célia Faheina, a quem tinham pedido direito de resposta a uma matéria veiculada pelo jornal com informações distorcidas sobre o movimento, os sindicalistas foram expulsos pelo diretor administrativo da empresa, Edson Barbosa.

Nos conformes da lei, os Sindicatos dos Jornalistas e Gráficos deram publicidade à deliberação de suas categorias com 72 horas de antecedência e mantendo-se dispostos ao diálogo. E foram surpreendidos por um “interdito proibitório”, ou seja, foi concedida uma liminar aos patrões impedindo os trabalhadores de fazerem piquete na porta do jornal, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia às entidades. “É vergonhoso, os patrões pagam R$ 12 mil por dia para a segurança privada, mas negam R$ 12,59 a mais por mês nos salários de seus funcionários”, indignou-se Déborah, recordando que o faturamento publicitário dos jornais cresceu 9,8% em 2008, mas que os jornais O Povo e Diário do Nordeste não querem dar 1,02% de reajuste a gráficos e jornalistas.

Na tarde desta segunda-feira, dirigentes sindicais deram plantão no Ministério Público do Trabalho, buscando a mediação para prosseguir no diálogo com o patronato. Determinados na defesa dos interesses de seus representados, não arredaram pé do MPT até conseguirem uma audiência de conciliação com os patrões para as 16h desta terça-feira.

Apoiando o movimento dos jornalistas e gráficos, a CUT/CE busca contato com o governo do estado. Quer que o governo se abstenha de intervir no conflito, não envolvendo as forças de segurança pública numa disputa entre trabalhadores e empresas privadas. “É inaceitável que em vez de proteger a população contra a violência crescente do dia-a-dia o estado se disponha a reprimir trabalhadores”, protestou a presidente do Sindicato dos Jornalistas, lembrando que o movimento é pacífico e inserido no contexto das relações trabalhistas.

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fonte: Sindicato dos Jornalistas do CE

23 de março de 2009

*opinião - Natural não! Habitual! - FRANCISQUINI


CARA DE MAU: as pessoas usam máscaras, se mostram ser pessoas educadas não pelos modos, mas pelos trages. Na verdade, na mente deles, não tem um pingo de educação... você não escuta um 'bom dia' sequer - fala de um morador de rua


Maria Francisquini*

Estamos descobrindo que muitas das verdades que considerávamos incontestáveis, são mentiras, e que valores básicos de ética que assimilamos ao longo da vida, estão ultrapassados ou extintos.

É cada vez mais predominante o desleixo por valores éticos, que fica parecendo que se busca justamente a extinção desses conceitos como balizadores do comportamento humano.

Agir de maneira egoísta, mal educada, com total grosseria nos nossos atos e nas nossas falas está se tornando tão habitual, que quase nos convence que tudo isto é natural, que estas são as maneiras certas de agir.

Fica parecendo que o errado passou a ser certo, que conceitos básicos de cidadania, de respeito pelo outro, de boa convivência social, são antinaturais.

Que é natural ser desonesto, agir com total falta de respeito por quem quer que seja, sair gritando e esbravejando por qualquer coisa, ou começar uma briga pelos mais insignificantes motivos. E isto tantas vezes nos deixa com uma desagradável sensação de que estamos ultrapassados, que os valores que norteiam a nossa vida são obsoletos.

Ser mal educado, maltratar o outro, enganar, ser 'esperto' é mais importante.

Levar vantagem sempre, em qualquer circunstância (mesmo quando sabemos que estamos errados!), não aceitar levar 'desaforo', cultivar o egoísmo, ser arrogante, ostentar uma falsa aparência!

Não ser sincero, e se aproveitar de todas as maneiras possíveis de quem se atrever a ser correto. Nunca ser gentil e muito menos educado, para não fazer papel de bobo, para não ser passado para trás.

Ter ambição, não a saudável que nos impulsiona e nos faz ultrapassar os obstáculos que surgem, mediante o nosso esforço e mérito, mas a ambição doentia, que nos faz procurar sempre o caminho mais fácil, mesmo que seja um atalho ilegal e desonesto.

Cada vez mais se cultiva a cultura de que para crescer na vida preciso pisar nos outros, usar as pessoas do nosso convívio como degrau para a nossa subida.

Pessoas com este perfil se apegam a uma velha, mas sempre presente frase absurda que diz que 'os fins justificam os meios'.

São tantos atos insistentemente repetidos, todos os dias, por um número assustadoramente crescente de pessoas, que apesar de assustarem, de causarem tanta indignação e mal estar, são tão bem assimilados e rapidamente espalhados na convivência social atual.

É tão comum pessoas demonstrarem tanto espanto com alguns (muitos) acontecimentos que tomam conhecimento, expressam imensa indignação diante de certas atitudes que presenciam, mas ao mesmo tempo, não fazem nada para mudá-los, muito menos para impedir muitos deles.

O que se vê inúmeras vezes é a facilidade com que protagonizam estas mesmas situações que criticaram, assimilam e incorporam na própria vida, comportamentos que tantas vezes até mesmo condenam no outro.

Como fica mais cômodo e conveniente, passam inclusive a fazer de conta que é natural agir assim! E se empenham em convencer um número cada vez maior de pessoas a agirem da mesma forma, se deixando levar pela insensata maneira de viver e conviver que tanto mal acarreta, nos deixando com uma desconfortável sensação de medo, de indignação e de preocupação, no que diz respeito aos caminhos que têm tomado o nosso mundo.

Qual destino chegaremos, se insistirmos em ignorar valores éticos básicos e imprescindíveis para a boa convivência humana?

*Psicóloga
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Colaboração: Centro de Estudos Políticos, Econômicos e Culturais (Cepec)
cepec.org1@gmail.com

22 de março de 2009

*Seridó - Adeus a boa parte de nossa história - WANDERLEY FILHO


MEMÓRIA - Ulisses partiu ao 85 anos; era conhecido como “coração de aço”

Por Wanderley Filho*

Não poderia deixar de escrever sobre as perdas vividas pelo povo parelhense em menos de um mês. Neste pequeno intervalo perdemos os dois maiores historiadores que o município já conheceu. Um deles era Ulisses Bezerra Potiguar, que morreu no último dia 15 deste mês, conhecido não só por sua história política, mas por sua grande intelectualidade.

Já o outro conterrâneo ao qual me refiro teve tanta importância para o município parelhense quanto o ex-deputado Ulisses Potiguar, mas sua morte teve uma diferente repercussão. Estou me referindo ao escritor Anastácio Pereira, que morreu aos 95 anos de idade, no dia 21 de fevereiro passado, mas até agora, nem todo conterrâneo sabe.

“Dr. Ulisses”, o homem que era chamado de “coração de aço” por ter suportado vários problemas cardíacos, partiu aos 83 anos de idade e com um currículo de 54 anos de vida pública. Foi vereador, vice-prefeito de Parelhas, deputado estadual e federal, além de suplente de senador. Uma carreira dividida com a profissão de médico, a qual exercia realizando consultas gratuitas em sua casa.

Este humanista seridoense era também um conhecedor da história de sua terra natal. Numa biblioteca guardava arquivos e mais arquivos que escrevia sobre os fatos locais. Tive o prazer de entrevista-lo algumas vezes e recordo que era um daqueles poucos entrevistados com os quais, nós jornalistas, não conseguimos ser objetivos. O “velho Potiguar” era um mestre da oratória e deixava sempre a vontade de perguntar mais.

Mesmo quando não era mais candidato a cargos eletivos, Ulisses Potiguar nunca deixou de fazer política. Apoiava os candidatos de sua base aliada (DEM). Disse pra mim uma vez que era um homem fiel ao partido e que nunca deixaria de apoiar os candidatos do grupo, independente de quem fossem eles. Bem humorado, falava, muitas vezes, de seus adversários de forma irônica, mas nunca com ódio, mesmo se recusando a dizer que pertencia ao DEM, mas sim ao PFL.

Por ter sido um homem público, a morte de Ulisses Potiguar foi rapidamente divulgada em vários veículos de comunicação do Rio Grande do Norte. Mas há em nossa terra gente que não sabe nem quem foi este importante homem, mas provavelmente conhece um de seus contos.

Serpente - Mas não foi ele o criador da história “A Serpente Transformada em Montanha”, na qual a nossa serra do açude Boqueirão de Parelhas é, na verdade, uma serpente adormecida. O autor dessa engraçada narrativa foi o engenheiro agrônomo Anastácio Pereira. Ele publicou ainda “O Alto da Careta”, “O lugar das Parelhas”, “Meus Cadernos – Parelhas do Major Antão” e várias poesias. Muitas de suas obras eram referentes à nossa cidade. Era um apaixonado por esta terra e também um grande pesquisador de nosso passado.

Anastácio – Anastácio chegou a exercer cargo de chefia na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e participou de vários projetos de combate a seca, ocupando vários cargos governamentais em sua carreira. Outra paixão de seu Anastácio era a astronomia. Possuía um telescópio em casa e convidava as pessoas para conhecerem mais sobre o sistema solar em sua própria casa.

“Dr. Anastácio” partiu e já há algum tempo não possuía mais saúde para continuar suas pesquisas e obras literárias. Talvez por isso não foi lembrado como “Dr. Ulisses” em sua morte. Os dois eram amigos. Dividiam conhecimentos. Infelizmente Parelhas perdeu os maiores pesquisadores de sua história num intervalo de apenas três semanas. Estamos órfãos intelectualmente. Um pedaço de nosso passado nunca mais voltará.

Seguidores – Os fatos históricos da nossa cidade ficarão por conta de outros historiadores idosos. Atualmente, são poucos os que se dedicam aos acontecimentos de Parelhas que ficaram para trás. Ainda em vida temos o senhor Aldo Medeiros, que é contemporâneo de Ulisses Potiguar e que também estuda a história da cidade. Mas ele mora em Natal.

Temos também Badóglio Araújo, um dos primeiros radialistas do nosso município. Infelizmente o nosso Badóglio encontrasse numa UTI, vítima de um AVC. Torcemos para que ele possa se recuperar e nos passar aquilo que ainda precisamos aprender sobre nós mesmos. Fica aqui o desejo de que outros pesquisadores dedicados ao nosso município possam surgir para que o nosso passado não seja apenas uma página esquecida no tempo.

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*Wanderley Filho é jornalista e empreendedor da TV Seridó . contato@tvserido.com

*seminário - A CIDADE DE AREIA-PB NO PROGRAMA MONUMENTA





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colaboração: Sebrae-PB

20 de março de 2009

*mobilização - II Festival da Juventude Paraibana - hoje em Cabaceiras-PB



Com ênfase cultural, mobilizadora das diversas expressões juvenis do Estado da Paraíba, vai ser aberto hoje, às 20h00, na cidade de Cabaceiras, Cariri praibano, o II Festival da Juventude Paraibana. É uma ação educativa e acontece até o próximo domingo, com atividades durante todo o dia pra cerca de 300 participantes. O evento é promovido pela Rede de Jovens do Nordeste e conta com o apoio de vários parceiros, entre eles o Centro de Ação Cultural (Centrac) e o Programa Mercosul Social e Solidário (PMSS).

Rodas de diálogo, apresentações teatrais ao ar livre e oficinas sobre temas como políticas públicas para a juventude, participação política da juventude, diversidade cultural e identidades juvenis. Todos os eventos vão acontecer nas escolas municipais Abdias Aires e Maria Neuly Dourado e no Arraial Popular Liu dos 8 Baixos, no centro da cidade.

Criar um espaço concreto de participação, interação, formação, fomento cultural, política e de construção coletiva de conhecimento entre jovens, do campo e da cidade, sobre as demandas e as especificidades da juventude paraibana. É o longo e construtivo objetivo do Festival. Segundo os organizadores, três princípios darão o tom das atividades realizadas no período do evento, cultura, mobilização e política.

A Associação de Juventude pelo Resgate da Cultura e Cidadania (AJURCC) é um das entidades que está a frente do evento e conta com o apoio do CENTRAC. Jovens e educadores das áreas rurais e urbanas, das classes populares, ligados aos grupos, entidades e movimentos juvenis paraibanos, estão convidados.

