
imagem: divulgação
Evento acontece em São José dos Ramos,
Zona da Mata paraibana, reunindo vaqueiros,
cantadores e grupos folclóricos da Paraíba
O Interior nordestino é rico em cantos e folclores. Todo esse explendor pode ser conferido no 4º Festival de Aboio de São José dos Ramos, evento importante pra população e visitantes entenderem os nossos costumes. Consolidado no calendário oficial de eventos da Paraíba, a festa reúne vaqueiros, aboiadores, cantadores populares e grupos folclóricos da próxima sexta-feira, dias 13, até o domingo, dia 15, na Praça Noé Rodrigues de Lima. O Festival é único no Brasil.
Além dos aboios, que é a parte mais interessante da festa, onde os vaqueiros disputam no gogó quem faz mais bonito, haverá competição de montaria, corrida e desfile de jegue, cavalgada, missa do vaqueiro e muito forró pé-de-serra para animar os participantes. O evento ainda conta com homenagens ao repentista Manoel Xudu e ao poeta popular Zé de Brito, além de um festival pra nova geração de vaqueiros.
Idealizado pela pesquisadora Laura Maurício, doutora em Oralidade e Escritura, o Festival do Aboio é uma louvação a uma tradição extremamente respeitada pelos homens do Sertão. “O sentido dessa realização é mostrar as pessoas que uma parte de nossa cultura está em extinção. O vaqueiro não tem mais os campos, o mundo da tecnologia e a nova configuração do mundo alteraram muito o ambiente de trabalho, mas o canto, o aboio, tem valor imenso pra cultura do país e do Nordeste”, defende a estudiosa.
Segundo Laura, mesmo com as tradições quase extintas por completo, alguns vaqueiros, principalmente de São José dos Ramos, continuam montados em seus cavalos e seguindo os costumes. Ela também revelou que através do Fic Augusto dos Anjos gravará um CD com canções e aboios onde cerca de 10 vaqueiros participarão. O curioso são as canções entoadas por uma vaqueira, Lila, única que se tem notícia no Estado, e por dois vaqueiros mirins que se destacam na criação dos versos.
Toada dolente - O aboio típico no Nordeste do Brasil é um canto sem palavras, entoado pelos vaqueiros quando conduzem o gado para os currais ou no trabalho de guiar a boiada para a pastagem. É um canto ou toada um tanto dolente, uma melodia lenta, bem adaptada ao andar vagaroso dos animais, finalizado sempre por uma frase de incitamento à boiada: “ei boi! boi surubim! ei lá, boizinho!”.
Esteja atrás (no coice) ou adiante da boiada (na guia) o vaqueiro sugestiona ao gado que segue tranquilo, ouvindo o canto. Existe também o aboio cantado ou aboio em versos que são poemas de temas agropastoris, de origem moura e que chegou ao Brasil, possivelmente, através dos escravos mouros da ilha da Madeira, em Portugal, país onde existe esse tipo de aboio.
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colaboração: Érica Chianca do CultPB
4 comentários:
Que me perdoe a cultura, mas essa coisa de derrubar o boi é de fato uma modalidde que eu não faria questão de existir, o vaqueiro é um um dos nossos heróis culturais, é personagem importante na história do Brasil. Mas no meu ponto de vista vaquejada, só serve pra play boy matuto ostentar uma "riquesa" que não é sua, quebrar garrafa na cabeça dos outros e sair dirigindo embriagado.
Na verdade falo do formato das vaquejadas de hoje em dia, aqui na Paraíba. Fica aí a reflexão.
Meu amigo ai desculpe...mais eu penso diferente de voce...a vaquejada hoje em dia é um dos esportes mais praticados...que o povo gosta...Esse povo que vai brigar é por conta da cachaça..e como já se sabe cacaçha se vende em qualquer lugar por ae...!!Vlw
Meu amigo ai desculpe...mais eu penso diferente de voce...a vaquejada hoje em dia é um dos esportes mais praticados...que o povo gosta...Esse povo que vai brigar é por conta da cachaça..e como já se sabe cacaçha se vende em qualquer lugar por ae...!!Vlw
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