6 de setembro de 2010
ISRAEL DO TURISMO
JERUSALÉM - Belo contraste do ouro com as construções desprovidas de cor, como moradas de pedras... desejos de evolução talhados à força do conflito. | imagem: Rafas Tours
VALDÍVIA COSTA
A falsa ideia de conhecermos algo nos impede de esticarmos a curiosidade. Agora, por exemplo, quando informamos as pessoas que vamos a Israel fazer reportagens para o projeto Caminhos de Cristo em Jarusalém, a primeira reação é a de muchocho: cara de quem não entendeu bem ou de não ser um lugar fashion pra o turismo. Uns arriscam conselhos vencidos: "lá, eles não gostam de jornalistas!" Há muito mais para se aprender sobre lugares assim do que sonha nosso preconceituoso saber.
Devido ao fato de termos telespectadores viciados em programas repetidos ou requentados, já absorvendo, sem nenhum poder de troca, o que os programadores televisivos produzem, as pessoas nem lembram sequer o que é Israel. Mas com as iniciativas independentes como a da Union Comunicação, que vai realizar a terceira viagem internacional com este projeto, podemos saber atualidades da Terra Santa.
E o que se pode saber de um lugar que há 60 anos a ONU o transformou em Estado? Que Israel surgiu pra dar destino à Palestina, idealizando a criação de dois estados, judeu e muçulmano. Mas conflitos entre a nova nação e as nações árabes da região fizeram com que só o estado judeu prevalecesse. Isso também se deu por causa de uma indenização histórica pelas perseguições e genocídio sofridas pelos judeus ao longo dos séculos.
Por seguir o lema sionista, “uma terra sem povo para um povo sem terra”, já dá uma curiosidade de saber como criou-se o estado judeu. Mas, ao contrário do lema, eles encontraram nesse lugar muitos palestinos. Com as guerras que se seguiram, restou aos dois povos uma grande tragédia individual e coletiva, sustentada por ódios seculares. Hoje Israel é tensa em seus conflitos permanentes, porém com caminhos históricos e religiosos atrativos e promissores.
imagem: Umadguar
HOJE - Como surgiu do conceito utópico do movimento sionista de Theodore Herzl, dentro de todas as catástrofes sofridas pelo povo hebreu no século XX, Israel superou os sofrimentos, a intolerância, o genocídio, e tornou-se uma realidade. Na sua comemoração de 60 anos em 2008, ele foi divulgado como um dos estados mais desenvolvidos do mundo por ser moderno, ter mais de 6 milhões de habitantes e abrigar pessoas de todo o mundo, com os mais diversos costumes.
Nesta busca por uma identidade, Israel terá que aprender a conviver com os vizinhos da região, formada pelos árabes. Apesar desses conflitos, o local não para de se desenvolver e uma das vertentes mais fortes é o turismo religioso. Devido à história de Jesus Cristo passar por várias partes de Israel, principlamente por apontar Jarusalém como o centro da narrativa cristã que predomina no Ocidente, esse é um dos roteiros mais procurados anualmente.
imagem: Comissariado Terra Santa
TURISMO - Localizado numa região geográfica e climaticamente diversificada, Israel possui montanhas cobertas de neve ao norte e áreas desoladas ao lado de cidades modernas e vibrantes. Pela sua rica história e a santidade das três religiões monoteístas existem muitos locais antigos e sagrados preservados. Segundo o Ministério do Turismo de Israel, 1,6 milhões de pessoas visitaram o estado no primeiro semestre de 2010.
Isso representa um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2009 e de 10% no primeiro semestre de 2008. Entre os fatores principais do crescimento estão a mudança da política local e o crescimento da peregrinação evangélica a Israel. Turistas da América do Sul, principalmente do Brasil, aumentaram as visitas nos últimos meses.
imagem: Canção Nova
TERRA SANTA - Israel foi considerada no século XIX como a utopia de um estado judeu propagada pelo movimento sionista. Foram muitas as perseguições. Durante a Idade Média, os filhos de Israel foram expulsos da Europa, além de se tornarem alvo do Tribunal da Inquisição, sofrendo conversões, torturas e mortes nas fogueiras.
Somente com o incentivo do movimento sionista ocorreu a migração à Terra Santa. Em julho de 1906, na Convenção dos Judeus de Yafo (Yeshurun Club), Arieh Akiva Weiss, recém-chegado da Palestina, propôs a criação de um novo bairro fora de Yafo. Em 1909, é feita a cerimônia do sorteio de lotes de terra de Tel Aviv, bairro que se separaria de Yafo, a maior cidade judaica do mundo.
Com o fim da 1ª Guerra Mundial, o já decadente Império Otomano fragmenta-se, a Inglaterra herda a Palestina e a península do Sinai (hoje parte do Egito) como uma colônia britânica. A população árabe, maioria, reagiu à colonização européia. Também os judeus, que chegavam todos os dias, desejavam um estado judaico independente. Com a 2ª Guerra Mundial, uma outra tragédia: o holocausto e a morte de seis milhões de judeus.
Por causa disso houve uma migração em massa dos israelitas europeus à Palestina. Diante da divulgação do genocídio nazista ao povo judeu, o mundo indignou-se, a ONU reparou a injustiça nazista. A Inglaterra deixava definitivamente a colônia da Palestina. O movimento sionista pregava: só um estado judeu poderia evitar as perseguições e as tragédias. E em 14 de maio de 1948, os judeus ganharam Israel, um estado independente.
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colaboração: O guarda de Israel, Virtuália e Israel Hoje
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5 comentários:
Massa nega...
Toninho esta tua nega é do balacobaco
Uhh! hehehe \0/
É isso aí Val, o mundo é grande e você é uma jornalista que sabe o que quer, além do mais lida muito bem com os novos veículos de comunicação. Já havia lhe dito que você estava no caminho certo, vá em frente, isso é só o começo.
Valeu, Ron! Como aquele velho ditado "quem planta, colhe" diz: quem trabalha um dia descansa na realização. Gostei do novo blog! Abs!
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