O que é a Rede de Jovens
Articulação de juventude formada por organizações, entidades e grupos do Nordeste, que se articula em núcleos com nove representantes e cada Estado constitui um núcleo. A organização da rede é interna, baseada num modelo horizontal onde não existe hierarquia, tudo decidi-se coletivamente. A RJNE surgiu em 1998, a partir de urna articulação entre jovens dos estados de PE, PB e RN. Quando voltaram da escola latino-americana de Lideranças Juvenis, em novembro de 1997, no México, começaram a formar uma articulação de jovens que discutisse e pautasse a juventude nordestina.


CABACEIRAS - terra de paisagens rochosas, como o lagedo Pai Mateus | imagem: APN - Google

A RJNE da PB surge como uma das pioneiras no nordeste brasileiro. Esteve e está articulada em quatro sub-núcleos, Litoral, Borborema, Brejo e Cariri.

PROGRAMAÇÃO
Hoje, 20

16h00 às 18h00: credenciamento;
19h00: Mística de acolhida e apresentação das organizações e abertura oficial;
20h30-23h00: Mostras de cinema e teatro;

Sábado, 21
8h00–12h00: Atividade cultural, roda de diálogo: “Desenvolvimento juvenil na Paraíba”;
13h00-19h00: Oficinas;
20h30-23h00: Noite cultural

Domingo, 22
8h00–12h00: atividade cultural, plenária, apresentação das oficinas;
13h30-15h00: encaminhamentos sobre o festival regional, ato público, encerramento;

OFICINAS TEMÁTICAS
Participação política da Juventude:
1-Fórum de juventude;
2-Conselhos de Juventude;
3-Movimentos juvenis na Paraíba;

Políticas públicas de Juventude:
1-As políticas públicas de juventude na Paraíba;
2-Avaliação dos programas de juventude;
3-Dialogando experiências de políticas públicas de juventude;
4- Juventude e convivência com semi-árido paraibano.

Diversidade cultural:
1-O Cordel e a cultura popular;
2-Teatro do Oprimido;
3-Grafite;
4-Danças Circulares.

Identidades Juvenis:
1-Gênero e diversidade sexual;
2- Juventude, raça e etnia: "Você ri da minha roupa; Você ri do meu cabelo; Você ri da minha pele; Você ri do meu sorriso"

CONTATOS RJNE
Cariri (Cabaceiras) | Atiará – Kleiton Albuquerque | (83) 3356-1037 / jkmalbuquerque@hotmail.com

Borborema (Campina Grande) | AJURCC - Hélio Barbosa | (83) 3314-1566 / helioajurcc@hotmail.com

Litoral (João Pessoa) | ASTEIAS – Renildo Moraes | (83) 8831-1595 / asteias@yahoo.com.br

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colaboração: Áurea Olimpia, do Centro de Ação Cultural (CENTRAC)/ comunicacao@centrac.org.br
83.8829.7621 / aureaolimpia@centrac.org.br

19 de março de 2009

negros* - CONTANDO SUA HISTÓRIA - Tiago de Melo Gomes


FORÇA - quilombolas de Jardim do Seridó-RN | Imagem: Nilson Meira

Esse artigo
também tem a ver
com a Imprensa Negra,
mas dos anos de 1920.


Negros Contando (e Fazendo) sua História:
Alguns Significados da Trajetória da Companhia Negra de Revistas (1926)


*Tiago de Melo Gomes

Resumo
No segundo semestre de 1926 formou-se a Companhia Negra de Revistas, reunindo músicos e artistas de renome no Rio de Janeiro e em São Paulo. A trajetória da companhia surge como sendo de grande utilidade para os historiadores interessados na consolidação de uma auto-imagem do Brasil que privilegia os aspectos “mestiços” da nação.

Primeiramente, a trajetória da companhia mostra a participação de negros como agentes de sua presença como símbolos nacionais, pois as peças da companhia valorizavam a cultura negra como cultura nacional, operação que tem sido apontada como atividade meramente de intelectuais brancos.

Além disto, mostra ainda o lado transnacional desta valorização da cultura negra ocorrida nos anos 1920. Isto se dá quando se tem em mente que no mesmo período a(s) cultura(s) negra(s) fazia(m) grande sucesso em Paris, e negros norte-americanos se exibiam por todo o período para o público brasileiro como membros de companhias de teatro francês.

A Companhia Negra de Revistas se mostra assim como um excelente ponto de partida para se repensar uma variedade de questões sobre etnicidade, nacionalidade, influências culturais transnacionais, participação popular na formação de um “caráter nacional”, cidadania, entre outras.

Palavras-chave: identidade nacional, teatro de revista, massificação cultural, relações raciais, cidadania.

ARTIGO COMPLETO

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

*homenagem - A PARADA É PURA ARTE

18 de março de 2009

*negros - DIÁLOGO SOBRE COTAS PRA NEGROS NA UFPB


imagem: Google

A proposta é dialogar com a comunidade universitária e com a sociedade em geral sobre as cotas pra negros na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O bate-papo será amanhã, dia 19, no campus de João Pessoa. Quem está realizando o evento é o Núcleo de Estudantes Negros e Negras da UFPB. O debate também acontece em memória das vítimas do massacre de Shapperville (1960 - África do Sul), e em alusão ao 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

O encontro será dividido por sessões, às 14h00 e às 19h00, no auditório 411 do CCHLA. Haverá a exibição do vídeo Programa de Ações Afirmativas: A Construção da Igualdade Racial em uma Nova Cultura Universitária (UNEB, 22m). Os debatedores são os professores Elio Flores, Waldeci Chagas e Antônio Novaes e as professoras Solange Rocha e Anória Oliveira.

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colaboração Dalmo Oliveira, do Direto do Sanhauá

17 de março de 2009

*solidariedade - DOUTORES DA BRINCADEIRA CHAMAM NOVOS VOLUNTÁRIOS


DESCONTRAÇÃO - voluntários atuam e interagem entre os doentes

Se as crianças com câncer ou com Aids pudessem escolher entre um hospital silencioso ou um com muita folia, a resposta é de se imaginar. Seguindo essa lógica, essas criancinhas loucas por brincadeiras como quaisquer outras dependeriam da sorte de estar onde um projeto de brincar atua. Em Campina Grande, há 10 anos, o projeto "Doutores da Brincadeira" realiza essa interação sempre satisfatória com a gurizada que, por algum motivo, está internada em hospitais.


