# Em mais uma etapa de transição do mundo orgânico para o virtual, um músico segue seu processo de aperfeiçoamento ciborgue. Pega imagens em Jpeg, textos em Html, mais Urls de vídeos e outros, separa os conteúdos em boxes, alinha, diminui, ajusta e publica.
Para não ficar tudo exposto como troço dentro dessa caixa, o dedicado artista cria um invólucro identitário. Coisa simples, o lay out do que será seu perfil (o central) nesse cibermundo. Mas um indivíduo analógico jamais deixa suas raízes de vez. Acaba se tornando híbrido para conviver convergindo hábitos e linguagens. E cola um pedaço de sua história na tela do computador... No caso desse músico, a arquitetura em Art Dèco, da Rua Maciel Pinheiro, da sua city Campina Grande, serviu como rótulo da sua página.
Uma casa moderna para a década de 1940, com "primeiro andar", serve de pousada para o cenário musical do site desse cantor, compositor e violonista. No alto do hotel, a placa indica de quem se trata. Toninho Borbo. Foi ele quem fez um site amarelo, com seu desenho, baseado em arte dos designers Lia Mônica Rossi, José Marconi Bezerra de Sousa, digitalizado e programado em parceria com Vito Quintans e Jefferson Neves.
Ao que tudo indica, Toninho vai se inserir de vez na comunicação digital. Assim diz seu blog. "Para não ficar de fora dessa lógica integrativa e (ainda) de construção coletiva, com inserção na cibercultura, atuando na internet com todas as ferramentas, o músico Toninho Borbo abre este espaço e pretende fazer dele palco não só de música, mas de um bocado de coisa que merece reflexão", comenta seu post de estreia.
Ele está esperto em poder se relacionar com o mundo se apresentando assim, um bonito CiBorbo. Sua armadura é um lay out que remete a suas origens, de gente serrana da Paraíba. Assim como tudo na contemporaneidade é inter-relacionado, o artista utiliza melhor as redes sociais. Ele diz que "há um interesse social despertado pelo tipo de tecnologia de socialização permitido e oferecido por aquela determinada rede".
Por isso, ele fez um blog! Canal aberto para comentar as músicas em andamento, entrevistas com parceiros, mostrar textos de outros que fazem parte do universo da sociologia, antropologia, filosofia e cinema.
#valdíviaCosta
Ainda não ouviu Toninho? Aproveita e saca essa música, Carne dura, que fala da escravidão, misturando bits eletrônicos com poesia de Castro Alves (Navio Negreiro).
2 comentários:
Vamos trabalhando firmes e mostrando que existe um caminho a ser trilhado.
A música paraibana é rica demais e na cultura de fronteiras de hoje em dia revela muito bem isso.
Valeu amor pelo presente do dias dos Pais.
Yeah! Enfim o Toninho se 'desmaterializou', virou produto cibernético e poderá viver a hipertextualidade, embrenhar-se no mundo digital feito um 'vagabundo', transformando a malha cibernética, deixando suas impressões nos becos dessa parafernália e exercendo seu papel de ciberflaneur. Seja bem vindo e ido e voltado nesse constante devir. Ah! quanto ao amerelo... não podria ter cor mais exata. Vamos mergulhar nesse yelow CiBorbo submarine!
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