DESERTO - É assim que muitos cientistas prevêem o futuro de algumas localidades, como regiões secas, que serão 75% das terras áridas e semi-áridas da América Latina, um quarto da superfície da região. | imagens: (Cariri paraibano) Val da Costa
VALDÍVIA COSTA
Ah, se pudéssemos voltar o tempo e começar a discutir nossos poluentes há, pelo menos, 100 anos atrás. Talvez pudéssemos mudar nossos costumes. Com todas as espécies vivas, do céu, da água e do ar, a gente se acha exclusivo e dominador de tudo, inclusive de algumas dessas vidas. Por não pensarmos nos bichos e nas plantas produzimos uma enorme e excedente quantidade de lixo que começa por entupir vias e termina enojando mares.
O que é difícil e quase impraticável por uma boa parcela da população é desusar, reaprender novas formas de uso e descarte. Apenas usar comedidamente. Lembro que, quando criança, o plástico era artigo desusado. Meu pai trazia a feira em sacolas de panos de açúcar grandes, que viravam panos de prato ou de chão, por isso eram a febre.
Só bastava esse hábito ter ficado em nossas vidas para reduzirmos, acredito, uns 50% do nosso lixo, composto a sua maior parte por sacos. Hoje, pra se reeducar um monstro comedor de sacolas de supermercado, é preciso mais do que "incentivos visuais". Algumas cidades já ameaçam o dono do supermercado a usar a sacola de pano com multas. E dá certo. Mas não são todas as cidades que seguem esse bom exemplo. E o calor aumentando.
Com tanto uso de outros milhares de poluentes, como o desodorante diário e até os gases dos bois pastando, a Terra esquentou demais este ano. O Verão mais quente dos últimos anos em alguns estados brasileiros. E haja catástrofes naturais, tsunamis e vulcões dizendo "surpesa! ainda estou ativo!". Por falar nisso tudo, não se fala em nada disso!
Até Copenhague silenciou. Ministro Carlos Minc diz que o acordo é melhor do que zero absoluto. Será? O "Acordo de Copenhague", documento firmado por Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul, recusado ano passado pelo plenário da 15ª Conferência das Nações Unidas (COP-15), simbolizou o fracasso de duas semanas de negociações diplomáticas entre os 192 países participantes.
A organização climática global WWF estava preocupada com a desobrigatoriedade sobre os compromissos assumidos, "uma brecha entre a retórica e a realidade poderá custar milhões de vidas, bilhões de dólares e uma grande quantidade de oportunidades perdidas", afirmou Kim Carstensen, diretor da WWF.
Mudanças climáticas - O estudo estima que, no mundo, um terço da população já seria vítima potencial dos efeitos da desertificação, que leva à degradação das terras, tornando-as improdutivas. Para os estudiosos, "as alterações do clima estão fazendo da desertificação o maior desafio ambiental dos nossos tempos". Aconselha-se o reflorestamento, uso da energia solar e incentivo ao ecoturismo.
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colaboração: BBC Brasil
2 comentários:
Acho q falta uma maior divulgação nesses dados para q a população entre em alerta. A coisa tá ficando feia a cada ano. Os cientistas estão preocupados com a situação.
"E aqui em baixo a indefinição é o regime" vamp q vamo!!!
Valeu Nega! Um texto super legal.
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