A boa notícia é que esse grupo, muito procurado por estudantes universitários e cidadãos em geral, está chamando os novos voluntários desse ano. O que eles vão fazer? Aprender a fazer caretas, contar histórias, ouvir e interagir com brincadeiras com crianças doentes em hospitais. A oportunidade é pra atuar no segundo trimestre de 2009 e as inscrições são das 9h00 às 13h00 nos dias 12, 13, amanhã, dia 19, e na próxima sexta-feira, dia 20.

Podem se inscrever aposentados, trabalhadores e estudantes, a partir de 16 anos de idade. Jovens de menor idade deverão ter autorização dos seus responsáveis. O local de inscrição é na sala do Grupo de Trabalho de HUmanizAção (GTH) do Hospital Universitário Alcides Carneiro – UFCG, na Rua Carlos Chagas, s/n, bairro do São José. O interessado deve levar cópia do documento de identidade, duas fotos 3x4, e R$ 15,00 para o kit do voluntário.

O Projeto forma quatro turmas de voluntários por ano, responsáveis pelo funcionamento da Brinquedoteca da Pediatria do HUAC, alternando-se em 14 grupos distribuídos de segunda-feira a domingo, em dois turnos diários. Cada voluntário escolhe, no ato da inscrição, o seu horário disponível para tal tarefa.

Trimestral - Devido a grande procura e pra atender a toda a sociedade, o projeto Doutores da Brincadeira faz um contrato trimestral com o voluntário. Depois que termina o “contrato” trimestral de voluntariado, o colaborador recebe uma declaração-certificado de participação, importante em currículos.

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colaboração: coordenador do projeto, o psicólogo Eugênio Felipe Albuquerque Araújo
(83) 2101.5532 (manhã) | 8869.3197 | 9971.3197 | doutoresdabrincadeira@hotmail.com
FOTOLOG DOS VOLUNTÁRIOS DO PROJETO

11 de março de 2009

*cultura popular - IV Festival de Aboio homenageia vaqueiros da Paraíba


imagem: divulgação

Evento acontece em São José dos Ramos,
Zona da Mata paraibana, reunindo vaqueiros,
cantadores e grupos folclóricos da Paraíba


O Interior nordestino é rico em cantos e folclores. Todo esse explendor pode ser conferido no 4º Festival de Aboio de São José dos Ramos, evento importante pra população e visitantes entenderem os nossos costumes. Consolidado no calendário oficial de eventos da Paraíba, a festa reúne vaqueiros, aboiadores, cantadores populares e grupos folclóricos da próxima sexta-feira, dias 13, até o domingo, dia 15, na Praça Noé Rodrigues de Lima. O Festival é único no Brasil.

Além dos aboios, que é a parte mais interessante da festa, onde os vaqueiros disputam no gogó quem faz mais bonito, haverá competição de montaria, corrida e desfile de jegue, cavalgada, missa do vaqueiro e muito forró pé-de-serra para animar os participantes. O evento ainda conta com homenagens ao repentista Manoel Xudu e ao poeta popular Zé de Brito, além de um festival pra nova geração de vaqueiros.

Idealizado pela pesquisadora Laura Maurício, doutora em Oralidade e Escritura, o Festival do Aboio é uma louvação a uma tradição extremamente respeitada pelos homens do Sertão. “O sentido dessa realização é mostrar as pessoas que uma parte de nossa cultura está em extinção. O vaqueiro não tem mais os campos, o mundo da tecnologia e a nova configuração do mundo alteraram muito o ambiente de trabalho, mas o canto, o aboio, tem valor imenso pra cultura do país e do Nordeste”, defende a estudiosa.

Segundo Laura, mesmo com as tradições quase extintas por completo, alguns vaqueiros, principalmente de São José dos Ramos, continuam montados em seus cavalos e seguindo os costumes. Ela também revelou que através do Fic Augusto dos Anjos gravará um CD com canções e aboios onde cerca de 10 vaqueiros participarão. O curioso são as canções entoadas por uma vaqueira, Lila, única que se tem notícia no Estado, e por dois vaqueiros mirins que se destacam na criação dos versos.

Toada dolente - O aboio típico no Nordeste do Brasil é um canto sem palavras, entoado pelos vaqueiros quando conduzem o gado para os currais ou no trabalho de guiar a boiada para a pastagem. É um canto ou toada um tanto dolente, uma melodia lenta, bem adaptada ao andar vagaroso dos animais, finalizado sempre por uma frase de incitamento à boiada: “ei boi! boi surubim! ei lá, boizinho!”.

Esteja atrás (no coice) ou adiante da boiada (na guia) o vaqueiro sugestiona ao gado que segue tranquilo, ouvindo o canto. Existe também o aboio cantado ou aboio em versos que são poemas de temas agropastoris, de origem moura e que chegou ao Brasil, possivelmente, através dos escravos mouros da ilha da Madeira, em Portugal, país onde existe esse tipo de aboio.

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colaboração: Érica Chianca do CultPB

10 de março de 2009

*teatro - Vau da Sarapalha em três cidades paraibanas


imagem: divulgação


Os espetáculos Vau da Sarapalha e A Gaivota, já anunciados neste blog, serão apresentados não só em Monteiro, mas no Brejo e Borborema paraibanos. Quem me mandou a notícia completa foi o colega Astier Basílio.

Como dramaturgo, Astier tem mais respaldo pra apresentar essas duas peças que têm percorrido diversos palcos brasileiros. Os dois espetáculos estarão primeiramente em Bananeiras na próxima sexta-feira e sábado, dias 13 e 14. Em seguida, as peças chegam a Monteiro, no Cariri, dias 20 e 21. E por último, o espetáculo estará em Campina Grande até o final do mês.

