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9 de março de 2010

GLOBALIZADOS E DERRETIDOS


TRADUÇÃO - Sua atenção por favor. Obrigado por escolher a terra como seu veículo planetário. Esperamos que desfrute deste maravilhoso planeta como você através do cosmos. Por favor, note, entretanto, que, no caso da inação continuada em face do aquecimento global, sua almofada assento pode ser usada como dispositivo de flotação. Também aproveite o momento presente e busque as saídas de emergência do planeta. Como você pode ver não há qualquer saída. Terra para América! Você pode ouvir? Envie uma mensagem alto e claro. Você pode ouvir? (Blue man group)

VALDÍVIA COSTA

Estamos derretando. Não consigo mais raciocinar com este calor. Faz dois dias que sinto o vento do ventilador me refogando. O Brasil todo passa pela temperatura torrificante de um dos períodos mais quentes dos últimos tempos. Cidades como Campina Grande-PB, que, 10 anos antes, costumava fazer de 23 a 25 graus até o outono, hoje pegam fogo.

Mas não serei apocalíptica. Há quem duvide do fim do mundo em 2012, sabia? Afinal, depois do filme que leva o nome do ano marcado pela profecia Maia, muitos cientistas do clima (que aproveitam os holofotes para pipocarem em todo canto do planeta) afirmam, com gráficos amedrontadores, que as alterações climáticas estão doidonas e que vamos passar por tempos mais áridos.

Suando e pensando num banho de cachoeira, li algumas coisas pra tentar colocar visões drásticas aqui sobre previsões definhativas da humanidade. Mas, depois de ver que tudo está se tornando uma guerra midiática de informações desencontradas, resolvi postar soluções simples, que no dia a dia fazem uma pequena diferença. Vamos descarregar as consciências poluidoras, que todos têm e nem ligam, até assistirem algum vídeo-apelo-mortal-melodramático.

A primeira delas é pra se fazer da terra um condomínio. Isso mesmo, precisamos organizar a vizinhança global. Portugal tem uns sites bem interessantes sobre as alterações climáticas e nesse do condomínio se encontra o maior desafio que se colocou até hoje à humanidade. Sintam o drama e depois terminem de ler esse texto no link do Terra Condomínio.
Ao descobrirmos que entre a crosta terrestre, o mar, a atmosfera e os seres vivos, existe uma rede complexa de interligações permanentes que sustentam a vida no planeta, temos de adaptar o nosso modo de vida e organização a este funcionamento global da Biosfera. Somos todos vizinhos, dependemos de todos, e problemas globais não se resolvem de forma isolada.
Desde o começo deste mês, outro canal português, o Quercus TV, divulgou o lançamento do documentário THE COVE - A Baía da Vergonha, já em exibição em Lisboa. Sara Campos escreveu no site que o filme revela um grave crime ambiental cometido no Japão. A produção é do fotógrafo da National Geographic, Louie Psihoyos. Entre muitos outros, este filme conquistou o Prêmio do Público no Festival de Sundance 2009.

Sobre o verde, achei no Quercus um blog que aposta nos bosques, o Criar Bosques. Isso é muito legal. Aqui onde moro pouca gente tem uma consciência ecológica. Do nosso pequeno grupo de amigos, só nós não levamos sacolas plásticas pra casa, por exemplo, e usamos a eco bag. Tem ainda o artista plástico Júlio Leite, que planta árvores na cidade há anos, pra criar "micro climas" como ele mesmo explica.

Por último, mais uma dica para quem está com a mão na argamassa para construir uma casa: que tal uma ecocasa? Copiei o que precisa para se ter esse padrão consciente de moradia do site Ecocasa. Vejamos o que precisa para uma construção sustentável:
* substituição de iluminação
* anulação de stand by e off-mode
* comparação de equipamentos de frio
* comparação de máquinas
* comparação de equipamentos
* solar térmico
* bomba de calor de subsolo
* fotovoltaico
* emissões de CO2

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