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20 de janeiro de 2009

*ambiente - Sacola plástica é um saco! - Valdívia Costa


Imagem Google - Tartaruga tem novo item na cadeia alimentar, o saco azul

Campina Grande sofre com o atolamento de mais de 10 toneladas de lixo por ano. Todo esse grude chega ao lixão envolvido (e até bem recheado) de sacolas plásticas. Se você passar de longe pelo lixão de Campina, na Alça Sudoeste, verá pontos redondos coloridos. São sacos de plástico brancos, azuis, pretos, amarelos... Todos enviados por nós. Se tomarmos consciência de quanto tempo leva para um saco plástico se decompor na natureza (até 200 anos), a gente mesmo reduz o uso e abuso desse utensílio.

A Paraíba está começando a entrar na onda verde. Desde o ano passado alguns supermercados e lojas de João Pessoa já adotaram um projeto apoiado pelo Sebrae, o da sacola retornável. Feita em pano grosso com estampas pintadas ou apliques de retalhos, as sacolas não são feias nem desagradáveis de carregar. São grandes e cabem até uma feira dentro, sabendo arrumar os produtos, lógico.

Já em Campina Grande, o negócio vai demorar mais. Imaginem que o supermercado que mais vende na cidade (Rede Compras) ainda usa muitas sacolas de plástico. A maior parte das embalagens é de tamanho pequeno, o que significa maior quantidade que se leva pra casa. E elas só servem para isso, pois tem gente que nem reutiliza a sacola como saco de lixo em casa, manda-a direto para o lixo.

Bem fez o prefeito de Guarulhos (SP), que já começou o ano com uma atitude radical, baixando uma lei para acabar com o uso das sacolas plásticas na cidade. “Os comerciantes de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, não poderão mais fornecer as tradicionais sacolas plásticas aos consumidores. Segundo a lei 6.481/2009, sancionada pelo prefeito Sebastião Almeida (PT), a partir de agora todos os estabelecimentos locais terão de adotar embalagens que sejam 100% ecológicas”, explica a matéria.

Mas ninguém vai ser punido se não cumprir a lei à risca imediatamente, segundo o informe. “A lei estabelece o prazo de seis meses (até julho) para que o comércio se adapte à nova regra. Quem não cumprir a norma poderá ser multado em 1 mil Unidades Fiscais de Guarulhos (UFGs) - cerca de R$ 1.900. Caso haja reincidência, o valor da multa dobra, indo para R$ 3.800”.

A matéria termina dando uma solução para o problema. O gestor público que se interessar pelo modelo administrativo totalmente ecológico de Sebastião Almeida, pode copiar.


Imagem Google - ave entalada com sacola presa ao corpo

DEGRADAÇÃO TOTAL - Um exemplo de solução que pode ser adotada pelos empresários é o uso de sacolas plásticas oxi-biodegradáveis, fabricadas com o aditivo d2w. Esse aditivo faz com que a embalagem leve cerca de 18 meses para começar a se decompor. As sacolas têm as mesmas características do produto tradicional em relação à resistência, transparência, permeabilidade e impressão. A diferença está no acréscimo de um aditivo, como o d2w, que é responsável por acelerar o processo de degradação.

No Brasil, estima-se que cerca de 180 companhias já produzem embalagens 100% biodegradáveis a partir do d2w. Segundo Eduardo Van Roost, presidente da RES Brasil, especializada no desenvolvimento de tecnologia de embalagens naturalmente degradáveis, a metodologia e a matéria-prima para confeccionar esse tipo de material está disponível a todos os fabricantes de sacolas plásticas tradicionais.

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*Valdívia contou com a colaboração da Ex-Libris Comunicação Integrada, que nos enviou o release. Para saber mais como atuar em equilíbrio com a natureza, um caminho é pedir mais informações para a prefeitura de Guarulho que implantou a lei. Tel.: (11) 3266 6088 ramais 228 e 234

Um comentário:

Kath disse...

Fazendo um post sobre o assunto, vou linkar seu blog ao meu, já que tratou do assunto tão bem. Também tomo emprestada a sua imagem.
Abraços!