Leiam release na integra:

O interior paraibano recebe a visita de um dos mais importantes grupos teatrais do Nordeste. O Piollin Grupo de Teatro apresentará, no Bananeiras Clube, os espetáculos Vau da Sarapalha e "A Gaivota (alguns rascunhos)". As apresentações fazem parte do projeto Piollin 30, que tem patrocínio da Petrobras. Os ingressos serão vendidos a preço popular, R$ 4,00 (inteira) e 2,00 (estudante, força de trabalho com crachá e cliente com o cartão Petrobras).

Montado em 1992 e baseado no conto "Sarapalha" do escritor mineiro João Guimarães Rosa, Vau da Sarapalha recebeu o Prêmio Shell na categoria especial em 1993, já fez mais de mil apresentações no Brasil e no exterior, sendo até hoje considerado um dos mais importantes espetáculos brasileiros realizados no final do século XX. Importantes críticos teatrais atestam o vigor e a poeticidade do espetáculo, a exemplo de Bárbara Heliodora, para quem a direção de Luiz Carlos Vasconcelos, em Vau da Sarapalha, conseguiu um feito raro.

"Por um ato de amor, de carinho com cada mínimo detalhe da obra do escritor, Vasconcelos conseguiu essa coisa rara que é a recriação, em outro veículo, de uma obra bem-sucedida no original (...)". Vau da Sarapalha, com essa direção, conta a história de dois primos refugiados numa região do sertão assolada por uma febre. Lá eles prestam contas com um passado que não teima em ser esquecido.

Participam do elenco Escurinho Servílio Holanda Everaldo Pontes, Nanego e Soia Lira. Após quase 15 anos, alguns projetos paralelos como a montagem de Woyzec – Um Brasileiro, dirigido por Cibele Forjaz e com Michel Melamed e Mateus Nachtergaele, a Piollin resolveu fazer o seu segundo espetáculo. Para esta empreitada valeu-se de um encenador convidado, o carioca Haroldo Rego.

As gaivotas – Haroldo Rego e a Piollin aventuraram-se numa releitura do clássico A Gaivota do escritor e dramaturgo russo Anthon Tchekov. O espetáculo participou em 2008 da mostra Oficial do Festival de Curitiba-PR, além de ter se apresentado em outros festivais importantes como no Riocenacontemporânea, no Rio de Janeiro e também ter se apresentado em São Paulo.

Sinopse - A Gaivota (alguns rascunhos) faz uma leitura essencial do clássico de Tchekov, utilizando 25% do texto original, dando ênfase ao núcleo principal da trama e aos conflitos centrais. Na peça, a veterana atriz Arkádina (Everaldo Vasconcelos) entra em conflito com o filho, aspirante a escritor, Konstantin (Thardelly Lima). Konstantin, definitivamente, não morre de amores pelo namorado da mãe, o escritor consagrado Trigórin (Nanego Lira), mas é apaixonado por Nina (Ana Luísa Camino) que, por sua vez, não resiste aos encantes do velho escritor.

Mas não pense que a encenação centra fogo no conflito de gerações ou nas desilusões amorosos. A direção de Haroldo Rego prima pelo minimalismo. Completa o elenco o ator Buda Lira que interpreta o irmão de Arkádina, Sórin e o médico da família doutor Dorn.

8 de março de 2009

*mulher - LOURDES CHEIRA A ARTE E HISTÓRIA - Valdívia Costa


Foto: Paraíba Mix
Texto: Valdívia Costa

Visitar Lourdes Ramalho deixa a gente com cheiro de arte e de história. Se ela convidar a ver o cantinho onde ainda produz suas peças teatrais ou seus livros de pesquisas judaicas, um quarto ao lado da sala de visitas, o perfume é essência de raiz. A professora, autora, dramaturga, pesquisadora e incentivadora das artes, mora no centro de Campina Grande-PB há décadas, mas é natural da minha terra natal, Jardim do Seridó-RN.

Sinto-me na obrigação de fazer uma apresentação dessa personagem seridoense, com jeito de serrana, hábitos de sertaneja. Olhar e pensamento afiados, de judeu, e lirismo, muita delicadeza poética na obra que já conta com mais de 100 textos teatrais. Amigos jardinenses, Lourdes precisa voltar a sua terra. Precisa se mostrar paras mulheres da cidade e dizer-lhes que elas também podem pensar e criar, como camponesas ou interioranas.

Lourdes já foi homenageada na sua Jardim do Seridó pela sua arte. Lembro saudosamente da apresentação, em frente ao antigo Centro Educacional Felinto Elísio (Cefe), da peça A Feira, da politizada Lourdes Ramalho, na década de 1990. Eu nunca tinha visto teatro na cidade. Acreditem, e eu já contava com meus 14 ou 15 anos de idade. Encenando A Feira estavam as guerreiras Maria da Luz (Neta), Aparecida e Patrícia, amigas inesquecíveis e artísticas.

Mas havia um estudante que estava antenado e que já conhecia Lourdes Ramalho, Iran. Foi Iran um dos poucos desse pequeno grupo teatral que se montou no 3º ano científico do Cefe que seguiu a carreira no grupo teatral da cidade.

Depois desta única apresentação, o grupo se enxugou mais e caiu na estrada, encenando esquetes de rua em algumas cidades e até em Jardim mesmo. Em 2002 tentei fazer um documentário cultural com Nilson Meira e o entrevistei. Iran teve que desfazer o grupo pela falta de incentivo. Não sei como está a área teatral na cidade ultimamente, mas naquele ano, não havia mais nenhum grupo de teatro local.

Refletir - Porque fazer todo esse retrocesso? Porque quero instigar nas jardinenses a vontade de mexer com arte. Quase não há mulheres artistas na cidade. Assim como estas estudantes que citei, muitas outras estão fazendo seus primeiros experimentos teatrais na escola (ou não). Mas essas adolescentes de hoje têm o que de cultura pra aproveitar em Jardim?

Assim como na maioria das cidades pequenas, Jardim está dominada pela cultura alienada de outros Estados. A música que se escuta é da Bahia ou de outro Estado qualquer que promova a cultura de massa, como o Pará, com o Calypso. Cinema não há. Teatro não há. Artes plásticas nem se cogita a possibilidade. Tenho certeza que Lourdes Ramalho iria inspirar as jardinenses, nem que fosse as pequenininhas, para a leitura.

