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12 de janeiro de 2012

MAIS QUE VAQUINHA VIRTUAL

Alunos do Fotolibras em ação no centro de Recife-PE.
# Como sujeitos livres, globalizados e autônomos, precisamos formatar novas e melhores maneiras de negociar. No campo das artes, difícil é ver dinheiro, principalmente para o artista. E haja edital disso, daquilo e do outro para patrocinar os projetos culturais. Mas nesse contexto já há uma prática, que denominam de economia criativa, e que aponta para um novo rumo. Pelo menos no campo virtual. 

Criativo é o crowdsourcing, um modelo que faz do conhecimento coletivo soluções para lançar novos produtos. A Wikipédia surgiu assim. Junto com esse novo jeito de fazer as coisas, seja um projeto de arte ou um que inclua pessoas com deficiências, surge a mais nova ferramenta para levantar a grana que põe a ideia em prática. 

É o revolucionário crowdfunding, que está na dinâmica 'pedidos e recompensas' e no sistema de arrecadação 'tudo ou nada'. Por isso, nem podemos comparar com a tradicional "vaquinha" esse método virtual de apoio financeiro. Ou seja, quem apoia o modelo, investe dinheiro em diversas cotas dos projetos, que são bem explicados para convencer o apoiador. Mas todos ganham alguma coisa no final.

Se o dinheiro investido não alcançar a marca estipulada pelo proponente do projeto (através do valor e tempo proposto), cada apoiador recebe a quantia que investiu de volta. Sites de crowdfunding se multiplicam pelo Brasil. Uma boa parte voltados para arte, música e vídeo. Apresento-lhes dois exemplos, um de plataforma crowdfunding e outro de projeto social-visual, que estão dando certo.

A Benfeitoria é uma plataforma de crowdsourcing com projetos transformadores. Se diz "a 1ª do mundo a não cobrar comissão" pelo trabalho de expor os projetos numa vitrine virtual preparada para captar recursos financeiros. "Aqui, qualquer pessoa pode publicar um projeto antes mesmo dele ganhar vida e buscar micro patrocínios para viabilizá-lo através de um sistema 'ganha-ganha' de pedidos e recompensas", informa o site. Saiba como funciona

Já o projeto atual que poderá se beneficiar através dessa plataforma e que está chamando a atenção pelo resultado é o nosso conhecido Fotolibras, divulgado aqui no mês de julho do ano passado. Essa galera não pára! Estão lá, produzindo o que parece ser o primeiro projeto de financiamento colaborativo de Pernambuco na área de fotografia, segundo a assessoria do projeto. As contribuições podem ser feitas por esta página e vão até o dia 2 de abril deste ano.

O Fotolibras já conseguiu 24 benfeitores que já patrocinaram 5% (R$ 1.285) da meta de R$ 26 mil para a segunda edição do Guia Fotolibras. Faltam 81 dias (contando com hoje) para o tempo de captação acabar. A "vaquinha virtual" está almejando uma reedição de mil livros. A edição do ano passado foi só de 500 cópias. Lembre-se: não é só "doação". É apoio criativo numa economia inventiva.

Só para enfatizar: pioneiro no Brasil, o Fotolibras foi criado em 2006 com o objetivo de oferecer a jovens surdos novas possibilidades de expressão através da Fotografia. A experimentação com a linguagem artística aumenta a criatividade, além de elevar a autoestima e dar visibilidade aos jovens surdos e a sua cultura. A “fotografia participativa” é a metodologia que norteia o processo de ensino-aprendizagem.
#valdíviaCosta

4 comentários:

Eva Duarte disse...

Val, minha querida!
Você arrasa!
:***
Muito obrigada pela divulgação!
;)
eva

Toninho Borbo disse...

Maravilha Nega... Esse post é de extrema importância pra novas formas de sustentabilidade e possibilidade de crescimento econômico. Parabéns!

De acordo com disse...

Valeu, meus amores! Evinha, obrigda pela pauta, mande sempre! Toninho, é a onda do momento. Vamo surfar... rss :-*

Anderson Ribeiro disse...

Muito bom isso. E o texto esclarecedor, confesso que já tinha ouvido esses 'termos' mas não os entendia. Vamos que vamos! É assim que a arte vai sobreviver