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15 de janeiro de 2009

*opinião - Sem peixes graúdos... - Valdívia Costa


TV Seridó - novo empreendimento do jornalista Wanderley Filho

... o mar do Estado está pra o empreendedor da comunicação

Muitas são as queixas dos recém-formados em Jornalismo devido à falta de oportunidades no mercado e trabalho. Todos os anos, somente do curso de Campina Grande-PB, são centenas de graduados que se deparam com a realidade fatigante do desemprego. Para compensar essa lacuna surge o empreendedorismo da comunicação, ou seja, jornalistas que criam um novo meio de comunicação.

Um desses novos empreendimentos é a TV Seridó, inaugurada no último sábado, dia 10. É a primeira TV via internet do Seridó norte-rio-grandense, segundo o proprietário do investimento, Wanderley Filho. Formado em Campina e com atuação como repórter na TV Itararé (filiada da Cultura), ele garante que a saída para desafogar o mercado de profissionais desempregados é investir nos novos negócios da comunicação.

A prática do empreendedorismo ainda está distante de acolher todos os profissionais que procuram emprego nos meios tradicionais e sobram por falta de vagas. Mesmo assim, nos últimos cinco anos, a Paraíba vem aumentando o número de profissionais da comunicação que montaram um site, uma empresa de assessoria de imprensa ou até mesmo um simples blog. Não dá pra comprovar esse dado porque, infelizmente, não temos um órgão que registre esse desenvolvimento econômico local.

Dificuldades existem, como em qualquer área. Riscos também. Afinal, com a criação de uma empresa, mesmo que pequena, os gastos aumentam. Mas o segredo é apostar e se capacitar, se abastecer de todas as informações possíveis para ter e manter um negócio.

Muitos desses novos investimentos surgem ao nosso lado e crescem diante dos nossos olhos. Um exemplo bem sucedido é do jornalista Walter Santos. Depois de atuar como assessor de imprensa, ele montou o site WSCom (hoje, um dos mais acessados do Estado) e se estimulou para a criação da revista Nordeste, de circulação regional.

Seguindo o detector de “tempo ruim”, jornalistas como Geuba Carla, formada pela UEPB, recolhem a rede de arrasto vazia e partem pra outra quando o mar não está pra peixe. Depois de atuar por três anos num jornal impresso local, ela lançou uma revista para o público feminino, a Lis. Bem trabalhada e regularíssima, o impresso é trimestral, com tiragem de cinco mil exemplares e distribuição gratuita.

Só resta aos jornalistas enxergarem a carreira de micro empresário. Pois, pelo que se tem notado no mercado de trabalho local e até nordestino, os grandes meios de comunicação vão criar um lixeiro especial para aquela folha que o graduado costuma enfeitar e se dedicar tanto (o currículo), que chegam aos montes diariamente.

Veja traller de inauguração da TV Seridó

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