A partir daí, o mundo artístico de uma outra jardinense seria descoberto. E as idéias, experimentos e, futuramente, produções culturais brotariam no Jardim seco e sem vida artística. Vejam algumas das produções dessa jardinense arretada...

O QUE LOURDES RAMALHO ESCREVE
A maior parte do tempo, textos teatrais. Mas Lourdes mistura, em sua prosa, poesia e ainda contempla a área da genealogia. Ela tornou-se pesquisadora de fontes históricas, interessada em descobrir as raízes judaicas da cultura nordestina e, por extensão, da sua própria família desde o início dos anos 2000.

Lourdes brincava de teatro e suas primeiras peças foram escritas por volta dos seus 10 anos de idade. Incentivada pelos tios e pela mãe, a menina Lourdes colocava no papel as falas e as ações das personagens e, em seguida, comandava os ‘ensaios’ para as apresentações. Tudo era conferido em reuniões familiares e escolares. Datam desse tempo as primeiras versões de alguns dos seus muitos textos teatrais infantis.

Algumas obras:
A Eleição
A Feira
A Mulher da Viração
As Velhas
Chã dos Esquecidos
Charivari
Corrupio e Tangará (O Pássaro Real)
Festa do Rosário
Fiel Espelho Meu
Fogo-Fátuo
Frei Molambo
Guiomar Filha da Mãe
Guiomar Sem Rir Sem Chorar
Maria Roupa de Palha
Novas Aventuras de João Grilo
O Diabo Religioso
O Novo Prometeu
O Reino de Prestes João
O Romance do Conquistador
O Trovador Encantado
Os Mal Amados
Presépio Mambembe
Uma Mulher Dama
Viagem no Pau-de-Arara

LEIAM MAIS SOBRE LOURDES!!

7 de março de 2009

*Ponto - Cuca-CG é o único Ponto de Cultura na cidade


Cuca-CG é o único Ponto de Cultura registrado no site do MinC


Na Paraíba, os Pontos de Cultura somam 15, de acordo com o gráfico do MinC e ainda temos um Pontão e seis Pontos de Rede. Não se sabe porque, mas nessa página, se vocês olharem Campina Grande, só tem o Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). Cadê os 10 Pontos de Cultura que foram inaugurados no ano passado pela Coordenação de Cultura municipal???

"O Ponto de Cultura é a ação prioritária do Programa Cultura Viva e articula todas as demais ações do Programa Cultura Viva. Iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, que firmaram convênio com o Ministério da Cultura (MinC), por meio de seleção por editais públicos, tornam-se Ponto de Cultura e fica responsável por articular e impulsionar as ações que já existem nas comunidades.

"Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país e, diante do desenvolvimento do Programa, o MinC decidiu criar mecanismos de articulação entre os diversos Pontos, as Redes de Pontos de Cultura e os Pontões de Cultura.

"O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade". Por isso, alguns pontos inaugurados no ano passado eram representados apenas por um indivíduo. "Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e a comunidade. Para se tornar um Ponto de Cultura é preciso participar da seleção por meio de edital público – até hoje a Secretaria de Programas e Projetos Culturais do MinC, que coordena o Programa Cultura Viva, já emitiu quatro editais.

"Quando firmado o convênio com o MinC, o Ponto de Cultura recebe a quantia de R$ 185 mil (cento e oitenta e cinco mil reais), divididos em cinco parcelas semestrais, para investir conforme projeto apresentado. Parte do incentivo recebido na primeira parcela, no valor mínimo de R$ 20 mil (vinte mil reais), é utilizado para aquisição de equipamento multimídia em software livre (os programas serão oferecidos pela coordenação), composto por microcomputador, mini-estúdio para gravar CD, câmera digital, ilha de edição e o que for importante para o Ponto de Cultura.

"O papel do MinC é o de agregar recursos e novas capacidades a projetos e instalações já existentes. Além disso, o MinC também oferece equipamentos que amplifiquem as possibilidades do fazer artístico e recursos para uma ação contínua junto às comunidades".

GRUPO DE CULTURA OS CARIRIS
Um dos Pontos de Cultura que funciona de fato é o gurpo de cultura Os Cariris, de Taperoá, no Cariri paraibano. Com o objetivo de de ser um instrumento de transformação cultural, o grupo está ajudando a transformar a vida de crianças de baixa renda do município, como a do garoto João Herbert Soares de Lima Gouveia, de 11 anos de idade, morador do bairro da Bela Vista.

“Quando não estava na escola eu ficava em casa ajudando a minha mãe a arrumar a casa, lavar a louça. Agora, quando não estou aqui aprendendo a dançar, estou no futebol. Também conheci muitas crianças aqui e fiz novos amigos”, disse Herbert.

O projeto, que teve início há quase um ano, atende mais de 70 crianças e adolescentes com idades entre 9 e 13 anos. A garotada tem aulas de dança folclórica, capoeira, futebol, computação e música. Os Cariris é da cidade de Taperoá, no Cariri paraibano, onde as atividades são realizadas diariamente no Ponto de Cultura, localizado na Praça João Suassuna. O espaço também é utilizado para os ensaios do grupo de hip hop local, formado por adolescentes.

Com um mini-estúdio, onde os artistas locais têm a oportunidade de gravar os seus trabalhos sem custo algum, Ponto incentiva a gravação das músicas utilizadas nas coreografias do grupo. “Isso facilita a aprendizagem dos músicos novos que entram no grupo”, disse Iranildo Morais, que faz parte da coordenação do Ponto.

O projeto não se limita as atividades esportivas e culturais. As crianças aprendem também a importância de exercer a cidadania. Uma vez por semana, cada uma delas tem a missão de levar aos ensaios uma garrafa pet. O material é repassado a alguns catadores de lixo da cidade.

A próxima etapa do projeto incluirá palestras educativas sobre sexo, drogas e alcoolismo, além das oficinas de dança, teatro, música e capoeira que serão realizadas nas escolas públicas do município. Eles vão criar um mini-espetáculo que será apresentado pelas crianças do Ponto de Cultura e vão, numa caravana cultural, levar arte até as escolas, como incentivo a participar do projeto.

