seguidores

4 de junho de 2010

MENOS BANHO A TODOS


HÁBITO - Nesses dias a falta de água vai ser uma constante como no Sertão brasileiro. | imagem: SOS Rios do Brasil

VALDÍVIA COSTA

Dentre os tantos assuntos que envolvem o meio ambiente, a água é, sem dúvida, o tema que mais recorre e o que continua nos preocupando. Primeiro, porque temos gente demais no planeta, consumindo água demais. Segundo, porque esse recurso não nos dá equilíbrio, pode faltar ou exceder e nos matar com essa ausência ou abundância. Mas uma pesquisa de 2008 mostra que não somos nada ecológico no banho: nós, brasileiros, gastamos cinco vezes mais água que o indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O volume indicado como suficiente pela OMS é um consumo diário de 40 litros por pessoa. No Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média. A informação é resultado de uma pesquisa desenvolvida pela H2C Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água. Como principais problemas, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional da água e as iniciativas existentes são voltadas ao aumento da produção de água e não à diminuição do consumo.

No entanto, há alternativas que permitiriam reduzir o consumo de água imediatamente, sem necessidade de novos investimentos. “Programas racionalizadores do uso da água foram empregados com sucesso por cidades como Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México, por exemplo”, relata Paulo Costa, da H2C Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água.

De acordo com o consultor, a prefeitura de Nova York implementou um programa de incentivo à substituição de equipamentos gastadores de água, como bacias sanitárias, por outros, racionalizadores. O programa foi implementado, entre 1994 e 1996, com investimento de U$ 240 milhões, gerando uma economia de 288 milhões de litros/dia.

Os consumidores passaram a economizar até 35% na sua conta de água mensal. Além disso, os técnicos da prefeitura nova-iorquina constataram outra redução. Economizar 100 milhões de litros de água, por exemplo, sai até um quarto do custo exigido para captar, tratar e distribuir igual volume de água. Ou seja, é muito mais barato racionalizar do que aumentar a produção.
-----------------------
colaboração: Revista Bem Público e site EcoTerra Brasil

Nenhum comentário: