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1 de janeiro de 2013

PASSANDO

O blog deseja que este Elefante nos passe a energia positiva das construções sustentáveis, inclusive as metafísicas - animal endeusado na Índia por trazer prosperidade e sorte, muitos são em forma de amuletos das casas; é "considerado muito afortunado quem crê na força do amuleto elefante; presentear um, demonstra o tamanho da afeição, a generosidade e o valor da pessoa; considerado pela tradição indiana como um dos melhores amuletos para combater a inveja e o olho gordo", conforme o Magia Zen. Foto de Rural antiga do Hotel Fazenda Triunfo, em Areia, no Brejo PB: Val da Costa

Texto: Valdívia Costa
Edição: Toninho Borbo

Expresso como o café da hora. Ou como o metrô, que faísca a pressa no trajeto. A gente nota que ele segue, levando alguns fatos marcantes (outros não). A gente se importa que ele acabe com tudo, mas não pode obrigar a não fazê-lo! 

O tempo vem passando há muito tempo, para mim, para nós... notamos pelas partes limpas, que ficam embaixo das coisas e pessoas que já se foram, contornadas pela pueril passagem.

Cantamos um novo ano porque o velho fechou os olhos... O tempo o arrastou para uma longínqua memória. O que conquistamos não foi o suficiente, pretendemos mais. O que chegou de surpresa, também está chamando mais novidades! E assim seguimos, carcomidos pelas incertezas das turbulências. Para onde?

Transformações radicais me fizeram pensar: tudo o que construímos ao longo de um ano vale a pena ser pesado, medido e analisado? É fácil fazer isso, quando as mudanças vieram para melhorar a vida. Mas, e quando não? Eis uma incógnita... Talvez o ano seja uma esfinge, pronta para nos devorar, caso não saibamos por que as coisas ruins chegaram.

Doenças, acidentes, mortes, ausências, insuficiências... São coisas difíceis de lidar quando o tempo "estraga" tudo! Queria ter um monitor ligado nos próximos anos para me preparar quando as agruras chegarem... Mas o tempo não deixa. Ele sai, calado, do seu canto e varre e aspira e limpa tudo o que tem que passar.

Mas há coisas boas que não vão. Pelo menos temporariamente. Este blog foi bom, enquanto eu tinha textos guardados, desde a década de 1990, e me dispunha a atualizá-lo.

Só que o tempo foi na minha vida, desconstruiu a inspiração, retirou coisas que me fizeram agir mais rápido e disse: “congela”. Aí, nem tive como argumentar... Resfriei. É o tempo frigorífico das atitudes soltas. Partes de mim, que se interessam pela literatura, pela opinião ou pela “crítica”, petrificam. Nem memes, nem virais me empolgam...

Outras vontades ganham lugar, se acomodam na minha nova e objetiva vida. Trabalho, família, responsabilidades diversas me fazem refletir menos e agir mais. Ações despretensiosas e imateriais vão para a gaveta gelada, acondicionadas, para mais tarde, quem sabe, uma reutilização. Talvez as frite em alho e óleo, no próximo Natal...

Assim vamos ficar em 2013, congelados. Até que uma nova configuração comece a transformar tudo de novo... Como este espaço já foi o Blog do Cuca (2005) e virou o De acordo com (2008), sendo premiado como um dos 100 melhores de Cultura do Brasil (Top Blog), outras coisas mais podem surgir daqui. Não tirarei o conteúdo do ar, pois as visitas permanecem, mesmo sem atualização. Mas as postagens...

As postagens, não deixei que o tempo deletasse. (Não conta para ele, mas guardarei as melhores em e-books, “Cronicalmente”, a série que também está disponível no blog

A humanidade começou a arquivar a história nas pedras, rabiscando sua cultura para gerações posteriores. Chegamos às novas tecnologias, mais leves e menos corrosivas, para que o processo continue. 

Nada me afastará do que fiz, nem o tempo! Ainda mais do que dediquei amor, embora o tempo fosse o de lucrar com as ações. Viva o tempo que estiver passando! Pois o tempo que já foi e o que virá são só imaginação...

Aí, o tempo de 20 minutos passou... Como nós vivemos numa pós-modernidade, na qual as coisas são efêmeras e o tempo é fragmentado, decidi, neste momento, não mais deixar de postar. Amanhã mesmo teremos um texto sobre o levante da cultura em Campina Grande. Ah, tempo mutante, né?! 

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