Durante duas décadas de existência, Os Cariris representou a Paraíba em diversos festivais nacionais e internacionais, como o Festival Internacional do Paraná, Festival Internacional de Folclore da França e Festival Internacional de Minas Gerais, entre outros.

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Valdívia Costa com Paula Brito e Assessoria MinC

6 de março de 2009

*direito - Lei de saúde fica escondida desde 2002



Eu, pelo menos, não tomei conhecimento desse direito. É a Lei de Depósitos Antecipados (n° 3.359 de 7 de janeiro de 2002). Há sete anos os hospitais privados foram obrigados a atenderem gratuitamente doentes em situação de urgência e emergência sem cobrar depósito de qualquer natureza. Quem estava sem saber e deixou de aproveitar o direito, só resta pedir retratação à Justiça.

A mensagem foi enviada pelo amigo jornalista Sílvio Souza e tem um apelo no final.
Não deixe de repassar aos seus amigos, parentes, conhecidos, enfim. Uma lei como essa, que deveria ser divulgada, está praticamente escondida! E isso vem desde 2002. Estamos em 2009! COISA BOA NÃO SE DIVULGA E NINGUÉM FICA SABENDO!


Lei de - Depósitos Antecipados

Foi publicado no DIÁRIO OFICIAL em 09/01/02, A Lei de n° 3.359 de 07/01/02, que dispõe:

Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internação de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.'

Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação. '

Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos usuários e a afixarem em local visível a presente lei. '

Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

5 de março de 2009

*mulher - Violentada pela ignorância - SÍLVIO SOUZA


imagem: Google

por Sílvio Souza*

A história é baseada em um fato real,
que aconteceu no final de semana de carnaval
em Boa Vista-RR e compartilhado por uma
colega de trabalho que acompanhou de perto
e relatou fielmente o fato.


Era para ser mais um caso repugnante de violência contra mulher como tanto outros registrados na Delegacia da Mulher, em Boa Vista, mas se torna emblemático ao considerar a idade da vítima: apenas 6 anos.

Após perceber comportamentos e reações anormais na filha que acabava de retornar de um final de semana na companhia do pai recém-separado, a mãe, com aguçada sensibilidade que só uma mulher-mãe pode ter, aconchegou a filha no colo e perguntou o que havia feito naqueles dias, com interesse de saber mais que informações de um inocente passeio.

Confirmando as suspeitas, a mãe notou a inquietação da filha, que antes falante e extrovertida, agora permanecia como que enclausurada, presa por um fantasma invisível que continuava a ameaçá-la. Ao tocá-la com mais intimidade pode assegurar que algo de estranho havia acontecido. A filha permanecia muda, mas as lágrimas denunciavam o abuso; era o testemunho que faltava para as suspeitas.

Transtornada pediu ajuda aos familiares com quem compartilhou a dor. Orientada e amparada por parentes procurou no mesmo dia a Delegacia da Mulher para registrar queixa e pedir investigação do caso.

Martírio
A sensação de pisar numa delegacia pela primeira vez naquelas circunstâncias tornava tudo mais angustiante. Desesperada relatou as desconfianças à delegada plantonista que ouviu tudo com olhar de ceticismo, e sem rodeios passou logo a inquirir a vítima, que acompanhava tudo de perto, como se estivesse consciente da violência sofrida. Silêncio e lágrimas; mãe e filha choravam juntas a dor do abandono, da violência provocada pela mediocridade do poder público.

Como não houve a "denúncia formal", já que a vítima se negou a prestar depoimento quando "interrogada", a delegada simplesmente, decidiu não dá prosseguimento ao inquérito. Finalizou o caso por falta de provas.

Insatisfeita e decidida a defender a honra da filha, a mãe procurou o Instituto Médico Legal (IML) para tentar por meio do exame médico provar que falava a verdade. Dez longas horas depois de espera e humilhação a menina foi examinada. O resultado deverá sair em uma semana. Até lá o suposto abusador terá feitos novas vítimas... afinal, quem acredita num simples choro de uma criança e de uma mãe desesperada.


* jornalista, assessor de imprensa, repórter de Cotidiano em Boa Vista.

*opinião - SP Perereca Week! | JOSÉ SIMÃO


JOSÉ SIMÃO - colunista bem humorado, mas preconceituoso

Aproveito o "bom" humor do José Simão, colunista da Folha de São Paulo e d'O Povo, pra parabenizarmo-nos pelo nosso dia. Prefiro usar esse tipo de humor pra provocar as mulheres. Os homens se aproveitam da data comemorativa pra despejar sua inveja masculina sobre nós, indefesas e singelas criaturas, que só recebemos o mote da história. Por sinal, uma triste história tem esta data.

"Pra que serve o Dia da Mulher (8 de março)? Já temos tantas comemorações femininas, Dia das Mães, Dia da Noiva etc., que esse é mais um dia comum, de lembrança, somente." Éssa é a máxima dos homens. Pela nossa garra, digamos, de resistir ao machismo, um ato de coragem, já mereceríamos a comemoração.

Mas é bom sabermos um pequeno pedaço da história. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova York entraram em greve, ocupando a fábrica. Elas reivindicavam a redução da jornada de mais de 16 horas por dia para 10 horas de trabalho. Elas recebiam menos de um terço do salário dos homens.

Todas foram fechadas na fábrica onde ocorreu um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como o "Dia Internacional da Mulher". De lá para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma no mundo todo.

Porém, o que vemos ainda é uma realidade de exclusão econômica no sistema de trabalho para as mulheres. As estatísticas ainda apontam que mulheres continuam recebendo menos que homens, ocupando os mesmos postos de trabalho. Por isso, muito temos a comemorar, pois a luta ainda não cessou.

VEJA ALGUNS DOS DIREITOS CONSEGUIDOS EM OUTROS 8 DE MARÇO

---------------------------------Valdívia Costa (blogueira)

Socuerro! Começou a Perereca Week!
É isso: no domingo, Deus descansou;
na segunda, criou a mulher
e aí mais ninguém descansou!


