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5 de janeiro de 2010

CARNAVAL COM PAMONHA



VALDÍVIA COSTA

Admiro, cultuo e difundo o empreendedorismo porque temos, no Brasil, uma diversidade de gente criativa que nos surpreende com invenções raras. Preciso divulgar dois empreendedores da venda de pamonhas (ou curaus) do interior paraibano. Uma delas é a agricultora Isabel Cristina Barbosa, do sítio Barracão, na cidade de Queimadas, Cariri paraibano. E o outro é esse vídeo criado pelo nic hildfons, que mostra uma iniciativa de marketing divertida e inovadora da pamonha de Cajazeiras, no Sertão do Estado.

Soube da história da empreendedora pelo jornalista Tavares, do Studio Rural. Isabel disse que inovou pra contribuir na mudança da alimentação dos habitantes da região, que só comiam pamonha tipicamente no periodo junino. Ela achou isso desestimulante pra o negócio. Tinha que fazer o povo comer pamonha o ano inteiro. Aí começou a vender no carnaval, no Natal (que lucrou muito) e em todas as datas comemorativas de Queimadas.

Até no dia da Independência do Brasil, lá está ela, vendendo pamonha. A admirável garra, essa perseverança de vencer os obstáculos do cotidiano, sempre acompanhou a agricultora. Moradores de muitas cidades circunvizinhas, e de Pernambuco e Rio Grande do Norte, já conhecem a fama das pamonhas de Queimadas, as de Isabel.

A família dela encontrou na fabricação de pamonha e de canjica uma alternativa que a cerca de cinco anos tem gerado trabalho para o casal, quatro filhas e dois filhos. Além de exercer a atividade como um meio, os jovens também estudam. O milho verde utilizado no preparo das comidas vem das áreas produtivas por irrigação de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Ao contrário desse vendedor da pamonha de Cajazeiras, que investiu na criatividade pra atrair clientes, Isabel diz que o sucesso é devido a propaganda de boca. "É o que se diz da pamonha, a propaganda boca a boca, comigo aconteceu sempre, porque eu nuca fiz propaganda de foto, de nada, quem me comprou passou pra o pai, passou pra o irmão, pra o amigo, pra o vizinho e assim foi”, contou a agricultora ao programa rural.

CRIANÇAS: Não foi possível saber se as crianças eram filhas do vendedor promotor da pamonha (vídeo). O marketing do vídeo é interessante, mas se o vendedor for pai da molecada e didivir o tempo dos filhos como a agricultora faz, inclusive com filho universitário trabalhando com ela, fica melhor ainda.
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colaboração: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural - "Agricultora inova..."

2 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Será que a pamonha é um "petisco" feito com milho verde e outros ingredientes, cozinhada em folhas de bananeira?
Provei um bolo há muitos anos que me disseram que se chamava pamonha.
(Por cá, pamonha é um imbecil, um palerma, um estúpido)
Só não sei não o que é canjica.
Mas o nome levava-me a comer de olhos fechados.

Um abração.

Val disse...

Pamonha: prato típico da época de junho, quando tem os festejos folclóricos de São João. Naum é enrolada em folha de bananeira, mas na folha do próprio milho, do qual é feita. Um delícia!