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11 de dezembro de 2009

*Feira - Música leve, divulgação virtual


ORKUTEIROS - Divulgadores deram mais utilidade aos internautas que vivem navegando, navegando... sem porto de atraque: promoções de marketing virtual pra música são cada vez mais atraentes e agregadoras de público | imagem: Val da Costa

Por Valdívia Costa

Depois da quebra na indústria fonográfica, da baixa nas vendas dos CDs e da desvalorização do cachê dos artistas nos shows, a música encontrou consumidores virtuais que exigem gratuidade em tudo. Para não fazer o mercado minguar mais ainda, causando confusão nos conceitos das artes que geralmente são copiados pela turma do entretenimento no Brasil, o mercado se renovou. Entram em cena o Myspace, o Facebook, o Twitter e o tarimbado Orkut. Estas ferramentas que auxiliam na divulgação de um trabalho musical foram abordadas hoje, dia 11, por palestrantes nacionais e internacionais na Feira Música Brasil 2009.

Muitas foram as perspectivas apresentadas no importante painel Marketing e Divulgação na Era Digital, que lotou o Teatro Apollo no Recife antigo. Todos querem saber como gerar renda a partir dessas novas e bastante utilizadas técnicas de divulgação virtual. Ainda mais com o dado apresentado pelo palestrante Gustavo Zillar, fundador da Aorta, empresa especializada em aplicativos e comunicação por conteúdo em novas mídias.

Segundo ele, no Brasil, quase 50% dos acessos feitos na internet é através de lan houses. Isso quer dizer que a música não é divulgada, nem ouvida, muito menos comprada. Ou seja, metade dos internautas brasileiros é gente que acessa o orkut, responde um scrap, olha os cabeçalhos dos sites e blogs e vai embora. Difícil desse interneuta virar consumidor de música, segundo os palestrantes.

Mas esse dado foi corrigido ao vivo, na hora da palestra de Zillar, por telefone celular, através de mensagem do Twitter. "Quem garantiu que isso é verdade foi o Sílvio Meira, de um dos núcleos de música do Brasil", informou. A mediadora do painel, a jornalista Márcia Elena Almeida, que passou os últimos anos à frente da área de conteúdo digital da Universal Music, não deixou perguntas importantes de lado, como onde estar, como estar e para que estar presente em tudo na internet.

Outro palestrante, Mathias Baus, de Londres, falou dos novas promoções européias, que ele ajudou a desenvolver. Uma das estratégias de marketing mais bacanas desenvolvidas nos últimos tempos na terra londrina foi colocar músicas de uma banda num relógio digital. A promoção gerou mais acessos aos sites e ferramentas de comunicação da banda, aumentando o público e gerando renda pelos downloads das músicas para os relógios.


QUENTE - A Feira é a maior da América Latina no segmento da música independente, que parece ser o único tipo resistente de autoralidade no momento, ainda que submerso nesse mar de lama sonoro que só dá dor de cabeça no brasileiro televisivo | imagem: Val da Costa

Pulverizando - Um dado interessante discutido e bastante ressaltado neste painel foi que, o músico que quer ficar conhecido nacional e intenacionalmente, gerar público e vender fonogramas ou até mesmo CDs, tem que entrar na internet, usar todas as ferramentas, que são gratuitas, e ainda criar um diferencial competitivo das milhões de novas criações musicais que surgem a cada dia na virtualidade.

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