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente!
O esculhambador-geral da República!
Direto do País da Piada Pronta!


Semana da Mulher! Perereca Week! SP Perereca Week! O mundo é das mulheres! Não adianta discutir. Aliás, se discutir é pior! Ou como disse um amigo meu: se discutir, aumenta a pensão. Rarará! E uma amiga perguntou pro marido: "O que você vai me dar no Dia da Mulher?". "A mesma coisa que você me deu no Dia do Homem." Bem estúpido! Rarará! E é isso: Deus criou o mundo em seis dias; no domingo, descansou; na segunda, criou a mulher e AÍ NINGUÉM MAIS DESCANSOU! Rarará!

E diz que Dia da Mulher é invenção de floricultura! (...) E eu acho que o Brasil tá em crise mesmo. Olha esse motel Momentos: diária suíte luxo, R$ 10, em seis vezes sem juros! Quando cair a sexta prestação, você nem lembra mais com quem transou! E pagar por uma transada que você deu há seis meses é a mesma coisa que fazer supermercado depois do almoço!

E essa vem de Belo Horizonte: "Homem mata a sogra com pinguim de geladeira". Deve ser protesto contra o aquecimento global! E corre na internet que o Obama tá sendo chamado de OB: tá no melhor lugar, no pior momento. Bem piadinha de internet! E a TV Vale Tudo tá anunciando um novo filme brasileiro: "Se Eu Fosse Você, 2010". Com Lula e Dilma! É mole? É mole, mas sobe!

Ou como disse aquele outro: é mole, mas trisca pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão! Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Uruçui, no Piauí, tem uma boate chamada Mercado da Piriquita Usada. Parece Dias Gomes. Mais direto impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!

(...) reclame com o Simão no jornal O POVO

SITE DO SIMÃO

4 de março de 2009

*publicidade - Setcuia - Antônio Amaral



uma ogiva de amarelos

pra descompor

o mau olhar

Antônio Amaral
*setcuia

*ambiente - DICAS PRA ECONOMIZAR ENERGIA E SALVAR O PLANETA


imagem: Google

1. Tampe suas panelas enquanto cozinha, assim você aproveita o calor que simplesmente se perde no ar;

2. Use uma garrafa térmica com água gelada, com 2 ou 5 litros. Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira sempre que alguém quiser um copo d'água;

3. Aprenda a cozinhar tudo em panela de pressão e economiza 70% de gás;

4. Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes de uma só vez.
Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de um ingrediente;

5. Coma menos carne vermelha. A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. O cheiro ruim ao se aproximar de uma fazenda ou criação de gado é do metano, um gás inflamável, poluente e megafedorento. Além disso, a produção dessa carne demanda muita água. Para se ter uma idéia, a produção de 1kg de carne vermelha leva 200 litros de água. O mesmo quilo de frango só consome 10 litros;

6. Use somente pilhas e baterias recarregáveis. São caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes;

7. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes, pois elas gastam 60% menos energia que uma incandescente. A economia é de 136 quilos de gás carbônico anualmente;

8. Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado, pois ele sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano;

9. Escolha eletrodomésticos de baixo consumo energético, procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star nos importados;

10. Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias. O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo com que se gaste mais energia para compensar. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio ou longo prazo.

VEJAM MAIS DICAS E OUTRAS COISAS INTERESSANTES NO SITE MUDE O MUNDO

2 de março de 2009

*música - CABRUÊRA NO ITAÚ CULTURAL, SEXTA, DIA 06


Em Sampa: Cabruêra fará show com BNegão pelo Itaú Cultural

Recebi pelo orkut a boa nova da banda Cabruêra.

Arthur: 08:22
Cabruêra no Itaú Cultural
O grupo paraibano Cabruêra, com seus timbres pops e regionais, recebe o rapper carioca BNegão, ex-vocalista do Planet Hemp e integrante de Os Seletores de Frequência e do Turbo Trio. No repertório, músicas dos três primeiros discos da banda e canções como V.V. (BNegão e Os Seletores) e Sorriso Aberto (Guará).

Dia 06/03 às 20h
entrada franca - ingresso distribuído com meia hora de antecedência (247 lugares)

Itaú Cultural - Sala Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 - Paraíso - São Paulo SP

1 de março de 2009

*editais - PRÊMIO PONTOS DE MÍDIA LIVRE


imagem: Google

MÍDIA LIVRE - Até 12 de março
Durante a programação do Fórum Social Mundial - FSM Amazônia 2009 -, foi lançado o Prêmio Pontos de Mídia Livre, uma iniciativa inédita do Ministério da Cultura para dá visibilidade aos projetos de comunicação alternativos e da mídia de mercado. A proposta deste primeiro prêmio, segundo o secretário de Programas e Projetos Culturais (SPPC/MinC), Célio Turino é mapear a rede de comunicação livre no Brasil. Participaram do lançamento, diversas autoridades, estudantes, jornalistas, blogueiros, midialivristas e integrantes de Pontos de Cultura.

VEJA MAIS ALGUMAS DO BOLETIM DO MINC:

PRÊMIO ASAS - Até 13 de março
Inscrições abertas para o Prêmio Asas do Programa Cultura Viva da SPPC/MinC. O prêmio visa premiar as iniciativas dos Pontos de Cultura que apresentarem as melhores práticas de implantação na execução dos projetos apoiados, contribuindo para a divulgação dos meios mais efetivos de promover o desenvolvimento autônomo de suas atividades e o avanço do processo cultural da Rede dos Pontos de Cultura.

PRÓ-CULTURA - Até 31 de março de 2009
Estão abertas as inscrições para o Programa Pró-Cultura, que visa fomentar a pesquisa universitária, bem como o aperfeiçoamento e a formação de pessoal de nível superior em Cultura. Dentre as áreas temáticas prioritárias para o desenvolvimento das pesquisas estão as relações da cultura com novas tecnologias, conhecimentos tradicionais, inclusão social, economia, políticas públicas, dentre outras. O valor das bolsas a serem concedidas é de R$ 1,2 mil.
Edital, inscrições e outras informações

PROCURE MAIS EDITAIS NO SITE DO MINC