seguidores

9 de agosto de 2006

BONINAS AO SOM DE BONSUCESSO SAMBA CLUBE E TONINHO BORBO



Bonsucesso Samba Clube aparece na cena de Campina Grande como uma boa chance de sair daquelas noites tediosas, nestas épocas em que é difícil achar um lugar propício aos bons encontros de pessoas legais e que se consuma a boa arte da música contemporânea regional.

Nesta sexta-feira (11), a partir das 23 horas, em um espaço mais do que alternativo: um estacionamento com capacidade para cerca de 500 pessoas, localizado nas Boninas, no Centro da cidade, esta banda de Olinda e o músico da casa Toninho Borbo farão o hasteamento do estandarte da profusão dessa nova estética musical que está presente como vanguarda.

Divulgação


Dos guetos de Olinda para o mundo
O BSC surgiu em 1999, homenageando uma comunida
de de Olinda com o mesmo nome, que já faz jus ao Buena Vista Social Club (grêmio de festejados artistas cubanos). Cuba e Olinda: lugares carentes, mas que sobrevivem graças à inventividade de seu povo. A cidade inspira, há muito, os músicos devido a sua pluralidade sonora e o BSC também traz sons misturados que abrangem do reggae ao ska jamaicanos, do afro-beat passando pela música latina e do Norte do Brasil. O samba, o coco de roda e demais ritmos pernambucanos não poderiam faltar.

Apenas com dois CDs no mercado, a banda vem aumentando o público e sendo destaque nas cenas nacional e internacional. Sucesso de crítica e público em shows nas principais capitais do país e em sua primeira turnê na Europa, BSC foi aclamado como um dos melhores álbuns de 2003. Além da trilha sonora do filme "Contra Todos", com a música “Sangue na maré”, Bonsucesso participou de coletâneas nacionais e internacionais, como ‘Coleção Nacional’ do Selo Instituto, com a música “Na ladeira” e a compilação Music From Pernambuco, com “Quando o Tempo Passa, além do Nordeste Atômico Ed.1, com “O Samba chegou”, lançada no Japão e a Compilação da Rádio Brasil, lançada em Portugal.

A banda hoje é composta por Rogerman (voz), André Édipo (guitarra, teclado e vocais), Chico Tchê (baixo e vocais), Bernardo Vieira (escaleta, voz, teclado e percussão), Gilsinho (percussão e vocais) e Raphael (bateria e percussão). Em 2006, o grupo dá carga total no segundo CD ‘Tem arte na barbearia’, lançado independente com distribuição nacional da Tratore, apresentando-se nas principais capitais brasileiras. E, em Campina, este será o repertório apresentado.

O primeiro trabalho gravado surgiu em 2003, o homônimo da banda, de forma independente, em co-produção entre os selos YB e Instituto, com distribuição da Trama Music e conta com a participação de Otto (Ex- Mundo Livre S/A) e outros nomes, como Tiago de Melo (Songo), Karina Buhr (Comadre Florzinha).


foto: marcílio guedes


O Borbo na cena
Atuante na arte da música desde 2003, Toninho Borbo vem se destacando com seu groove instigante e de letras reflexivas, que se movem entre personagens, lugares e condições sociais, antes comuns em composições que almejavam mostrar a beleza da poesia dentro das sonoridades nordestinas.
O ano
passado foi o mais produtivo para o músico. Logo nos primeiros meses, Borbo teve uma composição selecionada pela habilitadora de celular Claro, que foi transformada em toque de celular (Não Merece). Ele passou pela 49º Congresso da Une (Conune), em Goiânia-GO; esteve em São Paulo, participando da 4ª Bienal da Une, realizada em fevereiro, além de ter participado de um projeto novo da Casa de Cultura Lúcio Lins, em João Pessoa-PB, o Sonzêra no Largo e de ter sido também uma das atrações do 10º Festival de Artes de Areia-PB, dividindo o palco com Lanlan.

Os CDs que Toninho gravou até o momento foram dois experimentos que variaram em letras e ritmos, porém o músico prepara um trabalho profissional para inscrever no Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fumic) deste ano, que terá 10 músicas. O primeiro CD saiu em 2003, lançado pelo nome Do Beco ao Eco. Foram 10 músicas que retrataram uma fase mais crítica do Borbo, na qual ele analisa as estruturas sociais e os sentimentos. Nesta época, ele tocava com a banda Quebra-quilos, composta por Tiago (bateria), Fabinho (baixo) e Michael (guitarra). A reunião desse quarteto resultou numa mistura de jazz e mpb.

O segundo trabalho foi um demonstrativo de cinco músicas que ainda está sendo distribuído. Compor o que o cotidiano tem de mais singelo, transformando os gestos, gostos e manifestações em poesias musicais. Borbo leva esta fórmula nas canções deste trabalho e mostra que, além de reflexão sobre o social e os sentimentos humanos, a música também deve contagiar pelo ritmo. E isso é característico no groove de É 3 por 2, o Teu Xamã e Para Sair do Avesso.

Conceitos artísticos que pretendem se tornar sofisticações de um trabalho bem elaborado e de composições agradáveis. Mais que um lema, Toninho carrega este sentimento para com o seu trabalho artístico e expõe em cada show uma nova maneira de dizer o que move esta paixão.

Borbo trabalha com músicas próprias desde 2001, quando cantava na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e acredita numa evolução profissional que o guia firmemente para maiores apresentações.

assessoria tb

83-3334-0289 / 9372-9063 / assessoriatb@yahoo.com.br